terça-feira, 22 de março de 2011

O HOMEM MAIS FELIZ DO MUNDO

  Trabalhe como se o mundo dependesse de você, e viva internamente com a consciência tranquila, afastada dos ruídos do mundo, como se você fosse perder seu corpo em breve.  (Anônimo)

O HOMEM MAIS FELIZ DO MUNDO

Seu nome é Matthieu Ricard, com 62 anos de idade, nascido em França, budista por convicção e o único entre centenas de voluntários num estudo científico ao cérebro que não só alcançou a máxima qualificação de felicidade previstas pelos métodos científicos, como superou por completo o "felizômetro", um aparelho ao qual aceitou ligar-se com 256 sensores no crânio, criadores de imagens por Ressonância Magnética Funcional, que permitiram verificar uma actividade supra normal de grande equilibrio mental e emocional. Numa escala que variava entre +0.3 a -0.3 (beatífico) os resultados de M.Ricard situaram-se fora da mesma por mais de -0.45. Foi a primeira vez no mundo que isto aconteceu!!!

Ele é, no entanto, um indivíduo que vive numa cela de dois por dois num Mosteiro, não é dono de nenhuma empresa petrolífera de sucesso nem executivo de nenhuma das companhias da Fortune 500, não vive dependente do telefone ou telemóvel, não tem nenhum iate nem conduz um BMW ou Rolls Royce, não veste roupas de Armani nem Hugo Boss, desconhece o efeito do Prozac e do Viagra, não toma drogas como o “êxtasi” ou outras para ter extases, nem sequer toma uma Coca-Cola.

Em suma: O homem mais feliz do planeta é um homem que prescinde de dinheiro, competição profissional, vida sexual, e popularidade.

O paradoxo do caso não é o facto de ser um homem tão feliz e sim como chegou a sê-lo desprendendo-se de tudo aquilo que a maioria das pessoas faz para alcançar um pouco de ‘felicidade’, ou seja: posses, bens materiais, dinheiro, poder, etc... Não, não é isso que Matthieu Ricard procurou e sim até desprezou. No entanto, ele ainda fez doutoramento em genética molecular e trabalhou ao lado do prêmio Nobel da Medicina, Francois Jacob, além de ser filho de Jean François Revel, um famoso filósofo e membro emérito da Academia Francesa, recentemente falecido.

Com o mundo do sucesso à sua frente, e a ponto de converter-se num eminente cientista, Ricard escolheu outro caminho fortemente impressionado pela riqueza da filosofia oriental. Dedicou-se então à meditação, tornou-se discípulo do mestre tibetano Dilgo Rinpoche, foi para o Himalaia, adoptou o caminho dos monges, e iniciou uma nova vida partindo do zero.

Hoje é um dos maiores estudiosos dos clássicos tibetanos, é assessor e braço direito do DALAI LAMA e tem doado milhões de euros - produto da venda da publicação de seus livros - a mosteiros e obras de caridade, como por exemplo a construção de dezasseis clínicas e sete escolas, incluindo uma para oitocentas crianças. Todo este trabalho foi realizado nos distritos desesperadamente pobres situados a grande altitude nos Himalaias. Para além disto, Matthieu Ricard foi responsável pela construção de orfanatos, programas para várias centenas de idosos e sete pontes.

É isto que faz verdadeiramente Matthieu Ricard ser um homem feliz e realizado, tal como outras grandes figuras do nosso tempo, cada uma sendo feliz do seu modo a praticar o bem neste Mundo onde o egoismo, o materialismo e o consumismo toma conta da alma humana prendendo-a cada vez mais ao grande Mundo de Ilusão (Maya).

Claro que ele, o mundo material existe, é real para todos nós que precisamos de labutar para sobreviver e desfrutar do melhor modo possivel as delícias desta vida que Deus nos deu para Viver, mas o problema é não o sabermos fazer como deviamos e andamos sim mais preocupados para ter e não para Ser.

Tudo isso origina grandes ansiedades e lutas durante a vida que levam a uma enorme competição para conseguir coisas que nem sempre são as melhores, originando grandes desgastes ou dispêndios de energia (física mental e espiritual), levando a erros e desregramentos causadores de inúmeros sofrimentos. O resultado final nem sempre é o melhor e acaba quase sempre dum modo muito triste para a pessoa que parte cansada desta vida atribulada.

Por isso, todos beneficiariam dum modo de vida mais são e verdadeiro se não se apegassem tanto às coisas efêmeras duma vida sem sentido ou com muito dinheiro. Matthieu Ricard entendeu isso perfeitamente e seguiu noutra direcção, sentindo-se hoje o homem mais feliz do Mundo, nada tendo e tudo possuindo...

Fica aqui mais esta dissertação, com a habitual

“Pausa para reflexão”!

Rui Palmela
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