quinta-feira, 27 de junho de 2013

- A Ciência da Paz e o Poder das Orações


A seguir o SEGUNDO de três experimentos com o DNA (ADN) que provam as qualidades e auto-cura do mesmo em consonância com os sentimentos da pessoa, como foi relatado por Gregg Braden em seu programa intitulado Curando Corações/Curando Nações:

- A Ciência da Paz e o Poder das Orações 

EXPERIMENTO 2

Este experimento foi levado a cabo pelos militares. Foram recolhidas amostras de leucócitos (células sanguíneas brancas) de um número de doadores. Estas amostras foram colocadas em um local equipado com um aparelho de medição das mudanças elétricas. Nesta experiência, o doador era colocado em um local e submetido a "estímulos emocionais" provenientes de vídeoclips. O DNA era colocado em um lugar diferente do que se encontrava o doador, mas no mesmo edifício.

Ambos, doador e seu DNA, eram monitorados, e quando o doador mostrava seus altos e baixos emocionais (medidos em ondas elétricas), o DNA expressava RESPOSTAS IDÊNTICAS e AO MESMO TEMPO. Não houve lapso e retardo de tempo de transmissão. Os altos e baixos do DNA COINCIDIRAM EXATAMENTE com os altos e baixos do doador.

Os militares queriam saber o quão distantes podiam ser separados o doador e seu DNA e continuarem observando este efeito. Pararam de experimentar quando a separação atingiu 80 kilometros entre o DNA e seu doador e continuaram tendo o MESMO resultado. Sem lapso e sem retardo de transmissão.

O DNA e o doador tiveram as mesmas respostas ao mesmo tempo. Que significa isto? Gregg Braden diz que isto significa que as células vivas se reconhecem por uma forma de energia não reconhecida anteriormente. Esta energia não é afetada pela distância e nem pelo tempo. Esta não é uma forma de energia localizada, é uma energia que existe em todas as partes e todo o tempo.

www.facebook.com/consciencial
www.consciencial.org

quarta-feira, 26 de junho de 2013


08/05/2013

Meditação produz mudanças genéticas que melhoram a saúde

Com informações da New Scientist

Meditação gera mudanças genéticas que melhoram a saúde
Há muito tempo os cientistas se perguntam por que a meditação tem tantos efeitos positivos.[Imagem: MIT]
Depois de vencerem muitos preconceitos de seus colegas, cientistas já demonstraram que, entre os benefícios da meditação, estão a redução do risco de ataques cardíacos, derrames e da morte por todas as causas.
Uma equipe norte-americana afirmou recentemente que, se a ioga fosse remédio, ela seria o melhor remédio do mundo - a ioga é uma dentre várias técnicas de meditação.
A novidade agora é que se descobriu que a meditação altera a expressão de genes envolvidos com vários processos benéficos à saúde.
E os resultados podem aparecer em minutos, dispensando anos de isolamentos em mosteiros nas montanhas do Tibete.
Estudos anteriores já documentaram mudanças no cérebro quando as pessoas praticam meditação, mas esta é a primeira vez que se demonstra mudanças na expressão dos genes.
Segundos os pesquisadores, esse pode ser o mecanismo principal que poderia explicar os efeitos benéficos relatados da meditação, da ioga e da oração.
Efeitos genéticos da meditação
Herbert Benson e seus colegas do Hospital Geral de Massachusetts (EUA) analisaram os perfis genéticos de 26 voluntários - nenhum dos quais meditava regularmente - antes de ensinar-lhes uma rotina de relaxamento com duração de 10 a 20 minutos.
As práticas incluíam recitar palavras, fazer exercícios de respiração e tentativas de interromper o fluxo automático de pensamentos.
Depois de oito semanas de meditação diária, o perfil genético dos voluntários foi analisado novamente.
Os genes reforçados têm três principais efeitos benéficos: melhorar a eficiência das mitocôndrias, a usina de força das células, aumentar a produção de insulina, o que melhora o controle de açúcar no sangue, e evitar o esgotamento dos telômeros, as tampas dos cromossomos que ajudam a manter estável o DNA e evitam que as células se desgastem - em duas palavras, retardam o envelhecimento.
Os genes que se tornaram menos ativos foram aqueles governados por um gene mestre chamado NF-kappaB, que desencadeia uma inflamação crônica que leva a doenças como a hipertensão arterial, doenças cardíacas, doença inflamatória intestinal e alguns cânceres.
Resultados em minutos
Os cientistas queriam testar a meditação ao extremo, e então decidiram analisar os genes antes e depois de uma única sessão de meditação.
Os resultados foram conclusivos: as alterações genéticas benéficas induzidas pela meditação ocorreram em poucos minutos.
"Parece fazer sentido que você veja essas respostas depois de apenas 15 a 20 minutos, assim como, inversamente, curtos períodos de estresse elevam os hormônios do estresse e geram outros efeitos fisiológicos que são prejudiciais a longo prazo," comentou Julie Brefczynski-Lewis, da Universidade Oeste da Virgínia em Morgantown, que estuda os efeitos fisiológicos das técnicas de meditação.
E você, já meditou hoje?

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Vinte razões para praticar a meditação

06/03/2013 — 1 Comentário
~ Huffington Post
Cloud Research
Ainda que a pesquisa acadêmica sobre a meditação da atenção plena não seja tão robusta como, por exemplo, a alimentação ou o exercício, existe razões pelas quais tem sido parte da vidas das pessoas há milhares de anos. E estamos começando a obter uma melhor compreensão de por que parece ser benéfica em tantos aspectos da vida, para o manejo da doença e da dor, do sono e para o controle das emoções.

1. Reduz o estresse – literalmente. Uma pesquisa publicada no mês passado na revista Health Psychology, resultante do Projeto Shamatha, mostra que a meditação não está associada apenas a sentir menos estresse, como também está ligada à diminuição dos níveis de cortisol, o hormônio do estresse. Veja a tradução deste artigo aqui.
2. Nos permite conhecer quem realmente somos. A meditação pode nos ajudar a ver além desses óculos cor de rosa quando precisamos analisar a nós mesmos de forma realmente objetiva. Um estudo publicado na revista Psychological Science, e traduzido aqui, mostra que a atenção plena pode nos ajudar a conquistar os “pontos cegos”, que podem ampliar ou diminuir as nossas próprias falhas relativas à percepção da realidade.
3. Pode melhorar o aproveitamento escolar. Pesquisadores da Universidade da Califórnia, Santa Barbara, demonstraram que estudantes universitários que foram treinados em atenção plena apresentam melhor desempenho na seção de raciocínio verbal nos exames (GRE), e também sentem melhorias em sua memória de trabalho. “Nossos resultados sugerem que o cultivo da atenção plena é uma técnica eficaz para melhorar a função cognitiva, com consequências de amplo alcance”.
4. Pode ajudar as tropas militares. O Marine Corps americano está em processo de avaliar como o treinamento dm meditação da atenção plena poderia melhorar o desempenho e a capacidade dos soldados em lidar com o estresse.
5. Pode ajudar as pessoas com artrite a lidar melhor com o estresse. Um estudo de 2011 na revista Annals of Rheumatic Disease mostra que, apesar de treinamento da mente não ser capaz de ajudar a diminuir a dor de pessoas com artrite reumatóide, pode ajudar a diminuir o estresse e a fadiga. Veja mais aqui.
6. Provoca mudanças no cérebro como forma de proteção. Pesquisadores da Universidade do Oregon descobriram que o treinamento em integração corpo-mente – que é uma técnica de meditação – pode resultar em mudanças no cérebro que são capazes de proteger contra a doença mental. A prática de meditação foi relacionada com conexões de sinalização aumentadas no cérebro bem como um aumento no tecido de proteção aumentada (mielina) em torno dos axônios na região do cingular anterior do cérebro.
7. Funciona como o “botão de volume” do cérebro. Já se perguntou por que a meditação pode fazer você se sentir mais focado? É porque ajuda o cérebro a ter um melhor controle sobre o processamento da dor e das emoções, especificamente por meio do controle de ritmos alfa corticais (que desempenham um papel sobre a quais sentidos físicos as nossas mentes estarão atentas), de acordo com um estudo publicado na revista Frontiers in Human Neuroscience, traduzido aqui.
8. Faz a música soar melhor. A meditação melhora nosso engajamento focado na música, ajudando-nos a realmente apreciar e experimentar o que estamos ouvindo, de acordo com um estudo publicado na revista Psychology of Music.
9. Nos ajuda mesmo quando não estamos praticando formalmente. Você não precisa estar meditando para que a prática possa beneficiar o processamento emocional do seu cérebro. Essa é a conclusão de um estudo publicado na revista Frontiers in Human Neuroscience, e traduzido aqui, mostrando que a resposta da região cerebral da amígdala ao estímulo emocional é alterada por meio da meditação, e este efeito ocorre mesmo quando uma pessoa não está ativamente meditando.
10. Quatro elementos que nos ajudam de maneiras diferentes. Os benefícios da atenção plena com relação à saúde pode ser resumido a quatro elementos, de acordo com um estudo publicado na Perspectives on Psychological Science: consciência corporal, auto-conhecimento, a regulação da emoção e da regulação da atenção.
11. Pode ajudar o médico a realizar melhor o seu trabalho. Médicos, prestem atenção: a meditação pode ajudá-los a cuidar melhor de seus pacientes. Pesquisa da Universidade de Rochester Medical Center mostra que os médicos treinados em meditação são menos críticos, mais auto-conscientes e melhores ouvintes na interação com os pacientes. Veja a tradução aqui.
12. Faz de você uma pessoa melhor. Os benefícios da meditação para quem a pratica são maravilhosos. Mas também pode beneficiar as pessoas com quem interagimos, tornando-nos mais compassivos, de acordo com um estudo publicado na revista Psychological Science. Pesquisadores das Univerdidades Northeastern e Harvard demonstraram que a meditação está relacionada com um comportamento mais virtuoso. Veja a tradução aqui.
13. Pode reduzir um pouco o estresse associado ao câncer. Pesquisa do Jefferson-Myrna Brind Center of Integrative Medicine mostra que a meditação, juntamente com arte-terapia, pode diminuir com sucesso os sintomas de estresse entre mulheres com câncer de mama. Além disso, os exames de imagem mostram que a meditação está ligada a mudanças cerebrais relacionadas ao estresse, emoções e recompensa.
14. Pode ajudar os idosos a se sentirem menos solitários. A solidão entre os idosos pode ser perigosa, na medida em que sabidamente eleva os riscos relacionados a uma série de doenças. Mas pesquisadores da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, descobriram que a meditação ajudou a diminuir esses sentimentos de solidão entre os idosos, e aumentar a sua saúde, e reduzindo a expressão de genes relacionados com a inflamação.Vejam mais aqui.
15. Pode diminuir os seus gastos com saúde. Não só a sua saúde pode se beneficiar do treinamento de meditação, mas o seu bolso  também. Pesquisa publicada no American Journal of Health Promotion mostra que a prática da Meditação Transcendental está relacionada com a redução dos custos médicos anuais, em comparação com pessoas que não praticam a técnica de meditação.
16. Pode nos ajudar no inverno. A meditação da atenção plena e exercícios podem diminuir os efeitos desagradáveis ​​de resfriados. Pesquisadores da Universidade de Wisconsin constataram que as pessoas que se envolvem nessas práticas perdem menos dias de trabalho por conta de infecções respiratórias agudas, e também sentem redução na duração e na gravidade dos sintomas.
17. Reduz o risco de depressão entre as mulheres grávidas. Uma em cada cinco mulheres grávidas irão sofrer de depressão, mas aqueles que têm um elevado risco de depressão podem se beneficiar da prática ioga com plena atenção. “A pesquisa sobre o impacto da atenção yoga em mulheres grávidas é limitada, mas encorajadora”, diz o pesquisador Dr. Maria Muzik, MD, professor assistente de psiquiatria da Universidade de Michigan. “Este estudo constrói as bases para futuras pesquisas sobre como aioga pode levar a um sentimentos positivos e de segurança em relação à gravidez.”
18. Também reduz o risco de depressão entre os adolescentes. A prática da atenção plena ensinada a adolescentes, por meio de programas escolares, pode ajudá-los a sentir menos estresse, ansiedade e depressão, segundo um estudo da Universidade de Leuven. Veja a tradução aqui.
19. Pode ajudar na perda de peso. Tentando perder alguns quilos para chegar a um peso saudável? A meditação pode ser de grande ajuda, de acordo com uma pesquisa realizada com psicólogos pela Consumer Reports e pela Associação Americana de Psicologia. O treinamento em atenção plena foi considerado uma estratégia “excelente” ou “boa” para perda de peso, por sete dos dez psicólogos envolvidos na pesquisa.
20. Ajuda você a dormir melhor. Um estudo da Universidade de Utah demonstrou que o treinamento em atenção plena, pode não só nos ajudar a controlar melhor nossas emoções, como também pode nos ajudar a dormir melhor. “As pessoas que relataram níveis mais elevados de atenção plena dizem ter melhor controle sobre suas emoções e comportamentos durante o dia. Além disso, níveis maiores de atenção foram associados com menor ativação na hora de dormir, o que pode trazer benefícios para a qualidade do sono e para a capacidade de manejar o estresse”, o pesquisador Holly Rau, disse em um comunicado.
Artigo original

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Neurociência e Espiritualidade

RELEASE PALESTRA NEUROCIÊNCIA
Na próxima quarta-feira, dia 22 de maio, acontecerá a palestra da pesquisadora, hipnóloga, conferencista e escritora Gilda Moura, com o tema: “Neurociência e Espiritualidade- A Influência Alienígena no Cérebro Humano”. 
Gilda Moura é pioneira no estudo de ondas cerebrais e pesquisou o cérebro de médiuns de cura, contatados/abduzidos e integrantes da Igreja do Santo Daime. Seus estudos, que demonstram claramente as alterações ocorridas no cérebro humano, foram realizados em parceria com alguns pesquisadores estrangeiros, como John Mack da Harvard. Seus estudos foram publicados nos EUA, Portugal e Brasil.
Nesta palestra, Gilda Moura abordará temas como a visão científica da abdução, a evolução da consciência através de seus trabalhos clínicos com hipnose e regressão e sobre os novos estudos sobre ondas cerebrais gama na neuroteologia.
Uma das questões mais interessantes na área de neurociência são as frequências cerebrais de muitas crianças e jovens da atualidade. As chamadas crianças índigo.

As frequências cerebrais dessas crianças, encontradas em todas as classes sociais, e todos os lugares do mundo, só são alcançadas, pela maioria da população, mediante intensos trabalhos mentais e exercícios meditativos.

Devido à falta de atençao a esses jovens talentos, muitos enveredam para caminhos pouco aconselháveis, e acabam se envolvendo com drogas, violências e outras desvirtuações.

Gilda Moura pretende apresentar ao governo do Estado do Amazonas um projeto que visa detectar esses jovens talentos e encaminhá-los ao aproveitamento de seus talentos de forma positiva e benéfica para ele e para outras pessoas.
O evento inédito em Manaus ocorrerá no auditório do ICBEU, dia 22 de maio (quarta-feira) das 19h30 às 21h30 e custará R$25,00.  O ICBEU  fica localizado à Av. Joaquim Nabuco, 1286, em frente a Beneficente Portuguesa e os ingressos estarão à venda a partir das 18h30 no local.

GILDA MOURA, é psicóloga clínica e hipnóloga no Rio de Janeiro, com muitos anos de estudos de fenômenos anomalos,especialmente abdução.
Foi Co-diretora com a Fundação Kairos, da Universidade de Illinois em Chicago, de um estudo de seis anos sobre Estados Alterados da Consciência e Mapeamento Cerebral, pesquisando quatro grupos no Brasil: contatados/abduzidos, cirurgiões paranormais, médiuns e integrantes da Igreja de Santo Daime. Os resultados foram publicados em trabalhos científicos nos Estados Unidos, Portugal e agora no Brasil. Foi conferencista no “Abduction Study Conference”no M.I.T,Ma,USA em 1996
Realizou extensas viagens de estudos e trabalhos sendo conferencista em Congressos no Brasil, Estados Unidos, Argentina, Chile e Portugal. Autora do livro Transformadores de Consciência – Editora do Conhecimento e O Rio Subterrâneo – Editora Record - Selo Nova Era - RJ. 
É consultora científica do CTEC, Centro Transdisciplinar de Estudos da Consciência, da Universidade Fernando Pessoa no Porto. É Consultora Científica, Membro Fundadora e anterior vice-presidente da IMAGINAL (Associação Portuguesa de Hipnose Clínica Experimental) e da Alubrat Portuguesa e Membro da Diretoria da Academy of Close Encounters Therapist - ACCET – USA e consultora da revista UFO.
 E-mail: gilda119@gmail.com
Cel: 9621-5277
Pela primeira vez em Manaus. IMPERDÍVEL PALESTRA: "Neurociência e Espiritualidade: A Interferência Alienígena no Cérebro Humano" com GILDA MOURA. Dia 22 de maio de 2013 (quarta-feira) às 19:30, no auditório do ICBEU - Manaus.
A Gilda Moura é psicóloga clínica, pesquisadora de fenômenos anômalos e hipnóloga. Realizou pesquisas de ondas cerebrais em: médiuns curadores, abduzidos e membros da Igreja do Santo Daime no Brasil e tem trabalhos publicados sobre isso nos EUA, Portugal e Brasil. Compareça!

sábado, 16 de março de 2013

Horta Terapia


A  HORTA TERAPIA OU TERAPIA HORTÍCOLA
Horta
A cura através da jardinagem
Em tempos de crise, a jardinagem ou ainda melhor, fazer uma horta/jardim, não é só encontrar forma de produzir alimentos acessíveis e sem químicos: é, também, uma forma de conseguir cura para os males da alma e do corpo.
Uma dona de casa mais atenta resumiu assim quando o assunto é o seu jardim:
“Quando trabalho no jardim sinto-me feliz, cheia de alegria. O prazer de ver crescer as plantas e as flores é infinito”, diz uma dona de casa.
Esta mesma sensação é partilhada por milhares de pessoas em todo o mundo, talvez sem saber que enquanto colocam na terra umas sementes, transplantam um gerânio ou podam uma roseira, estão pondo em prática uma das mais antigas artes curativas. Podemos chamar de horta terapia e há relativamente pouco tempo que faz parte das ciências da saúde.
Nas últimas duas décadas, uma série de investigações têm constatado que as plantas e as atividades relacionadas com elas, já benéficas para todos, têm efeitos especialmente importantes em pessoas com incapacidades físicas e mentais. Também se tem verificado que ajudam os pacientes com doenças graves a recuperar a sua independência, a sua habilidade manual e a sua qualidade de vida.
Além disso as pessoas com dificuldades de comunicação, aprendem a expressar os seus sentimentos e a estabelecer relacionamentos partilhando dicas do cultivo das plantas.
O Dr. Benjamin Rush (1746-1813) um dos pais da psiquiatria americana declarou : “escavar a terra com as mãos tem um efeito curativo nos doentes mentais”.
Muito antes, em 1699, Leonard Maeger, autor de O Jardineiro Inglês, disse que “não há melhor forma para preservar a saúde do que passar o tempo livre no jardim”.
Hoje, há centenas de hospitais em todo o mundo que utilizam as plantas como tratamento complementar. Os terapeutas hortícolas também trabalham em escolas, centros penitenciários, lares da terceira idade e centros de reabilitação, desenvolvendo programas para melhorar o estado físico e mental, adaptados a qualquer idade e condição.
Têm sido feito programas para crianças tetraplégicas, para pessoas com mais de 90 anos, para vítimas de acidentes vasculares cerebrais, doentes de Aids, pessoas estressadas e deprimidas, etc.
Em geral, os programas consistem em envolver o paciente em todos os aspectos e fases da jardinagem e horticultura.
Algumas vezes participam na venda do produto, como um meio de estimular e melhorar a vida do participante. A escolha do tipo de plantas depende da pessoa em questão.
Por exemplo para os cegos são especialmente interessantes as plantas odoríferas ou as ervas aromáticas. Há que ter sempre em conta os cuidados que requer cada espécie antes de a escolher. E quanto às ferramentas para a jardinagem, existem desenhos no mercado adaptados a todas as incapacidades. Dado que o terapêuta hortícola tem que se especializar em Horticultura e Agricultura, em Psicologia e em Ciências Sociais e do Comportamento, está capacitado para ajudar e analisar os problemas de cada doente, assisti-lo nas suas limitações e programar um tipo de atividade que se ajuste a ele.
Segundo a Associação Americana de Terapia Hortícola, fundada em 1973, as plantas servem bem a esse papel porque “crescem e mudam, respondem aos cuidados e não julgam; estimulam a participação e os sentidos e oferecem esperança”. São capazes de elevar a auto-estima, aliviar a depressão, melhorar as funções motoras, a concentração, a motivação, a resistência no trabalho e a destreza manual daqueles que as manipulam.
Uma das pioneiras neste tema foi a escritora Ellen White. Em 1864, comentando o relato da Criação presente no livro de Génesis, escreveu: “Sendo que o que Deus tinha feito era perfeitamente belo e parecia que não faltava nada na Terra que Deus tinha criado para fazer Adão e Eva felizes, manifestou-lhes o seu grande amor plantando um jardim especialmente para eles. Numa parte do seu tempo, deviam ocupar-se da alegre tarefa de cultivar o jardim. O seu trabalho não era cansativo, antes agradável e revigorante. Este formoso jardim deveria ser o seu lar e a sua morada especial”.
Posteriormente, em 1903, a mesma autora propôs que se incorporasse a jardinagem e a agricultura nos planos de estudo do ensino secundário. No livro Educação declarou: “Para diminuir a tensão provocada pelo estudo, as atividades realizadas ao ar livre, que proporcionam exercício a todo o corpo, são muito benéficas. Nenhum tipo de trabalho manual é de maior valor do que a agricultura.”
Nos Estados Unidos, a terapia hortícola é ensinada na universidade desde os anos cinquenta. Contudo, esta disciplina é praticamente desconhecida na América Latina, com exceção da Universidade Adventista del Plata (Entre Rios, Argentina) que, seguindo as sugestões de Ellen White, a incorporou no currículo do curso de Medicina no quarto ano, incorporando o programa na cadeira de Nutrição.
É de esperar que este exemplo se estenda a outras Universidades, e que os médicos possam prescrever, para além de todo o arsenal farmacológico, os tratamentos naturais e hortícolas nas suas intervenções terapêuticas.
E agora, querido leitor que se crê saudável, porque não faz também a sua pequena horta, no quintal da sua casa ou nos vasos da sua varanda? Verá que a sua saúde e bem estar serão beneficiados e poderão ter alguns alimentos extra e saudáveis que lhe poderão ser muito úteis.
Hebhert Oliveira – Natureza Celestial  e Vida Feliz
Jardim é terapia
O contato direto com a natureza é capaz de ajudar na recuperação de doenças, estimulando a vontade de a pessoa viver e lutar. Conheça a Garden Therapy, ou hortoterapia, uma eficaz coadjuvante dos tratamentos convencionais
por Cristina Almeida
Meu querido Theo… se eu ficar aqui, o médico naturalmente poderá avaliar o que há de errado e ficará, espero, mais tranquilo em permitir que eu pinte… Me sinto forçado a pedir mais tinta, e principalmente telas. Quando eu lhe mandar os quatro quadros que estou trabalhando agora, você verá que, desde que cheguei aqui, considerando que passo a maior parte do tempo no jardim, não é tão triste…”*.
Este é um fragmento da primeira carta escrita pelo famoso pintor Vincent Van Gogh a seu irmão Theo, em maio de 1889, quando se internou voluntariamente numa Casa de Saúde da cidade de Saint Remy, em Provença (França). Após descrever seu quarto, a comida, as poucas atividades dirigidas aos pacientes e a gravidade de suas doenças, ele informava ao irmão que se sentia bem. Sofrendo de Transtorno Bipolar, Van Gogh buscava solução para seus altos e baixos. No período em que esteve ali, o ambiente que o cercava permitiu que ele produzisse 150 obras, a maioria retratando flores selvagens, oliveiras, ciprestes, incluindo o conhecido quadro, Vaso com íris. Passados 120 anos, especialistas utilizam a Garden Therapy ou hortoterapia como instrumento de cura: o objetivo é maximizar as funções sociais, cognitivas, físicas e psicológicas, melhorando a qualidade de vida dos pacientes.
Esta  técnica combina cultura de plantas e jardinagem ativa e passiva (contemplação ou “jardim-reflexo”), e é considerada eficaz como coadjuvante das terapias convencionais. Médica e consultora especializada em Healing Gardens (Jardins da cura) da Faculdade de Agronomia e Farmácia da Universidade de Estudos de Milão, autora do livro II giardino che cura (“O jardim que cura”, Ed. Giunti, sem tradução para o português), Cristina Borghi conta que a terapia nasceu antes que a psiquiatria se tornasse uma ciência.
Entre os séculos XVIII e XIX, observouse que pacientes psiquiátricos melhoravam quando se envolviam em atividades de jardinagem em sentido amplo (cortar lenha, preparar o fogo, carpir ou realizar atividades domésticas). O contrário, ou seja, se manter inativo, piorava a saúde física e mental dos doentes.
A técnica combina jardinagem e contemplação para maximizar as funções sociais, cognitivas, físicas e psicológicas dos pacientes
MECANISMOS EM AÇÃO
A partir daí, a hortoterapia passou a ser uma alternativa útil que faz do paciente um protagonista do próprio restabelecimento. É que a terapia funciona colocando em movimento três mecanismos distintos: a interação com as plantas, a ação e a reação.
O primeiro favorece a reciprocidade a partir do médico: “Muitas vezes o profissional tem dificuldade em aproximar-se porque o doente está inserido numa realidade de desafeto, delírios e alucinações”, explica Cristina. Além disso, “a capacidade de interagir é fundamental para pessoas que sofrem com depressão, ansiedade, autismo e demência. A terapia também atenua sintomas como a pouca resistência ao estresse, falta de autoestima e vitimismo”, completa. O segundo mecanismo, a ação, mantém o doente ocupado, distraindo- o, dando-lhe segurança, e é um ótimo substituto do trabalho. Favorece a concentração, sendo também um satisfatório processo criativo.
O terceiro e último mecanismo, a reação, constitui um elemento de ligação entre o paciente e o jardim, que se estabelece a partir da resposta emotiva que uma paisagem ou uma flor suscitam. “Esse mecanismo alcança o inconsciente porque somos psicologicamente dependentes das plantas, já que elas possuem uma estabilidade dinâmica que opera por meio da mudança”, revela. Segundo Cristina, observando a natureza, aprendemos a conhecer e a enfrentar a vida. Amadurecemos e crescemos adquirindo uma compreensão das coisas indispensáveis para superar os desafios do cotidiano.
“Um jardim representa o vínculo concreto com admirá- lo, aumenta o sentido de controle da doença e estimula a vontade de viver e lutar, mesmo que a qualidade de vida esteja objetivamente ruim.” A médica lembra que os cuidados com um jardim diminuem o estresse porque permitem uma pausa que coloca a mente em estado meditativo. “O encanto da beleza age diminuindo os sentimentos negativos, acalma, leva ao otimismo, à esperança e promove a confiança na cura: um jardim corresponde ao arquétipo do Paraíso: um lugar belo, bom e encantado onde vige a harmonia. O que precisamos é exatamente disso e nada mais.”
  • Cuidar de um jardim ajuda a diminuir o estresse porque permite uma pausa que coloca a mente em estado meditativo
AS MUITAS UTILIDADES
Com tantos atributos, a hortoterapia tem sido utilizada em institutos correcionais, nos casos de dependência química ou alimentar, fisioterapias, doenças mentais, no tratamento de idosos e doentes senis, bem como entre crianças com necessidades especiais ou não. Para os mais velhos, a jardinagem possui um efeito extraordinário, pois estimula a ação e exercita a coordenação mão-olhos, melhora a capacidade motora fina, ajudando na abstração do pensamento obsessivo da perda de forças e da saúde.
“O resultado é que eles se sentem não só úteis e produtivos, mas menos tristes e solitários.” Nas doenças crônicas, degenerativas ou invalidantes, quando a resposta aos remédios é insatisfatória, a terapia torna a vida mais agradável: “Mesmo que o doente não se cure, ele se sentirá melhor, mais relaxado”, completa Cristina. A terapia pode ter também ação preventiva porque atividades ao ar livre pressupõem uso dos músculos e cérebro, exposição aos benefícios do sol e ar puro. Assim, é uma boa alternativa contra as doenças típicas da cidade: obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares, osteoporose e câncer.
Aliás, para obter resultados clinicamente relevantes para as doenças coronárias bastam 225 minutos de jardinagem por semana, conforme concluiu um estudo feito por Carl J. Caspersen, e publicado no American Journal of Epidemiology.
BEM-ESTAR FÍSICO E MENTAL
Indagada sobre como e em quanto tempo as pessoas reagem à terapia, Cristina responde que a maioria encontra conforto em contato com a natureza: “Mas mesmo esta pode surtir alguma resistência naqueles que não estão prontos para despertar o médico que existe em cada um de nós”.
Quanto à questão do tempo, a médica diz que é difícil saber, pois cada um é único e tudo depende da gravidade da doença, sua duração, além da forma como a pessoa reage afetivamente. “Funciona mais ou menos como numa terapia farmacológica: a diferença é que tomar remédios desresponsabiliza o doente.”
E pondera: “Muitas vezes, uma pessoa adoece porque se sente insatisfeita com a própria vida e deseja encontrar uma cura milagrosa, rápida e eficaz que não existe. Sem esforço e trabalho constantes não se chega a lugar algum. Todos nós precisamos nos ocupar da nossa recuperação, pois a equação ‘terapia = remédio’ não é válida. Seria muito simples tomar uma pílula e ficar bem. Porém tudo na vida é conquistado com sacrifício, até mesmo o bem-estar físico e mental”, conclui a especialista
VERDES HOSPITAIS
Comentando sobre a importância das áreas verdes nos hospitais, Cristina Borghi revela que estudos multidisciplinares, destacando o trabalho do arquiteto Roger Ulrich, da Universidade Texas A&M (EUA), confirmam os benefícios terapêuticos pós-operatórios para pacientes que puderam apreciar o verde da janela de seus quartos. Especializada em Ciências Ambientais e Healing Gardens, a professora da Universidade de Estudos de Milão, Sara Pasqui, confirma que “o ambiente influencia os comportamentos das pessoas e as formas de relacionar, a qualidade do próprio serviço, a criatividade e a eficiência do pessoal”.
No caso dos hospitais, acrescenta, a situação pode ser bastante difícil porque o tipo de trabalho ali desenvolvido, por si só, é bastante difícil e, por isso, “todas as equipes estão sujeitas ao exaurimento, perda de controle e altas taxas de demissões”. “Infelizmente, a situação é agravada pela falta de espaços verdes pensados para possibilitar breves momentos de pausa e distração, retomada do autocontrole e abstração do contato diário com a morte e o sofrimento alheios”, explica.
Conforme Sara, para os pacientes, “o efeito terapêutico do verde é facilmente mensurável por indicadores que descrevem suas condições físicas (pressão sanguínea, presença de infecções, nível das funções motoras etc.), bem como pela superação de alguns problemas psicológicos devidos à carga de estresse a que estão submetidos”. E esclarece: “Geralmente esses estados são causados pelo isolamento do mundo familiar e dos amigos, pela incompreensão dos jargões médicos e o temor diante dos procedimentos, além da impossibilidade de ter informações sobre sua própria condição”.

quarta-feira, 6 de março de 2013

A mente e o Sistema Imunológico.


A mente e o Sistema Imunológico.

Estados mentais negativos enfraquecem os linfócitos T e causam sofrimento. É o que acontece quando a pessoa está deprimida, zangada, abatida, negativa, desiludida, fracassada, acabrunhada, debilitada, diminuída, desanimada, triste.

Quando alguém sente raiva, por exemplo, esse estímulo chega ao cérebro e leva-o a produzir a hormônio errada, ou seja, a adrenalina. Esta enfraquece os linfócitos T. Os glóbulos brancos, sob o comando dos linfócitos T, são os encarregados da autodefesa do organismo. Se esse exército for dizimado, as doenças progridem e proliferam.

Pense comigo: se você está doente, o seu sistema imunológico está enfraquecido; caso contrário, o sistema imunológico impediria a doença. Isso significa que você precisa urgentemente de fortalecer os linfócitos T. Ora, se você se entrega ao desânimo, ao stress, ao abatimento, ao negativismo, além de não fortalecer o exército de defesa do organismo, está a debilitá-lo ainda mais.
Se uma pessoa, por exemplo, sofre de cancro ou de sida, é evidente que o seu sistema imunológico não funciona, pede socorro, está combalido.

Você fortalece-o pela alegria, pela fé, pela força de vontade, pela expectativa de cura, pelo Ânimo, pela autoconfiança, pela oração ou mentalização da saúde, pela imaginação positiva, pela Força Interior, pela palavra criadora, enfim pelos estados mentais positivos e saudáveis. Mas se, pelo contrário, você se fecha em si mesmo, desiludido da cura, decepcionado com a doença, descrente de qualquer método de cura, revoltado contra si, contra Deus e contra o mundo, renitente a qualquer esforço benéfico, trancado no seu quarto escuro, estará a retirar todas as condições para que a mente e o corpo lutem pela sua cura.

Eu tenho visto pessoas ultrapassarem o cancro e a sida até o dia em que caíram no desânimo total. Aí a derrocada foi rápida. O médico norte-americano John Diamond escreveu, em 1979, que «os pensamentos odiosos e destrutivos podem esvaziar a nossa energia vital (thimos) e os pensamentos criativos e cheios de amor podem aumentá-la».

Diz a revista Visão, em artigo sobre Medicina: «É imenso o número de pessoas que têm a saúde comprometida por choques emocionais causados pela não realização de um sonho ansiosamente aguardado, pelo desgosto com a morte de um parente ou pela aproximação de exames ou entrevistas. É menor, porém igualmente elevado, o número dos que não chegam a ter a saúde abalada, nem vêm a morrer em função dessas emoções mal administradas, mas que ficam temporariamente paralisados por problemas estomacais, intestinais, cardíacos, dermatológicos e por outras desordens orgânicas mal explicadas.» (29/06/88).

Aqui é bom informá-lo de que não é uma simples emoção negativa ou positiva, bem como não é apenas uma esporádica mentalização positiva ou imaginação pessimista, que vai acarretar, desde logo, uma catástrofe orgânica ou doença. Assim como uma pedra só não destrói nem constrói uma casa, não são momentos esparsos e casuais de pensamentos ou sentimentos negativos ou positivos que vão produzir uma realidade mental e orgânica. Não é, pois, uma emoção e sim um estado emocional que vai produzir uma realidade benéfica ou maléfica na mente e no corpo. Não é um pensamento apenas que vai modificar o seu ser, mas um estado mental. Não é uma meditação que vai mudar a sua vida, mas a realidade mental assimilada e vivenciada.

Não esqueça, porém, que de pedra em pedra se faz uma montanha, de tijolo em tijolo se faz uma casa, de grão em grão de areia se faz uma praia, de gota em gota se faz um oceano.
No meu livro «O Poder Infinito da Sua Mente», escrevi: «Como o corpo reage aos estímulos da mente, se você mantém pensamentos de tristeza, mágoa, inveja, ódio, raiva, depressão, angústia, carência, solidão, egoísmo, vingança, ciúmes doentios, malquerença, pessimismo, discórdias, ganâncias, avareza, orgulho, nervosismo, aflição, preocupação, desilusão, fracasso, desamor, descrença - esses pensamentos produzem desajustes e desarmonias no corpo e daí nascem as doenças.»

Você tem uma energia mais do que atômica dentro de si e pode usá-la para se destruir ou para construir uma vida saudável e rica.

Trecho do livro "Pode quem Pensa que Pode", de Lauro Trevisan
— com Edina Maria.

MUSICOTERAPIA

MUSICOTERAPIA
Células tumorais expostas à "Quinta Sinfonia", de Beethoven, perderam tamanho ou morreram

Mesmo quem não costuma escutar música clássica já ouviu, numerosas vezes, o primeiro movimento da "Quinta Sinfonia" de Ludwig van Beethoven. O "pam-pam-pam-pam" que abre uma das mais famosas composições da História, descobriu-se agora, seria capaz de matar células tumorais - em testes de laboratório. Uma pesquisa do Programa de Oncobiologia da UFRJ expôs uma cultura de células MCF-7, ligadas ao câncer de mama, à meia hora da obra. Um em cada cinco delas morreu, numa experiência que abre um nova frente contra a doença, por meio de timbres e frequências.

A estratégia, que parece estranha à primeira vista, busca encontrar formas mais eficientes e menos tóxicas de combater o câncer: em vez de radioterapia, um dia seria possível pensar no uso de frequências sonoras. O estudo inovou ao usar a musicoterapia fora do tratamento de distúrbios emocionais.


Esta terapia costuma ser adotada em doenças ligadas a problemas psicológicos, situações que envolvam um componente emocional. Mostramos que, além disso, a música produz um efeito direto sobre as células do nosso organismo - ressalta Márcia Capella, do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, coordenadora do estudo.

Como as MCF-7 duplicam-se a cada 30 horas, Márcia esperou dois dias entre a sessão musical e o teste dos seus efeitos. Neste prazo, 20% da amostragem morreu. Entre as células sobreviventes, muitas perderam tamanho e granulosidade.

O resultado da pesquisa é enigmático até mesmo para Márcia. A composição "Atmosphères", do húngaro György Ligeti, provocou efeitos semelhantes àqueles registrados com Beethoven. Mas a "Sonata para 2 pianos em ré maior", de Wolfgang Amadeus Mozart, uma das mais populares em musicoterapia, não teve efeito.

Foi estranho, porque esta sonata provoca algo conhecido como o "efeito Mozart", um aumento temporário do raciocínio espaço-temporal - pondera a pesquisadora. Mas ficamos felizes com o resultado. Acreditávamos que as sinfonias provocariam apenas alterações metabólicas, não a morte de células cancerígenas.

"Atmosphères", diferentemente da "Quinta Sinfonia", é uma composição contemporânea, caracterizada pela ausência de uma linha melódica. Por que, então, duas músicas tão diferentes provocaram o mesmo efeito?

Aliada a uma equipe que inclui um professor da Escola de Música Villa-Lobos, Márcia, agora, procura esta resposta dividindo as músicas em partes. Pode ser que o efeito tenha vindo não do conjunto da obra, mas especificamente de um ritmo, um timbre ou intensidade.

Quando conseguir identificar o que matou as células, o passo seguinte será a construção de uma sequência sonora especial para o tratamento de tumores. O caminho até esta melodia passará por outros gêneros musicais. A partir do mês que vem, os pesquisadores testarão o efeito do samba e do funk sobre as células tumorais.

Ainda não sabemos que música e qual compositor vamos usar. A quantidade de combinações sonoras que podemos estudar é imensa - diz a pesquisadora.

Outra via de pesquisa é investigar se as sinfonias provocaram outro tipo de efeito no organismo. Por enquanto, apenas células renais e tumorais foram expostas à música. Só no segundo grupo foi registrada alguma alteração.

A pesquisa também possibilitou uma conclusão alheia às culturas de células. Como ficou provado que o efeito das músicas extrapola o componente emocional, é possível que haja uma diferença entre ouví-la com som ambiente ou fone de ouvido.

Os resultados parciais sugerem que, com o fone de ouvido, estamos nos beneficiando dos efeitos emocionais e desprezando as consequências diretas, como estas observadas com o experimento - revela Márcia.


Fonte: O Globo - Renato Grandelle http://oglobo.globo.com/
Células tumorais expostas à "Quinta Sinfonia", de Beethoven, perderam tamanho ou morreram

Mesmo quem não costuma escutar música clássica já ouviu, numerosas vezes, o primeiro movimento da "Quinta Sinfonia" de Ludwig van Beethoven. O "pam-pam-pam-pam" que abre uma das mais famosas composições da História, descobriu-se agora, seria capaz de matar células tumorais - em testes de laboratório. Uma pesquisa do Programa de Oncobiologia da UFRJ expôs uma cultura de células MCF-7, ligadas ao câncer de mama, à meia hora da obra. Um em cada cinco delas morreu, numa experiência que abre um nova frente contra a doença, por meio de timbres e frequências.

A estratégia, que parece estranha à primeira vista, busca encontrar formas mais eficientes e menos tóxicas de combater o câncer: em vez de radioterapia, um dia seria possível pensar no uso de frequências sonoras. O estudo inovou ao usar a musicoterapia fora do tratamento de distúrbios emocionais.


Esta terapia costuma ser adotada em doenças ligadas a problemas psicológicos, situações que envolvam um componente emocional. Mostramos que, além disso, a música produz um efeito direto sobre as células do nosso organismo - ressalta Márcia Capella, do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, coordenadora do estudo.

Como as MCF-7 duplicam-se a cada 30 horas, Márcia esperou dois dias entre a sessão musical e o teste dos seus efeitos. Neste prazo, 20% da amostragem morreu. Entre as células sobreviventes, muitas perderam tamanho e granulosidade.

O resultado da pesquisa é enigmático até mesmo para Márcia. A composição "Atmosphères", do húngaro György Ligeti, provocou efeitos semelhantes àqueles registrados com Beethoven. Mas a "Sonata para 2 pianos em ré maior", de Wolfgang Amadeus Mozart, uma das mais populares em musicoterapia, não teve efeito.

Foi estranho, porque esta sonata provoca algo conhecido como o "efeito Mozart", um aumento temporário do raciocínio espaço-temporal - pondera a pesquisadora. Mas ficamos felizes com o resultado. Acreditávamos que as sinfonias provocariam apenas alterações metabólicas, não a morte de células cancerígenas.

"Atmosphères", diferentemente da "Quinta Sinfonia", é uma composição contemporânea, caracterizada pela ausência de uma linha melódica. Por que, então, duas músicas tão diferentes provocaram o mesmo efeito?

Aliada a uma equipe que inclui um professor da Escola de Música Villa-Lobos, Márcia, agora, procura esta resposta dividindo as músicas em partes. Pode ser que o efeito tenha vindo não do conjunto da obra, mas especificamente de um ritmo, um timbre ou intensidade.

Quando conseguir identificar o que matou as células, o passo seguinte será a construção de uma sequência sonora especial para o tratamento de tumores. O caminho até esta melodia passará por outros gêneros musicais. A partir do mês que vem, os pesquisadores testarão o efeito do samba e do funk sobre as células tumorais.

Ainda não sabemos que música e qual compositor vamos usar. A quantidade de combinações sonoras que podemos estudar é imensa - diz a pesquisadora.

Outra via de pesquisa é investigar se as sinfonias provocaram outro tipo de efeito no organismo. Por enquanto, apenas células renais e tumorais foram expostas à música. Só no segundo grupo foi registrada alguma alteração.

A pesquisa também possibilitou uma conclusão alheia às culturas de células. Como ficou provado que o efeito das músicas extrapola o componente emocional, é possível que haja uma diferença entre ouví-la com som ambiente ou fone de ouvido.

Os resultados parciais sugerem que, com o fone de ouvido, estamos nos beneficiando dos efeitos emocionais e desprezando as consequências diretas, como estas observadas com o experimento - revela Márcia.


Fonte: O Globo - Renato Grandelle http://oglobo.globo.com/