quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Brasil reconhece Estado Palestino com as fronteiras de 1967

Decisão atende a pedido do presidente da Autoridade Palestina a Lula.
Brasil reiterou necessidade de negociações de paz no Oriente Médio.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva informou ao presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmud Abbas, que o Brasil reconhece a existência do Estado Palestino, com as fronteiras de 4 de junho de 1967, anteriores à Guerra dos Seis Dias entre árabes e israelenses.
O reconhecimento, segundo o Itamaraty, foi feito em uma carta pessoal a Abbas, enviada nesta quarta (1º). Ele atende a um pedido feito por Abbas a Lula em 24 de novembro.

Segundo a chancelaria brasileira, Lula considerou a demanda "justa".
O comunicado informa que a decisão é coerente com a posição histórica do Brasil de contribuir para o processo de paz entre Israel e Palestina e é coerente com as posições da ONU sobre o tema.


Obras do assentamento israelenses de Har Homa, em subúrbio de Jerusalém Oriental, próximo a Belém, nesta quinta-feira (2).


Obras do assentamento israelense de Har Homa, em subúrbio de Jerusalém Oriental, próximo a Belém, nesta quinta-feira (2). (Foto: AFP)

'Concessões mútuas'

"A decisão não implica abandonar a convicção de que são imprescindíveis negociações entre Israel e Palestina, a fim de que se alcancem concessões mútuas sobre as questões centrais do conflito", segundo o comunicado do Itamaraty.

Mapa da região; o Estado Palestino com as fronteiras de 1967 inclui a Faixa de Gaza (em vermelho), a Cisjordânia (em roxo) e Jerusalém Oriental (Foto: Arte G1)

Mapa da região; o Estado Palestino com as
fronteiras de 1967 inclui a Faixa de Gaza (em
vermelho), a Cisjordânia (em roxo) e Jerusalém
Oriental (Foto: Arte G1)

Assim, o Brasil se soma a uma lista de mais países que reconhecem o Estado Palestino -entre eles, todos os países árabes, a maioria dos africanos, boa parte dos asiáticos e da Europa Oriental.
O Brasil reconhece a OLP (Organização para a Libertação da Palestina) desde 1975 como "legítima representante do povo palestino". Em 1993, o país abriu a abertura de Delegação Especial Palestina, que desde 1998 tem tratamento equivalente a de Embaixada.
O comunicado do Itamaraty ressalta que o relacionamento entre Brasil e a Palestina tem aumentando nos últimos anos.
Em março, o presidente Lula visitou o país e também Israel. O país tem se oferecido como mediador no conflito.
Retirada
Os palestinos querem proclamar seu Estado soberano na Cisjordânia e na Faixa de Gaza. Para isso, exigem a retirada israelense de todos os territórios ocupados desde junho de 1967, incluindo Jerusalém Oriental.
Israel conquistou naquele ano a parte oriental, árabe, de Jerusalém, e não abre mão dela, já que considera a cidade a capital eterna e indivisível do Estado de Israel.
As negociações de paz entre os dois lado, patrocinadas pelos EUA, começaram em setembro, mas foram interrompidas logo depois.
O principal impasse ocorre porque os palestinos querem que Israel pare de construir assentamentos para seus cidadãos no território que inclui áreas ao redor de Jerusalém Oriental, capturadas por Israel no confronto de 1967.
Os palestinos culpam Israel pelo que chamam de "colapso" das negociações, mas os EUA afirmam ainda acreditar na retomada do processo. (Fonte: G1)

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

No Brasil, Futebol é Religiao. - Por ED RENÉ KIVITZ

No dia primeiro de abril de 2010, o elenco do Santos, atual campeão paulista de futebol, foi a uma instituição que abriga 34 pessoas. O objetivo era distribuir ovos de Páscoa para crianças e adolescentes, a maioria com paralisia cerebral.

Ocorreu que boa parte dos atletas não saiu do ônibus que os levou.

Entre eles, Robinho (26a), Neymar (18a), Ganso (21a), Fábio Costa (32a), Durval (29a), Léo(24a), Marquinhos (28a) e André (19a), todos ídolos superaguardados.

O motivo era de cunho religioso: a instituição era o Lar Espírita Mensageiros da Luz, de Santos-SP, cujo lema é Assistência à Paralisia Cerebral.

Visivelmente constrangido, o técnico Dorival Jr. tentou convencer o grupo a participar da ação de caridade sem, contudo, obter sucesso.

Dentro da Instituição (Lar Espírita Mensageiros da Luz), os outros jogadores participaram da doação dos 600 ovos, entre eles, Felipe (22a), Edu Dracena (29a), Arouca (23a), Pará (24a) e Wesley (22a), que conversaram e brincaram com as crianças.

Eis que o escritor, conferencista e Pastor (com P maiúsculo) ED RENÉ KIVITZ, da Igreja Batista de Água Branca (São Paulo), fez uma análise profunda sobre o ocorrido e escreveu o texto: “No Brasil, futebol é religião”, que abaixo tenho o prazer de compartilhar.

NO BRASIL, FUTEBOL É RELIGIAO. - Por ED RENÉ KIVITZ

Os meninos da Vila pisaram na bola. Mas prefiro sair em sua defesa. Eles não erraram sozinhos. Fizeram a cabeça deles. O mundo religioso é mestre em fazer a cabeça dos outros. Por isso, cada vez mais me convenço que o Cristianismo implica a superação da religião, e cada vez mais me dedico a pensar nas categorias da espiritualidade, em detrimento das categorias da religião.

A religião está baseada nos ritos, dogmas e credos, tabus e códigos morais de cada tradição de fé. A espiritualidade está fundamentada nos conteúdos universais de todas as tradições de fé.

Quando você começa a discutir quem vai para céu e quem vai para o inferno; ou se Deus é a favor ou contra a prática do homossexualismo; ou mesmo se você tem que subir uma escada de joelhos ou dar o dízimo na igreja para alcançar o favor de Deus, você está discutindo religião. Quando você começa a discutir se o correto é a reencarnação ou a ressurreição, a teoria de Darwin ou a narrativa do Gênesis, e se o livro certo é a Bíblia ou o Corão, você está discutindo religião. Quando você fica perguntando se a instituição social é espírita kardecista, evangélica, ou católica, você está discutindo religião.

O problema é que toda vez que você discute religião você afasta as pessoas umas das outras, promove o sectarismo e a intolerância. A religião coloca de um lado os adoradores de Allá, de outro os adoradores de Yahweh, e de outro os adoradores de Jesus. Isso sem falar nos adoradores de Shiva, de Krishna e devotos de Buda, e por aí vai.

E cada grupo de adoradores deseja a extinção dos outros, ou pela conversão à sua religião, o que faz com que os outros deixem de existir enquanto outros e se tornem iguais a nós, ou pelo extermínio através do assassinato em nome de Deus, ou melhor, em nome de um deus, com d minúsculo, isto é, um deus feito à imagem e semelhança do homem.

Mas, quando você concentra sua atenção e ação, sua práxis, em valores como reconciliação, perdão, misericórdia, compaixão, solidariedade, amor e caridade, você está no horizonte da espiritualidade, comum a todas as tradições religiosas. E quando você está com o coração cheio de espiritualidade, e não de religião, você promove a justiça e a paz. Os valores espirituais agregam pessoas, aproxima os diferentes, faz com que os discordantes no mundo das crenças se deem as mãos no mundo que busca a superação do sofrimento humano, que a todos nós humilha e iguala, independentemente de raça, gênero e, inclusive, de religião.

Em síntese, quando você vive no mundo da religião, você fica no ônibus.
Quando você vive no mundo da espiritualidade que a sua religião ensina ou, pelo menos, deveria ensinar, você desce do ônibus e dá um ovo de Páscoa para uma criança que sofre a tragédia e miséria de uma paralisia mental. esde pequenininho!

terça-feira, 30 de novembro de 2010

A indústria dos planos de saúde contra Michael Moore.

Recebi por e-mail e achei muito interessante...
Nos faz ver que há quem prefira o lucro à vida!
Umaia

Editoria: Internacional
30/11/2010

Depois da realização do documentário "Sicko", uma denúncia contra o sistema privado de saúde nos Estados Unidos, executivos de empresas de planos de saúde decidiram desencadear um plano contra o trabalho de Michael Moore.

Um estudo recente da Faculdade de Medicina de Harvard indicou que quase 45 mil estadunidenses morrem anualmente (um a cada doze minutos) principalmente porque não têm seguro de saúde.

Mas para o grupo de pressão das empresas, a única tragédia seria a possibilidade de uma verdadeira reforma do sistema de saúde. O artigo é de Amy Goodman.

Amy Goodman – Democracy Now
Data: 27/11/2010

Michael Moore, ganhador do Oscar como melhor documentarista, faz excelentes filmes que, em geral, não são consideradas obras de suspense que gerem a sensação de estar “à beira do abismo”. Tudo isso poderia mudar a partir de uma denúncia feita por um informante do noticiário de Democracy Now, segundo a qual executivos de empresas de planos de saúde pensaram que talvez fosse necessário por em marcha um plano para “atirar Moore pelo precipício”.

O informante era Wendel Potter, ex portavoz da gigante dos planos de saúde Cigna. Potter mencionou uma reunião de estratégia industrial na qual se tratou do tema de como responder ao documentário “Sicko”, de Michael Moore, produzido em 2007, filme que critica a indústria de seguros de saúde dos Estados Unidos. Potter me disse que não estava seguro da gravidade da ameaça, mas acrescentou em tom inquietante: “Ainda que não tenham pensado em fazer isso literalmente, para ser honesto, quando comecei a fazer o que estou fazendo, temi por minha própria saúde e bem estar; talvez tenha sido paranoia, mas essas empresas jogam para ganhar”.

Moore ganhou um Oscar em 2002 com seu filme sobre a violência armada intitulado “Bowling for Columbine”. Logo depois fez “Fahrenheit 9/11”, um filme sobre a presidência de George W. Bush que se transformou no documentário de maior arrecadação na história dos Estados Unidos. Quando Moore disse a um jornalista que seu próximo trabalho seria sobre o sistema de saúde estadunidense, a indústria de planos de saúde tomou nota.

A associação comercial Planos de Seguro de Saúde dos Estados Unidos (AHIP, na sigla em inglês), principal grupo de pressão das empresas do setor, teve um enviado secreto na estreia mundial de “Sicko” no Festival de Cannes, na França. O agente saiu rapidamente da estreia e foi participar de uma teleconferência com executivos da indústria, entre eles Potter.

“Tínhamos muito medo”, disse Potter, “e nos demos conta de que teríamos que desenvolver uma campanha mais sofisticada e cara para conseguir rechaçar a ideia da cobertura de saúde universal. Temíamos que isso realmente despertasse a opinião pública. Nossas pesquisas nos diziam que a maioria das pessoas estava a favor de uma intervenção maior do governo no sistema de saúde”.

A AHIP contratou uma equipe de relações públicas, APCO Worldwide, fundada pelo poderoso escritório de advogados Arnold & Poter, para coordenar a resposta. A APCO formou o falso movimento de base de consumidores “Health Care America” para contrapor a prevista popularidade de “Sicko”, o filme de Moore, e para gerar medo em torno do chamado “sistema de saúde dirigido pelo governo”.

Em seu recente livro “Deadly Spin: An Insurance Company Insider Speaks Out on How Corporate PR is Killing Health Care and Deceiving Americans” (Giro mortal: um informante explica como as relações públicas das empresas de seguros estão acabando com o sistema se saúde e enganando os estadunidenses) Potter escreve que se encontrou “com um filme muito comovedor e eficaz na hora de condenar as práticas das empresas privadas de seguros de saúde. Várias vezes tive que fazer um esforço para conter as lágrimas. Moore conseguiu entender bem qual é o problema”.

A indústria de seguros anunciou que sua campanha contra “Sicko” havia sido um rotundo sucesso. Potter escreveu: “AHIP e APCO Worldwide conseguiram introduzir seus argumentos na maioria dos artigos sobre o documentário quando nenhum jornalista havia investigado o suficiente para descobrir que as empresas tinham fornecido a maior quantidade de dinheiro para a criação da Health Care America. De fato, todos, desde a cadeia de notícias CNN até o jornal USA Today, referiram-se a Health Care America como se fosse um grupo legítimo.

O jornal New York Times publicou um artigo, uma espécie de resenha de “Sicko”, na qual citava o porta voz da Health Care America dizendo que isso representava um passo na direção do socialismo. Nem esse jornalista, nem nenhum outro que tenha visto, tentaram tornar público que, de fato, este movimento estava financiado em grande medida pelas empresas de seguro da saúde.

Moore disse que Potter era o “Daniel Ellsberg dos Estados Unidos corporativo”, uma referência ao famoso informante do Pentágono cujas revelações ajudaram a por fim à guerra do Vietnã. A corajosa postura de Potter gerou um impacto no debate, mas a indústria dos planos de saúde, os hospitais e a Associação Médica Estadunidense continua debilitando os elementos do plano que ameaça os seus lucros.

Um estudo recente da Faculdade de Medicina de Harvard indicou que quase 45 mil estadunidenses morrem anualmente (um a cada doze minutos) principalmente porque não têm seguro de saúde.

Mas para o grupo de pressão das empresas, a única tragédia seria a possibilidade de uma verdadeira reforma do sistema de saúde. Em 2009, as maiores empresas do setor destinaram mais de 86 milhões de dólares à Câmara de Comércio dos Estados Unidos para que esta se opusesse à reforma do sistema de saúde.

Este ano, as cinco maiores seguradoras do país aportaram uma soma de dinheiro três vezes maior tanto para candidatos republicanos como para democratas com a intenção de fazer retroceder ainda mais a reforma da saúde.

O representante democrata por Nova York, defensor do sistema de saúde público, declarou no Congresso que “o Partido Republicano é uma subsidiária que pertence por completo à indústria de seguros”.

“Provavelmente estarão a favor da retórica das empresas privadas quando afirmam que necessitamos ter mais ‘soluções baseadas no mercado’ (como eles dizem) e menos regulações, que, sem dúvida, são o tipo de coisa que os republicanos vão tratar de conseguir porque regulação é o que essas empresas não querem”, disse Potter.

A indústria de seguros da saúde não está desperdiçando seu dinheiro. Moore disse: “Neste informe estratégico compilado pelas empresas acerca do dano que “Sicko” poderia ocasionar, há uma linha que basicamente diz que no pior dos casos o filme poderia desencadear um levante populista contra as companhias. Essas empresas, em 2006 e 2007, já sabiam que os estadunidenses estavam fartos das empresas de seguros com fins lucrativos e que um dia o povo poderia se levantar e dizer ‘isto terminou’. Este é um sistema enfermo: permitimos que as empresas lucrem a nossa custa quando ficamos doentes!”
Isso é estar doente de verdade.

Tradução: Marco Aurélio Weissheimer

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Duas mulheres – duas abolições? - Por Leonardo Boff

Muito bom este artigo de Leonardo Boff. Um abraço e boa leitura a todos!

DUAS MULHERES - DUAS ABOLIÇõES?
Por Leonardo Boff

É fato notável a ascensão de mulheres, em muitos países do mundo, ao status de chefes de Estado e de governo. Isso revela uma mutação do estado de consciência que se está operando no interior da humanidade

Foi mérito principal da reflexão feminista que já possui mais de um século inaugurar esta transformação. As mulheres começaram a se ver com os próprios olhos e não mais com os olhos dos homens. Descobriram sua identidade, sua diferença e a relação de reciprocidade e não de subordinação frente aos homens. Produziram talvez a crítica mais consistente e radical da cultura, marcada pelo patriarcalismo e pelo androcentrismo.

O patriarcado designa uma forma de organização social centrada no poder exercido pelos homens dominantes, subordinando e hierquizando todos os demais.

O androcentrismo se caracteriza por estabelecer como padrão para todos, as formas de pensamento e de ação características dos homens. Eles são o sol e os demais, como as mulheres ou outras culturas, seus satélites e meros coadjuvantes.

O patriarcado e o androcentrismo subjazem à principais instituições das sociedades atuais com as tensões e os conflitos que provocam. A eles se deve o surgimento do Estado, das leis, da burocracia, da divisão de trabalho, do tipo de ciência e tecnologia imperantes, dos exércitos e da guerra. As feministas do Terceiro Mundo viram além da dominação cultural, também a dominação social das mulheres, feitas pobres e oprimidas pelos donos do poder.

O ecofeminismo denunciou a devastação da Terra levada a efeito por um tipo de tecnociência masculina e masculizante, já antes percebida pelo filósofo da ciência Gaston Bachelard, pois a relação não é de diálogo e de respeito, mas de dominação e de exploração até à exaustão.

As mulheres nos ajudaram a ver que realidade humana não é feita apenas de razão, eficiência, competição, materialidade, concentração de poder e de exterioridade. Nela há afeto, gratuidade, cuidado, cooperação, interioriade, poder como serviço e espiritualidade. Tais valores são comuns a todos os humanos, mas as mulheres são as que mais claramente os vivem.

O ser-mulher é uma forma de estar no mundo, de sentir diferentemente o amor, de relacionar corpo e mente, de captar totalidades, de pensar não só com a cabeça mas com todo o ser e de ver as partes como pertencentes a um Todo. Tudo isso permitiu que a experiência humana fosse mais completa e inclusiva e abrisse um rumo de superação da guerra dos sexos.

Hoje, devido à crise que assola a Terra e a biosfera, pondo em risco o futuro do destino humano, estes valores se mostram urgentes, pois neles está a chave principal da superação.

É neste contexto que vejo a presença de mulheres à frente dos governos, no caso, de Dilma Rousseff como presidente. A dimensão da anima levada para dentro das relações de mando, pode trazer humanização e mais sensibilidade para as questões ligadas à vida, especialmente dos mais vulneráveis.

Na nossa história tivemos uma mulher, considerada a Redentora: a princesa Isabel (1846-1921). Substituindo o pai Dom Pedro II em viagem à Europa, num gesto bem feminino, proclamou em 28 de setembro de 1871 a Lei do Ventre Livre. Os filhos e filhas de escravos já não seriam mais escravos

Financiava com seu dinheiro sua alforria, protegia fugitivos e montava esquemas de fuga para eles.
Numa outra ausência do pai, a 13 de maio de 1888, fez aprovar pelo Parlamento a Lei Aurea da abolição da escratura. A um de seus críticos que lhe gritou:”Vossa Alteza liberou uma raça mas perdeu o trono” retrucou:”Mil tronos eu tivesse, mil tronos eu daria para libertar os escravos do Brasil”.

Queria indenizar os ex-escravos com recursos do Banco Mauá. Preconizava a reforma agrária e sufrágio político das mulheres. Foi a primeira abolição.

Cabe agora à presidente Dilma realizar a segunda abolição, propugnada já há anos pelo senador Cristovam Buarque, num famoso livro com esse mesmo título: a abolição da pobreza e da miséria. Ela colocou como primeira prioridade de seu governo “o fim da miséria”. Esta é concretamente possível. Por enquanto é apenas uma promessa. Se realizar esta façanha, verdadeiramente messiânica, poderá ser a segunda Redentora.

Como cidadãos urge apoiar e cobrar a promessa e impedir que se transforme numa má utopia. Podemos ser condenados pelos poderosos mas não podemos defraudar os pobres e os oprimidos.
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Leonardo Boff escreveu com Rose Marie Muraro,Feminino e Masculino (Record) 2002

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Dinamarca quer só casas “verdes” feitas até 2020

Dinamarca quer só casas “verdes” feitas até 2020; projeto inclui incentivos fiscais
Folha.com

A Dinamarca estuda beneficiar financeiramente quem construir casas “verdes”. A ideia é que as pessoas que utilizarem painéis solares e sistema de reaproveitamento de água, por exemplo, paguem menos impostos.

Com isso, o governo pretende que todas as novas casas construídas sejam consideradas “verdes” até 2020.

“Os dinamarqueses não são do tipo que abraça árvores, mas a preocupação ambiental está sendo incentivada pelo governo”, diz Thomas Nordli, consultor da Rockwool (empresa que trabalha com tecnologias limpas para construção civil).

Uma casa “verde” custa cerca de 5% a mais do que uma casa comum naquele país. “Depois de construída, o proprietário só se beneficia e economiza”, explica o especialista da Rockwool.

Num país frio como a Dinamarca, algumas tecnologias de construção podem reduzir significativamente os custos de aquecimento. Por exemplo, as janelas maiores (para entrar mais luminosidade) e com vidros três vezes mais grossos.

Esses vidros, aliados às paredes com cerca de 50 cm, funcionam como “cobertor” para a casa e reduzem os gastos com aquecimento.

“Essa tecnologia pode ser usada também para resfriamento, em países quentes como o Brasil”, diz Nordli.

Desde a crise do petróleo da década de 1970, a Dinamarca tem investido em energias alternativas, como biomassa, energia solar e eólica (que hoje representa cerca de 20% da matriz energética do país). (Fonte: Sabine Righetti/ Folha.com)

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Desenvolvimento Local: Por Novos Paradigmas de Produção e Consumo

Passamos a conviver com um padrão de consumo que agravou as desigualdades sociais - por Adriano Borges Ferreira Costa e Leandro Pereira Morais - Instituto AKATU


O fenômeno da 2ª Revolução Industrial e Tecnológica, ocorrido no último quarto do século XIX marcou uma nova era do desenvolvimento capitalista no mundo, dando início ao ciclo do motor à combustão. Constituiu-se, de fato, um novo padrão de produção e de consumo, com base em modernos sistemas de produção e de comercialização, onde o elemento-símbolo desta transformação irreversível foi o automóvel, bem como a utilização de uma série de produtos propiciada pela eletricidade e pelos avanços na indústria de bens de consumo duráveis, com elevadas escalas de produção e de consumo. No Brasil, esse padrão de produção e consumo constitui-se, definitivamente, na segunda metade dos anos 1950, a partir do processo de industrialização “pesada”, no governo Juscelino Kubitschek.

Neste período, a industrialização acelerada, acompanhada da urbanização rápida, multiplicou as oportunidades de investimento e de geração de emprego e renda. No entanto, este quadro de significativo progresso material veio acompanhado do aumento da desigualdade e concentração de renda; gerou o aumento da pobreza e miséria urbanas, exportadas dos campos para as cidades, aonde muitos vieram em busca de novas oportunidades.

Passamos a conviver com um padrão de consumo que exige nível de renda mais alto, típico das sociedades mais industrializadas. Esse fato torna-se mais preocupante a partir dos anos 1980, que abre um período de queda da atividade econômica (crise econômica) com altos índices inflacionários, num cenário que ficou conhecido, do ponto de vista econômico, como a “década perdida”. Já os anos 1990 iniciaram-se com uma mudança radical no quadro financeiro internacional e com a implantação de uma “nova política de desenvolvimento”, baseada no receituário propugnado pelo Consenso de Washington, cujas principais características foram a liberalização comercial e de capitais, a privatização e a desregulamentação.

Seus efeitos foram notáveis em todo o mundo e, particularmente no Brasil, em que pese o fato da implantação de um efetivo controle inflacionário, as mudanças introduzidas na economia perfilaram um novo quadro de agravamento das fortes desigualdades econômicas e sociais, desta vez, acrescidas pelo significativo e assustador aumento do desemprego e da informalidade, pela precarização e desestruturação do mercado de trabalho nacional.

Essa situação gerou novas estratégias de resistência ao modelo dominante da parte dos pequenos produtores e trabalhadores avulsos. Abriu espaço para práticas alternativas, o que conhecemos por economia social ou solidária e experiências de desenvolvimento local.

Passados mais de dez anos, essas experiências e práticas inovadoras trazem importantes elementos para a formulação de uma nova abordagem, mais ampla, de caráter estruturante, que projete ênfase em novas formas de produção e consumo.

Atualmente, marcados pelos desdobramentos da recente crise mundial, observamos que a superação da crise financeira mantém a mesma lógica especulativa. Percebemos que questões cruciais concernentes aos aspectos de inclusão social e sustentabilidade ambiental não foram enfrentadas e que se torna cada vez mais evidente que outras crises se seguirão.

O momento é oportuno para se pensar em um novo projeto de desenvolvimento, que seja capaz de aliar crescimento econômico, inclusão social e sustentabilidade ambiental. Torna-se obrigatório refletir e discutir sobre os nossos padrões atuais de produção e de consumo, uma vez que foram moldados pela lógica de desenvolvimento gestada com a Revolução Industrial e a ideia do crescer mais, sempre mais, sem parar, atendendo à progressiva e recorrente necessidade de acumulação do capital. Essa lógica parece ter nos distanciado de nossas necessidades básicas, bem como parece ter influído negativamente na forma pela qual nos relacionamos em sociedade e com o meio ambiente.

A transição para um novo modelo de desenvolvimento sustentável exige a modificação dos paradigmas de produção e de consumo vigentes. E, neste novo modelo, a questão da sustentabilidade é crucial.

Por sustentabilidade entende-se diferentes dimensões que se interrelacionam, como a ecológica (estoque e uso de recursos naturais utilizados na produção e no consumo); ambiental (capacidade da natureza de absorver e recuperar-se das agressões); demográfica (à luz das duas anteriores, analisar o impacto da dinâmica demográfica); cultural (criação/preservação de valores e práticas que induzam novos padrões de integração nacional, regional e local); social (melhoria da qualidade de vida e justiça distributiva); política (possibilidades de construção participativa da cidadania e de um novo projeto de desenvolvimento) e institucional (como todos esses aspectos se refletem na construção de novas institucionalidades sociais, políticas e econômicas1.

Paradigmas e mudança de paradigmas
“Paradigma” é uma palavra muito utilizada. Representa em seu uso corriqueiro, um “modelo”, um “padrão”, até mesmo um modo de se compreender o mundo e uma sociedade. Apesar de ter sido utilizada por Platão e outros autores ao longo da história, a palavra paradigma foi disseminada e popularizada recentemente pelo físico Thomas Kuhn, em seu livro A Estrutura das Revoluções Científicas, publicado em 1962. Trouxe à tona o uso do conceito de paradigma aplicado à história do saber científico. Esse autor utilizou o conceito de paradigma para formular sua tese sobre a evolução não linear e contínua da ciência. Afirmou que não se trata de um processo de acumulação de conhecimento, mas que o progresso científico se dá por meio de saltos e quebras e, portanto, de mudanças de paradigmas. A prática científica pressupõe uma pré-compreensão do real que determinará o objeto, o método e o tipo de investigações. A verdade de cada teoria funciona apenas dentro do seu paradigma. Nesse sentido, os cientistas avançam dentro dos problemas que o paradigma escolhido permite detectar, de forma que a mudança de paradigma traga novos e diferentes tipos de questões como prioritárias e legítimas.

Segundo F. Capra, as últimas décadas do século XX registraram uma profunda crise mundial; crise complexa, multidimensional, “cujas facetas afetam todos os aspectos de nossa vida – a saúde e o modo de vida, a qualidade do meio ambiente e das relações sociais, da economia, tecnologia e política”2. Paralelamente aos desastres ecológicos, fome, desemprego, dentre outras mazelas, as tecnologias evoluem com extrema rapidez, virtualmente entregando ao homem as chaves necessárias para a resolução de seus problemas materiais. Essas potencialidades, entretanto, se defontram com regimes políticos que, relegando a cidadania para um plano sem importância, tornam os cidadãos impotentes diante dos desafios contra os quais se defrontam.

Sobre à questão ambiental, acredita-se que níveis de crescimento econômico continuado, voltados para a satisfação de demandas por bens de consumo não-essenciais, são incompatíveis com um processo de desenvolvimento ecologicamente sustentável, o que acarreta a necessidade de mudanças nos padrões de consumo de bens materiais.

Nas últimas duas décadas surgiram experimentos importantes. Elementos que auxiliam na transição dos padrões de produção e consumo. A análise de algumas experiências reais permite-nos identificar que parte dessas novas estruturas está sendo formulada por indivíduos, comunidades e algumas organizações que atuam sob novas formas de pensamentos e de princípios.

Elementos que apontam para novos paradigmas de produção e consumo

Agenda ambiental
A magnitude do fenômeno das mudanças climáticas e dos desastres ambientais põe na agenda mundial o debate sobre alternativas e a urgência em transformar os padrões de produção e consumo. A mudança da matriz energética, as práticas agroecológicas no campo, o padrão de mobilidade urbana e o uso racional da água são alguns dos temas discutidos amplamente nesse campo e que se tornarão ainda mais presentes no futuro próximo.

O bem viver
O bem-estar e a felicidade têm ficado subordinados aos objetivos de crescimento econômico e à permanente busca pela acumulação de capital. O PIB se revela como uma medida insuficiente para mensurar a qualidade de vida de uma população. Ou seja, se o objetivo principal do desenvolvimento passar a ser a melhoria da qualidade de vida da população, não faz sentido qualquer crescimento econômico que não traga a redução da pobreza e inclusão social. A redefinição da felicidade e do bem-estar como fim maior da sociedade é uma mudança de paradigma que requer, inclusive, uma revisão crítica de conceitos como desenvolvimento / subdesenvolvimento.

Colaboração
A atuação em redes colaborativas tem se apresentado como uma solução para muitos pequenos empreendimentos. A colaboração é uma tendência a ser considerada quando se discutem novos paradigmas de produção e consumo e deve ser entendida de forma abrangente e voltada à governança participativa, de modo a reforçar a centralidade da atuação da cidadania e suas representações coletivas, assim como as potencialidades do território.

Corresponsabilidade
No âmbito da produção e do consumo, verifica-se uma ainda tímida mudança no papel e no comportamento dos atores. A emergência de termos como consumo responsável, ético, consciente, bem como de investimento social e cidadania corporativa, indicam a construção de um novo agir econômico. Mas a corresponsabilidade transborda a esfera da produção e do consumo, fenômeno que está gerando novos atores e movimentos sociais e que pode ser ilustrado pelo conceito de responsabilidades humanas. Está trazendo mudanças ligadas à responsabilização dos indivíduos pelos problemas e desafios de nosso mundo, mas mais que isso, é um pensamento que afirma a capacidade de indivíduos e cidadãos de atuarem na construção da realidade existente.

Governança democrática
Este é um elemento absolutamente central, uma vez que vivemos num cenário em que as soluções dos impasses atuais passam pelo reconhecimento da existência de novos atores sociais e políticos, pela socialização do poder, pela descentralização das estruturas de gestão, pela radicalização da democracia. O repensar das estruturas decisórias e de participação popular em prol de um novo paradigma civilizatório se coloca nesse momento como relevante e pertinente. Nesta direção, o território precisa ser compreendido como o conjunto das relações sociais que constituem as formas de produção e de consumo locais, o locus para se pensar e para agir, de modo a estabelecer e construir novos caminhos a partir do fortalecimento da democratização.

Processos de desintermediação
A intermediação se tornou a atividade que mais se apropria da renda na economia, não porque de fato agrega valor, mas simplesmente porque controla o caminho entre os interessados em oferecer e obter algo. As intermediações devem existir, quando realmente necessárias. Criar canais alternativos de intermediação leva a condições mais justas em diversos setores. A comercialização direta dos produtores para consumidores e bancos comunitários são exemplos de como a desintermediação pode gerar condições mais justas para produtores e consumidores.Trouxe à tona o uso do conceito de paradigma aplicado à história do saber científico. Esse autor utilizou o conceito de paradigma para formular sua tese sobre a evolução

Trata-se da criação de circuitos curtos de produção e consumo, ou do encurtamento de circuitos, organizados territorialmente, a partir das potencialidades locais e com vista a criar condições sistêmicas mais favoráveis para produtores, consumidores e para o território.

Valorização do local
O território tende a se fortalecer como o espaço de construção da vida, da cultura, da política e também das relações econômicas. É necessário pensar numa mudança da cultura do desenvolvimento, em que uma comunidade deixa de ser vista como ator passivo, que espera pacientemente, para se converter no responsável pela construção de sua própria história e transformações.

Ao deslocar as iniciativas do desenvolvimento para o nível territorial, melhoram-se as condições de participação e de decisão por parte dos cidadãos que passam atuar com base em práticas e soluções articuladas a partir de demandas específicas e dos problemas do território.

Inserção sociolaboral e geração de empregos “verdes”
A questão da inserção produtiva, de se enfrentar o desemprego e a falta de trabalho para grandes contingentes de pessoas, especialmente para os jovens, precisa ser equacionada de maneira coerente com a necessidade de construção de novos paradigmas de produção e consumo, especialmente considerando os desafios da degradação ambiental. Não se trata mais de ampliar a produção de automóveis e, portanto, o emprego nas cadeias de produção que integram este setor.

Os “empregos verdes” se apresentam como os propulsores-chave em direção a um desenvolvimento econômico e social, também sustentável ambientalmente. Esses empregos podem ser criados em todos os setores, em áreas urbanas e em zonas rurais, envolvendo desde o trabalho manual até o altamente qualificado.

Frente à perda de empregos ocasionada pela crise, alguns países têm adotado uma série de medidas de estímulo econômico com investimentos em setores “verdes”, como energia eólica, solar, térmica, biomassa, hidroelétrica, geotérmica. Essas medidas, além de contribuírem para a transformação da matriz energética atual, geram empregos, incluem os menos favorecidos e melhoram a eficiência energética em edifícios, no transporte público, nos aparelhos elétricos e nos automóveis, bem como ampliam a diversificação de energia limpa e renovável.

Também se abre uma nova frente de atividades, dissociadas da concepção de incremento de produtividade nas cadeias de produção, que são os empregos sociais, aqueles voltados, por exemplo, a cuidar do bem-estar dos grupos vulneráveis da população do território, a cuidar do lazer e das atividades culturais, entre outros.

Esses elementos devem ser entendidos não somente como alternativas econômicas de produção e de consumo, mas como um potencial emancipador. Deverão propor alternativas capazes de atuar em diferentes escalas, desde a local até a global. O desenvolvimento exitoso de práticas que respondam a esses elementos depende, em grande medida, da integração dos atores no território, que consigam atuar em redes de colaboração e de apoio mútuo, bem como construindo novas relações com o aparelho governamental.

Adriano Borges Ferreira Costa é administrador e pesquisador no Projeto "Novos Paradigmas de Produção e Consumo", do Instituto Polis.

Leandro Pereira Morais é economista e coordenador do "Projeto Novos paradigmas de Produção e Consumo", do Instituto Polis.

1 Inspirado em “Brasil Século XXI: os caminhos da sustentabilidade cinco anos depois da Rio 92”, FASE (1997).
2 Capra, Fritjof. O Ponto de Mutação. São Paulo: Cultrix, 2006.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Médicos britânicos tratam vítima de derrame com células-tronco

Boa notícia para quem, como eu, tem vários casos de derrame na família. Meu pai faleceu em consequencia de um AVC, minha mae está há mais de uma década fortemente sequelada pelo mesmo problema. Uma parte dos meus tios e avós morreram de doença no coraçao e a outra de cancer. Será que eu, meus irmaos e filhos estamos no grupo de risco??? Vamos à boa notícia para os que se encontram na mesma situaçao!
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Médicos britânicos injetaram células-tronco no cérebro de um paciente vítima de derrame, como parte de um estudo para descobrir um novo tratamento para a doença.

O homem idoso, que não apresentava melhora em seu estado de saúde havia muitos anos, é a primeira pessoa no mundo a receber o tratamento experimental, que envolve 12 pacientes do Southern General Hospital, em Glasgow, na Escócia.

Ele recebeu uma injeção com uma pequena dose de células-tronco no último fim de semana, já recebeu alta e, segundo os médicos, passa bem.

O objetivo do teste inicial é garantir que o procedimento seja seguro para os pacientes.

Durante o próximo ano, outras vítimas de derrame cerebral receberão doses progressivamente maiores, ainda para descobrir se o tratamento não apresenta altos riscos.

Mas os médicos também examinarão os pacientes para verificar se as células-tronco conseguiram restaurar as células do cérebro e se seu estado de saúde melhorou.

O tratamento experimental recebeu críticas porque usou células cerebrais de fetos para gerar as células-tronco, mas os criadores do projeto alegam ter recebido aprovação ética do órgão regulador da medicina na Grã-Bretanha e dizem que apenas um pequeno número de fetos foi usado nos primeiros estágios da pesquisa e agora eles não seriam mais necessários.

Primeiros passos – O neurocientista Keith Muir, professor da Universidade de Glasgow e médico do Southern General Hospital, diz que se os testes forem bem sucedidos eles podem levar a pesquisas mais detalhadas.

“Esperamos que no futuro isso leve a estudos mais amplos para determinar a eficácia das células-tronco no tratamento das deficiências causadas pelos derrames”, disse ele.

O primeiro grupo de pacientes a receber o tratamento experimental é formado por homens acima de 60 anos que não apresentaram melhora de seus sintomas ao longo de vários anos.

Ter um grupo de pacientes com critérios tão limitados permite que médicos e cientistas comparem melhor qualquer avanço em seu estado de saúde, mesmo nos estágios iniciais da pesquisa.

Se os testes obtiverem bons resultados, os cientistas pretendem levar adiante estudos envolvendo grupos maiores de pacientes, daqui a dois anos. (Fonte: G1)