A beleza está à nossa volta, desde o amanhecer às estrelas da noite e tudo pelo meio. A maioria vive sem se dar conta de todas as coisas bonitas que os cercam, e sim está em todo o lado, então tire tempo para as reconhecer e apreciar quando as vir. Quer seja o aroma de uma flor ou a forma como a chuva ao cair numa poça de água cria ondulações, aprecie a beleza que a vida tem para oferecer.
2. Faça uma lista de todas as coisas por que está grato.
Fazer uma lista de gratidão muda as suas vibrações de se focarem naquilo que não tem, para aquilo que já tem em abundância na sua vida. Tem mais coisas a agradecer do que pode imaginar. Pode começar com um, “Estou vivo!” e desenvolver a partir daí. Gratidão é a atitude.
3. Medite…
Sente-se numa posição confortável, feche os olhos e inspire e expire. Vezes de mais passamos os dias a correr com o cérebro cheio e acelerado deixando-nos num estado de ansiedade e stress. A meditação ajuda a acalmar o espírito e a alcançar uma mente relaxada. 10 minutos de meditação por dia podem mudar a sua vida para sempre.
4. Faça alguma coisa por outra pessoa.
Oferecer algo a outra pessoa muda o seu pensamento de “Eu não tenho o suficiente” para “Eu tenho mais do que o suficiente para poder dar aos outros”. Abundância é uma vibração alta.
5. Pare de se queixar e falar da vida dos outros.
Queixas e fofocas colocam-no numa vibração muito baixa. Pergunte a si próprio “As coisas de que estás a falar trazem-te mais daquilo que queres?” se não então, pare de queixumes e comece a procurar maneiras de se alegrar.
6. Mexa-se. Faça exercício. Torne-se ativo.
Vibração requer movimento, quanto mais se mexe melhor as suas vibrações se mexem. Então torne-se ativo! Dance! Quanto mais feliz se sentir, mais vai atrair experiências positivas para sí, porque está a operar a uma frequência diferente.
7. Perceba que tem mais controle sobre a sua vida do que pensava.
Você não é vitima das circunstâncias, passado, meio onde cresceu, trauma, ou qualquer outra coisa. Você pode mudar a sua vida num instante. Apenas interiorize isto. Em muitas sábias tradições isto é chamado de “Responsabilidade Total”. Ninguém mais é responsável por como se sente neste momento, só você. Não é uma maldição, é uma bênção, porque lhe devolve o seu poder.
8. Respire
Sente-se e tente tornar a sua respiração mais longa, cheia, e mais calma. Esta prática tem um efeito direto sobre o sistema nervoso, e ajuda-o a relaxar. Uma vibração calma é uma vibração alta.
9. Faça algo de que sente medo.
Medos impedem-nos de alcançar um estado de amor e felicidade, e enfrentar esses medos abre o seu mundo para maiores possibilidades. Medo de alturas? Vá fazer paraquedismo Medo de discursar em público, recite um poema num evento com microfone. Irá começar a se dar conta que o seu medo era pior do que a situação em si, e será imerso numa sensação de alívio.
10. Tenha uma conversa com conteúdo com um amigo.
Em vez de falar da vida alheia ou se queixar, fale das suas ideias. O que tem planejado para si? O que pensa ser a natureza da realidade? Somos sêres espirituais tendo uma experiência humana? Falar sobre estas coisas com alguém ajuda a elevar as vibrações de ambos por pensarem fora da caixa.
PSR J1906 + 0746 é um pulsar – uma estrela de nêutrons que emite feixes de radiação intensa. Como outros pulsares, este gira muito rapidamente, fazendo com que estes feixes varram todo o céu de uma forma comumente comparada a um farol. A galáxia está quase certamente cheia de pulsares que não conhecemos porque seus feixes passam acima ou abaixo da Terra.
Os pulsares mais cientificamente valiosos são aqueles em sistemas binários, trancados em órbitas mútuas com outras estrelas. O pulsar B1913 + 16 é tão importante que rendeu aos seus descobridores um Prêmio Nobel por servir como um laboratório natural para confirmar a teoria da relatividade geral; a descoberta mostrou que a distância orbital entre as duas estrelas decai por meio da perda de energia.
PSR J1906 + 0746 orbita em torno de sua companheira em apenas 3,98 horas, a segunda órbita pulsar mais rápida conhecida. Um artigo no The Journal estima sua massa como 1,29 vezes maior do que o sol, com seu companheiro sendo pouco maior que 1,32 massas solares.
A proximidade das órbitas e à semelhança da massa das duas estrelas distorce o espaço-tempo tão fortemente que desequilibra PSR J1906 + 0746, balançando seu eixo através do céu. Este processo, conhecido como precessão geodésica, muda a direção dos feixes também. Os astrônomos perceberam que com o tempo os feixes deixaram de passar por toda a Terra.
Uma vez que nem PSR J1906 + 0746, nem a sua companheira são detectáveis através de outros meios, isso causou uma corrida urgente para recolher o máximo de informação possível antes de perdemos o sinal. Cinco dos maiores radiotelescópios do mundo foram pressionados a realizar o serviço, produzindo uma riqueza de dados que está sendo analisada após o feixe em grande parte desaparecer de vista em 2009.
Os autores observam que é raro testemunhar essas mudanças. “Na grande maioria dos sistemas de pulsar binário observados, o pulsar é o primogênito objeto compacto”, dizem eles. Esses objetos têm “rotação muito estável e evoluem de forma muito lenta.” As mudanças observadas em PSR J1906 + 0746 decorrem do fato de que o companheiro provavelmente evoluiu para uma estrela de nêutrons ou anã branca antes do pulsar, um filhote astronômico de 112 mil anos de idade, atingir o seu estado atual.
As circunstâncias incomuns deram aos astrônomos uma oportunidade de usar a relatividade geral para prever a taxa de precessão e testar a teoria. Os resultados foram perfeitos, proporcionando mais uma confirmação da relatividade geral contra as teorias concorrentes da gravidade. Dr. Joeri van Leeuwen, do Instituto Holandês para a Rádio Astronomia diz: “Esta é a primeira vez que um jovem pulsar desapareceu através da precessão.” [Space.com]
Produzir os próprios alimentos em casa deixou de ser um hábito do campo e, cada vez mais, ganha força a agricultura urbana. Quem sempre viveu nas grandes cidades pode ter dificuldades em aderir a essa “onda” de alimentação saudável, por isso o CicloVivo divulga o passo a passo para preparar uma horta caseira por meio de vídeo-aulas.
O curso é composto por dez aulas, cada uma possui menos de 30 minutos. A primeira aula detalha os princípios da agricultura orgânica, respondendo as perguntas iniciais: Como se planejar? O que é adequado semear primeiro? Entre outras dúvidas que surgem quando uma pessoa decide fazer uma horta.
Já na segunda aula o tema é “Composição do solo e adubos”, onde se trata a qualidade da terra e quais os restos de alimentos são úteis para fertilizar a terra. Na terceira e quarta aula, o internauta esclarece todas as suas dúvidas sobre o plantio.
A quinta aula é dedicada às culturas, a sexta ensina como fazer horta em vasos, a sétima e oitava detalham como controlar pragas e enfermidades. Na penúltima aula, o aluno aprende os cuidados necessários para manter uma horta orgânica e, por fim, a última aula fala sobre a colheita.
Os vídeos foram publicados no Youtube e estão em espanhol, entretanto há legendas em português preparadas pelo BorelliStudio. Trata-se de um canal de vídeo educativo, que publica vídeos de interesse comunitário.
Some would say that it is a good idea to repress our sexuality… within ourselves.. and within society as a whole… We fear its power. We fear what choices people would make if they were free. We fear that everything would fall into chaos or something… Hmmm…
But what actually happens when we repress it?
1) Something dies inside of us
Our sexual energy is our life force. It is our prana, our chi, our spirit, the energy that courses through our bodies when we play sports, go to work, create art, read a book, and definitely make love. This creative, sexual energy can drive us to make babies, write symphonies, start running, or just simply be happy that we woke up this morning.
But when it is repressed, controlled, or put in a box, something dies… We have less energy, less joy in life, less innocence, less optimism and less desire to try new things.
2) The Energy Twists into Something Else
Because this is our life energy, it must keep flowing… When a river gets blocked by something, the water WILL find another route. The water is there. There is pressure to keep it flowing. And so it will quickly or slowly find another route.
Similarly with us… Maybe it turns into an addiction to porn or prostitution. Maybe it becomes anger and bitterness. Maybe it becomes a shopping addiction or an obsession about how one looks. But one way or another, that stifled energy will find a way out… But because it isn’t flowing out in a natural, easy way, the path will be destructive and not a positive one.
3) We Default to Procreative Sex
Unfortunately, the only thing that most kids learn growing up is “Don’t have sex. And if you do, use protection.” That’s it.
Luckily for us, there is a primal urge to procreate. And also luckily the parts needed to procreate respond on cue. The parts all fit together.. And THERE! They’ve had sex. And it’s…. ok… I guess…
As we grow older, we might learn a few tricks about how to pleasure a partner and how to gain more pleasure ourselves… But the main framework is the same… And sometimes it’s great… But oftentimes it’s just ok … or not ok at all considering how many issues there are in society with impotence, frigidity, premature ejaculation, lack of sex drive, lack of female orgasms… etc..
4) We Never Learn What We Are Actually Capable of
We are designed for MUCH more than procreative sex.
Our sexual energy can bring us to heights of pleasure that are far beyond what we can imagine.
That energy can be passed between partners to create bonds that make us feel truly secure, connected, and complete – within the relationship and within ourselves.
When we approach sexuality in a sacred way, it can heal our deepest wounds. It can truly heal a broken spirit.
This energy can actually regenerate us and give us amazing amounts of energy for days afterwards.
It can even give us an experience of the divine…
And What happens when We Embrace our Sexuality?
We have abundant energy and life force flowing through our beings!
We love life. We are optimistic. We are creative and are simply happy that we got to wake up this morning!
Our paths are straight. No twists in the road. We can see clearly what we are doing. No hidden agendas.
Our relationships are rich. Our sexual experiences energize and connect us.
We get to experience divine energy in our physical bodies and all aspects of our lives…
Entrevista Edgar Morin: "É preciso ensinar a compreensão humana" por Equipe Fronteiras/Milênio
Nos acostumamos a acreditar que pensamento e prática são compartimentos distintos da vida. Quem pensa o mundo não faz o mundo e vice-versa. Mas, houve um tempo em que os sábios, eventualmente chamados de cientistas ou artistas, circulavam por diversos campos da cultura. Matemática, física, arquitetura, pintura, escultura eram matéria-prima do pensamento e da ação. A revolução industrial veio derrubar a ideia do saber renascentista e, desde o século 19, a especialização foi ganhando força.
Mas, sempre haverá quem nos lembre que a vida é produto de um contexto, de um acúmulo de vivências e ideias. Pense num filósofo que pegou em armas contra o nazismo para depois empunhar as ferramentas da retórica contra o stalinismo, que reconhece a importância dos saberes dos povos originais sem abrir mão de pensar e repensar a educação formal.
Com mais de 90 anos, o francês Edgar Morin, nascido e criado Edgar Nahoum no início do século 20, é um dos mais respeitados pensadores do nosso tempo. Com uma gigantesca produção literária, pedagógica e filosófica. Em tempos de radicalismos, Morin é herdeiro do melhor do humanismo francês. Em entrevista ao programa Milênio, Edgar Morin fala sobre filosofia, religiões e o significado da educação na contemporaneidade. Leia abaixo: Gostaria de começar com uma questão generalista. Sociólogo, antropólogo, filósofo, professor, escritor, e até, às vezes, jornalista. Qual a melhor definição de Edgar Morin e por quê? Edgar Morin: A melhor definição seria não ter definição. De se bastar. A palavra “filósofo” talvez me conviesse bem, mas hoje a filosofia, no geral, se fechou em si mesma e a minha é uma filosofia que observa o mundo, os acontecimentos, etc. Sou muito marginal, quer dizer, sou marginal em todas essas áreas. Então, sou aquele que querem que eu seja. Seria mais correto falar em um pensador do estilo renascentista, alguém que mistura um pouco essas histórias todas? Edgar Morin: Não exatamente que mistura, mas que tenta fazer a ligação, que tenta ter uma cultura feita de conhecimentos que hoje estão dispersos. Mas, é verdade que o Renascentismo foi admirável pelos homens que tinham um conhecimento, não digo enciclopédico, mas aberto a várias áreas. Se quiserem, acho que as perguntas fundamentais de cada um a si mesmo, “quem somos nós, para onde vamos e de onde viemos?”, são questões fundamentais, precisamos respondê-las e não afastá-las.
A tragédia do nosso sistema de conhecimento atual é que ele compartimenta tanto os conhecimentos que a gente não consegue se fazer essas perguntas. Se perguntarmos “O que é o ser humano?”, não teremos respostas, porque as diferentes respostas estão dispersas. E, no fundo, é isso que chamo de pensamento complexo, um pensamento que reúne conhecimentos separados. E esse pensamento complexo do qual o senhor fala estaria em oposição a um pensamento simples. Como se dá esse duelo hoje, num setor que o senhor conhece bem, o ensino? Edgar Morin: O que chamo de desafio da complexidade é que estamos em um mundo onde encontramos problemas tão difíceis e separados, e uni-los. Como fazer isso? Eu fiz um trabalho ao longo de muitos anos para, de certa forma, elaborar um método que possibilite a união desses saberes, porque não podemos simplesmente sobrepor, é preciso articulá-los.
Acredito que, para uma melhor compreensão da realidade, para entender quem somos, que você é um ser complexo, que eu sou um ser complexo, não podemos estar reduzidos a um único aspecto da personalidade, para saber que a sociedade é complexa, para entender a globalização. Acredito que é sim necessário um pensamento assim, senão temos um pensamento mutilado, o que é muito grave, porque um pensamento mutilado leva a decisões erradas ou ilusórias. E como traduzir isso para os alunos, para as novas gerações, por meio do ensino? Como é possível encarar essa tarefa tão difícil para os educadores, para aqueles que estudam a educação e querem passar adiante esse pensamento mais complexo, com uma visão um pouco mais ampla do mundo do que aquela homogeneizada, simplista, com certezas bastante frágeis? Edgar Morin: Eu proponho, a introdução, no ensino, de temas fundamentais que ainda não existem. Quer dizer, proponho introduzir o tema do conhecimento, pois damos conhecimento sem nunca saber o que é o conhecimento. Mas, como todo conhecimento é uma tradução seguida de uma reconstrução, sempre existe o risco do erro, o risco de alucinações, sempre.
Eu proponho o método de incluir esses temas, de incluir o tema da compreensão humana. É preciso ensinar a compreensão humana, porque é um mal do qual todos sofrem em graus diferentes. Começa na família, onde filhos não são compreendidos pelos pais e os pais não entendem seus filhos. Pode continuar na escola, com os professores e os colegas. Continua na vida do trabalho, no amor e acho que temos que ensinar também a enfrentar as incertezas. Porque em todo destino humano há uma incerteza desde o nascimento. A única certeza é a morte e não sabemos quando. Mas, é claro que estamos em meio, não apenas das incertezas que chamaria de normais, de saúde, casamento, trabalho, mas também uma incerteza histórica impressionante.
Antes, a gente achava que existia um progresso certo e agora o futuro é uma angústia. Por isso, suportar, enfrentar a incerteza é não naufragar na angústia, saber que é preciso, de certa forma, participar com o outro, de algo em comum, porque a única reposta aos que têm a angústia de morrer é o amor e a vida em comum. Isso nos traz a um dos muitos caminhos que temos para nos conhecer e conhecer o outro, que é a participação política. E o senhor, desde muito cedo, teve uma participação política muito importante. Na Resistência e, depois, com suas relações no Partido Comunista. Mas, muito cedo também, o senhor aprendeu a fazer essa autocrítica e não hesitou em criticar duramente o Partido Comunista e a ascensão da URSS Stalinista, depois da China maoísta. Mais recentemente, a globalização. Politicamente, hoje, qual a luta que o senhor considera que vale a pena lutar? Sabemos que o mundo vive uma crise profunda de representação nas democracias, nos partidos, nos sindicatos. Como fazer essa luta política? Edgar Morin: Antes de mais nada, é preciso entender bem que estamos ameaçados, cada vez mais, por duas barbáries. A primeira barbárie a gente conhece, vem desde os primórdios da história, que é a crueldade, a dominação, a subserviência, a tortura, tudo isso. A segunda barbárie, ao contrário, é uma barbárie fria e gelada, a do cálculo econômico. Porque quando existe um pensamento fundado exclusivamente em contas, não se vê mais os seres humanos. O que se vê são estatísticas, produtos burros. No fundo, o cálculo, que é útil, mas como instrumento, se torna um meio de conhecimento, mas de falso conhecimento, que mascara a realidade humana.
No fundo, assim que entra o cálculo, os humanos são tratados como objetos. E hoje, com o domínio justamente do poder e do dinheiro, com o domínio do mundo burocrático, tudo isso, é o reino da barbárie gelada. Se preferir, é preciso repensar a política e nós estamos na pré-história desse momento. É preciso saber se as forças negativas, a corrente negativa vai ser mais forte do que as forças positivas que tentam se levantar hoje no mundo e são ainda muito dispersas. Como fazer com que todas essas ferramentas, que existem e foram desenvolvidas nas últimas décadas, possam ser utilizadas de uma forma, digamos, mais positiva? Edgar Morin: Antes de mais nada, é verdade que informação não é conhecimento. Conhecimento é a organização das informações. Então, estamos imersos em informações e como elas se sucedem dia a dia, de certa forma, não temos como ter consciência disso. De outra parte, os conhecimentos, como eu disse, estão dispersos. É preciso uni-los, mas falta esse pensamento complexo. Dito isso, quando pensamos sobre a internet, a internet virou uma força incrível, eu diria que em todas as direções, tanto para o lado negativo quando para o positivo.
O que há de extraordinário na internet e em todos esses meios que você citou é que, hoje, um Estado pode controlar um indivíduo em todos os seus gestos e atos, mesmo quando ele está na rua lendo um jornal. Podemos ser controlados. Mas, ao mesmo tempo, através da internet, um ou dois indivíduos razoavelmente talentosos em matemática podem decifrar os segredos do Pentágono, segredos diplomáticos dos mais importantes do Estado mais forte do mundo. O senhor acha que neste mundo, com tantas coisas que regridem, um país como o Brasil que o senhor conhece tanto tem algo a ensinar aos outros notadamente quando se vê essa sociedade mestiça, essa mistura que existe de verdade. Mesmo que tenhamos os nossos problemas com o racismo, nossos problemas de exclusão e tudo isso. Mas, o senhor acha que essa sociedade brasileira, com todos esses problemas, tem algo a ensinar? Edgar Morin: Apesar dos limites, digamos, do caráter de segregação social, é uma sociedade indiscutivelmente mestiça, que conseguiu integrar contribuições vindas da África. Nunca em outro país a contribuição africana foi tão intensamente integrada nos costumes, nem que seja na gastronomia, nas danças, nos cantos. É um país muito interessante também onde, no Sul, que tem muitos imigrantes alemães e italianos e o Nordeste, que é muito diferente com sua população, os caboclos... Apesar dessa grande diversidade, é um país que nunca quis se separar. Vejam a Itália, a Itália do Norte quer se separar da do Sul, veja a Inglaterra, a Escócia quer deixar o Reino Unido.
No Brasil, mesmo com toda essa extraordinária heterogeneidade, existe uma cultura comum que mantém a unidade. Ou seja, pra mim, o Brasil é um grande estimulante. Um estimulante intelectual, mas também humano, pois tem um calor humano, um sentimento de familiaridade, que também perdemos na França e encontramos, muito vivo, no Brasil. Eu já o vi e li dizendo que o monoteísmo era o flagelo da humanidade. Queria saber se o senhor mantém essa posição hoje, frente ao que vemos no Oriente Médio e nas lutas nacionalistas que misturam a religião à importância nacional. Edgar Morin: A fórmula é parcialmente verdadeira. Por quê? Porque há outro aspecto muito presente no Cristianismo, sobretudo no Cristianismo de caráter evangélico, e também no Islã, onde também há como princípio um Deus magnânimo e misericordioso. Existe um universalismo, porque o Cristianismo e o Islã se dirigem a todos os homens, a todos os seres humanos, não importa a raça. Quando vemos a história do Cristianismo, há uma renovação dessa fonte de fraternidade e de evangelismo. Mas, quando olhamos a mesma história do Cristianismo, também vemos guerras religiosas, a Inquisição, as perseguições, as fogueiras, as cruzadas e tudo isso. E quando olhamos para a história do Islã também.
Dito isso, o que é o monoteísmo? É o que vê a unidade no mundo. O que é o politeísmo? É o que vê a diversidade no mundo, que vê, como os antigos gregos, mas também no Candomblé, vocês têm Iemanjá, deusa das águas, têm os outros, dá pra dizer que são complementares. Uns veem a diversidade e outros a unidade. Mas, o politeísmo sempre foi mais tolerante do que o monoteísmo, sempre foi menos dogmático. E, se hoje, o Hinduísmo fica agressivo contra o Islã é que ele próprio vive uma luta entre duas religiões, mas, em princípio, as religiões politeístas são mais... Mas, como estou fora dessas religiões, apenas constato. Acredito que a virtude dos politeístas seja a de respeitar também a natureza. Quando se tem a Pacha Mama, da tradição andina, temos o amor da mãe terra. O Cristianismo separou, como aliás o Islã, os dois tendo a mesma fonte, a Bíblia. Dizem que Deus criou o homem à sua imagem, diferente da dos animais. Paulo disse que os humanos podem ressuscitar, mas os animais não.
Criamos a dissociação com a natureza, acentuada pela civilização ocidental, dizendo que, através da ciência e da tecnologia podemos dominar e controlar a natureza. Mas, é preciso reencontrar o sentido da natureza de uma forma não mais politeísta, mas humana, quer dizer, sentir essa vida, esse sentimento que expressava Spinoza, que a criatividade e a divindade estão na natureza. Qual seria, então, na sua opinião, o maior desafio do ensino escolar hoje no mundo? Fazer esse equilíbrio sociedade tecnológica e humana, o equilíbrio entre o dinheiro e o saber, entre o humanismo e a individualidade? Edgar Morin: Antes de mais nada, é não se deixar contaminar pela lógica da empresa. Uma universidade não é uma empresa, é como um hospital, não é uma empresa. A lógica não é a do lucro, não é a dos benefícios, não é a do equilíbrio orçamentário, é outra lógica. Depois, não obedecer ao dogma da avaliação. Avaliamos e avaliamos, quando, na realidade, a avaliação também é um jeito de calcular que ignora a complexidade das realidades humanas.
O objetivo do ensino deve ser ensinar a viver. Viver não é só se adaptar ao mundo moderno. Viver quer dizer como, efetivamente, não somente tratar as grandes questões de que falamos, mas como viver na nossa civilização, como viver na sociedade de consumo. Produzimos coisas descartáveis em vez de objetos reparáveis, que possam ser consertados. Então há toda uma lógica e é preciso dar, no ensino, os meios àqueles que vão se tornar adultos, de poder escolher alimentos, consumo, não usar o que não é bom e favorecer o que tem qualidade e o que é artesanal.
Acho que é preciso ensinar não só a utilizar a internet, mas a conhecer o mundo da internet. É preciso ensinar a saber como é selecionada a informação na mídia, pois a informação sempre passa por uma seleção – como e por quê? É preciso ensinar, há todo um ensinamento, para nossa civilização, que não está pronto. Tem isso e ainda o ensino dos problemas fundamentais e globais. Essa é a reforma fundamental que precisa ser feita. Para terminar, professor, o que é que alimenta suas esperanças num mundo melhor? Edgar Morin: A esperança é a ideia que o futuro já que é incerto e já que é desconhecido, pode justamente ser melhor e, no fundo, meu sentimento profundo é que eu sou um pedacinho temporário, numa gigantesca aventura, que é a da humanidade, que começou, talvez, há sete milhões de anos, quando um primata virou bípede. Que continuou e seguiu pela pré-história, a história, o fim dos impérios, os acontecimentos, as guerras mundiais. Uma aventura absolutamente incrível. E como o passado é incrível, eu sei que o futuro também será incrível.
Mas, sinto que faço parte dessa totalidade, querendo ou não. Isso também me leva para frente. Não renuncio. Sem querer, sou animado por esse sentimento de estar na aventura e quero também dar, mesmo que seja pequena, minha contribuição a isso. É isso que também me encoraja. Não tenho só esperança, tampouco desespero. Mesmo que saiba que a vida é, ao mesmo tempo, magnífica e trágica.
Uma das minhas máximas favoritas é: “o que não se regenera, degenera.” Nada está estabelecido para sempre. Se você tem a democracia, não é para sempre, pode degenerar. Se acabou com a tortura, não é para sempre, pode voltar. Quer dizer, é preciso estar com as forças da regeneração e sentir a necessidade dessas forças de regeneração me tonifica, me faz bem e espero fazer o bem também.
- Assista ao programa na íntegra no Globosat Play (para assinantes) - Assista a Edgar Morin no Fronteiras do Pensamento | Os limites do conhecimento na globalização
Em 2002, dois homens agrediram Jason Padgett em um karaoke de bar, deixando-o com uma concussão grave e transtorno de estresse pós-traumático. Mas o incidente também tornou Padgett em um gênio matemático que vê o mundo através de uma lente geométrica.
Padgett, um vendedor de móveis de Tacoma, Washington, que tinha muito pouco interesse em termos acadêmicos, desenvolveu a capacidade de visualizar objetos matemáticos complexos e conceitos intuitivos da física. A lesão, enquanto devastadora, parece ter desbloqueado parte de seu cérebro que faz tudo parecer ter uma estrutura matemática.
“Eu vejo formas e ângulos em toda parte na vida real. desde a geometria de um arco-íris até os fractais da água espiral pelo ralo”, Padgett disse ao LiveScience. “É realmente muito bonito.”
Padgett, que acaba de publicar um livro de memórias com Maureen Seaberg chamado “Struck by Genius”, faz parte de um raro conjunto de indivíduos com Síndrome de Savant Adquirida, em que uma pessoa normal desenvolve habilidades prodigiosas depois de uma lesão grave ou doença. Outras pessoas têm desenvolvido notáveis habilidades musicais ou artísticas, mas poucas pessoas têm adquirido habilidades matemáticas como Padgett.
Agora, os pesquisadores descobriram quais partes do cérebro do homem foram alteradas para permitir tais habilidades, e os resultados sugerem que tais habilidades podem estar ocultas em todos os cérebros humanos.
Antes da lesão, Padgett não tinha progredido além da pré-álgebra em seus estudos de matemática. “Eu nunca abri um livro para estudar depois da escola”, disse ele.
Mas tudo mudaria após ser agredido. Padgett se lembra de ser nocauteado por uma fração de segundo e de ver um flash de luz brilhante. Dois caras começaram a espancá-lo, chutá-lo na cabeça, enquanto ele tentava recuar. Mais tarde naquela noite, os médicos diagnosticaram Padgett com uma concussão grave, e o mandaram para casa com medicamentos para a dor, disse ele.
Logo após o ataque, Padgett sofria de transtorno de estresse pós-traumático e debilitante ansiedade social. Mas, ao mesmo tempo, ele percebeu que tudo estava diferente.
Com a nova visão de Padgett veio uma capacidade de desenhos matemáticos surpreendentes. Ele começou a desenhar círculos feitos de triângulos sobrepostos, o que o ajudou a entender o conceito de pi, a razão da circunferência de um círculo e seu diâmetro.
Padgett não gosta do conceito de infinito, porque vê cada forma como uma construção finita de unidades menores e menores que abordam o que os físicos se referem como o comprimento de Planck, pensado para ser o menor comprimento mensurável.
Depois de sua lesão, Padgett passou a desenhar formas geométricas complexas, mas ele não tinha o treinamento formal para entender as equações que representavam. Um dia, um físico o viu fazendo esses desenhos em um shopping, e incitou-o a prosseguir a formação matemática. Agora Padgett é um estudante do segundo ano na faculdade e um teórico aspirante.
As habilidades notáveis de Padgett atraíram o interesse de neurocientistas que queriam entender como ele as desenvolveu.
Mente Brilhante
Berit Brogaard, professora da Universidade de Miami, EUA, e seus colegas digitalizaram o cérebro de Padgett com ressonância magnética funcional (fMRI) para entender como ele adquiriu suas habilidades e a sinestesia que lhe permite perceber fórmulas matemáticas como figuras geométricas.
“Síndrome de Savant Adquirida é muito rara”, disse Brogaard, acrescentando que apenas 15 a 25 casos já foram descritos em estudos médicos.
Durante os escaneamentos de Padgett, os pesquisadores mostraram ao homem fórmulas matemáticas reais e sem sentido destinadas a evocar imagens em sua mente.
Os scans resultantes mostraram atividade significativa no hemisfério esquerdo do cérebro de Padgett, onde as habilidades matemáticas parecem residir. Seu cérebro se iluminou mais fortemente no córtex parietal esquerdo, uma área atrás do topo da cabeça que é conhecida por integrar informações de diferentes sentidos. Houve também alguma ativação em partes do seu lóbulo temporal (envolvida na memória visual, processamento sensorial e emoção) e no lobo frontal (envolvido em funções executivas, planejamento e atenção).
Mas o fMRI só mostrou quais áreas eram ativos no cérebro de Padgett. A fim de mostrar quais áreas particulares estavam causando a sinestesia do homem, a equipe de Brogaard usou estimulação magnética transcraniana (TMS), que envolve enviar ao cérebro um pulso magnético que ativa ou inibe uma região específica. Quando eles eletrocutaram as partes do córtex parietal de Padgett que mostraram a maior atividade nas fMRI,toda a magia matemática desapareceu.
Brogaard mostrou, em outro estudo, que quando os neurônios morrem, liberam substâncias químicas cerebrais que podem aumentar a atividade cerebral em áreas circunvizinhas. O aumento da atividade normalmente desaparece ao longo do tempo, mas às vezes resulta em alterações estruturais que podem causar modificações de atividade cerebral persistentes, Brogaard disse.
Os cientistas não sabem se as mudanças no cérebro de Padgett são permanentes, mas se ele teve mudanças estruturais, é mais provável que suas habilidades vieram para ficar.
Habilidades ocultas
Muito provavelmente, há algo adormecido em todos que Padgett acidentalmente aproveitou, disse Brogaard. “Seria muita coincidência se ele tivesse um cérebro especial em particular e, em seguida, tivesse uma lesão”.
Além de lesões na cabeça, doenças mentais também tem sido conhecidas por revelar habilidades latentes.
É sempre possível que ter habilidades como essa podem ter seus efeitos colaterais. No caso de Padgett, ele desenvolveu transtorno de estresse pós-traumático bastante grave e transtorno obsessivo-compulsivo, e ele ainda tem dificuldade em aparecer em público.
No entanto, Padgett não mudaria suas novas habilidades, se pudesse. “É tão bom, não posso sequer descrevê-la”, disse ele. [LiveScience]
O mapa de funcionamento do ser humano apresentado pelo pesquisador Ari Raynsford
Vanessa Cancian
"Conhecer o ser humano através de todo o conhecimento que ele produziu", pontua Ari Raynsford
Seria possível fazer um levantamento de tudo o que já fizemos no planeta? Para Ari Raynsford, sim. Em seu trabalho como pesquisador, ele quer criar um "mapa de funcionamento do ser humano". Baseado na teoria integral de Ken Wilber, Raysford, que é doutor em engenharia nuclear pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT), pretende compreender de maneira completa a evolução e as ações do homem na Terra.
Segundo Raynsford, a teoria integral de Wilber pode fornecer ferramentas para uma vida melhor. Para o pesquisador, nós devemos aprender a utilizar todas as tradições para ter mais equilíbrio no nosso cotidiano. Ficar apegado apenas à ciência ou a uma tradição milenar pode limitar nossas opções. Raynsford acredita que nós devemos aprender a utilizar o que cada uma dessas áreas pode oferecer de melhor para nossas vidas. A teoria integral pretende olhar para tudo e retirar o que há de melhor em cada ramo de conhecimento.
Os diferentes pontos de vistas de pensadores ocidentais e orientais inspiraram Wilber na missão de estudar um campo ainda inexplorado do conhecimento, explica Raysford. "Essa teoria é o trabalho de vida desse pensador americano, que começou aos 18 anos de idade e continua até os dias de hoje. Ele era um aluno brilhante que estava na faculdade e teve um insight ao ler o livro Tao Te King, do Lao Tsé. Isso fez com que ele se deparasse com um mundo totalmente novo, que é o ser humano, e resolveu se dedicar a isso", conta Raysford.
O trabalho de Wilber está fundamentado na integração de todo o conhecimento produzido pelo homem, representado por um mapa. "Uma vez que você entende esse mapa, há a possibilidade de conhecer as múltiplas visões para solucionar as questões e problemas diários".
Segundo Raynsford, a compreensão do mundo nos séculos passados foi embasada em três correntes: cartesiano, newtoniano e darwiniano. "Esse sistema funcionava e o homem não se deu conta de como cada um deles influenciou a nossa maneira de viver e de ver o mundo. Já foi algo maravilhoso, mas agora não funciona mais, pois os problemas se tornaram mais complexos e esse modo de vida precisa ser atualizado", alerta o pesquisador.
Em entrevista ao portal NAMU, Raynsford esclarece a teoria de Wilber e suas aplicações. Também discorre sobre como é fundamental compreender o maior leque possível de opiniões em prol da evolução.
A beleza da natureza, da obra divina é essa dinâmica que faz com que a gente esteja sempre em busca de algo novo, algo melhor, algo maior, mais ordenado, mas ao mesmo tempo criando problemas mais complexos. Se resolvêssemos todos os problemas, iriamos viver aquela visão do paraíso.
Como se deu a formação da teoria da vida integral de Ken Wilber?
Se eu quero conhecer o ser humano, o caminho que eu vou seguir é tentar conhecê-lo através de todo o conhecimento que ele produziu seja na área da ciência, filosofia, artes ou da religiosidade. Essa é uma proposta extremamente ambiciosa que ele fez e está cumprindo até hoje. Wilber deu início a um estudo das escolas de psicologias ocidentais e das tradições da sabedoria oriental.
Por exemplo, ele estudou a psicanálise de Freud, a qual acredita que para você ser feliz é preciso fortalecer o seu ego. Em paralelo, ele estudava o budismo e Buda dizia que para encontrar a felicidade deve-se morrer para o seu ego. São propostas aparentemente antagônicas. Nesse ponto surge a genialidade do Wilber. A linha mestra do pensamento dele: eu não posso aceitar que tanto Freud como Buda, que são dois lideres iluminados da humanidade, possam ter errado totalmente.
E como essa dualidade se aplica dentro da teoria?
A maneira dele pensar está representada pela ideia de que todo mundo está parcialmente certo. Todas as verdades são parciais. Então, tudo que o ser humano gerou em termos de conhecimento em seu sentido mais amplo, é uma verdade parcial. A proposta que ele fez foi exatamente fazer a integração, como se essas verdades parciais fossem peças de um quebra-cabeça. Se você conseguir formar esse quebra-cabeça terá uma verdade ainda parcial, mas muito mais abrangente.
Como aplicar esses conceitos de maneira simples em nosso dia a dia?
De maneira bem simples, a teoria integral é um mapa do ser humano. É uma maneira que ele conseguiu dizer: cada um tem dentro de si um sistema operacional. Fazendo uma analogia com a informática: o que é o viver? Temos os inputs vindos de fora, as informações, sentimentos e eventos. Recebemos isso, processamos dentro de nós e produzimos estímulos que saem com um output sob a forma de pensamentos, ações, emoções e tudo mais. Essa é uma forma simples de fazermos uma metáfora do viver. Mas nós não conhecemos esse sistema a fundo, não sabemos como funcionamos. A teoria vem com a proposta de ser um mapa para compreender esse funcionamento. A função dela é simplesmente nos ajudar. Uma vez que você entende esse mapa, terá a possibilidade de ver as múltiplas formas de melhorar seu relacionamento com o mundo. Mas não é uma receita de bolo, é uma teoria com proposta de prática.
Como compreender o conhecimento dentro dessa filosofia?
Marcelo Gleiser no filme Eu Maior faz uma metáfora interessante do conhecimento e diz que se trata de uma ilha onde formada pela fronteira do que você conhece e do que desconhece. Quando aumentamos o conhecimento, a fronteira também aumenta. Esse conhecimento não é apenas o conhecimento cognitivo, apenas o conhecimento acadêmico. É o conhecimento na sua forma mais abrangente, conhecimento espiritual, um conhecimento nas artes, tudo aquilo que de alguma forma ajuda o ser humano a evoluir.
O que fazer para que ampliar o conhecimento humano com relação ao universo e aos demais seres vivos?
O ser humano como conhecemos hoje tem 30 mil anos. Ou seja, levamos todo esse tempo para chegar a realidade que a humanidade vive hoje. E o que vemos hoje é esse enorme desenvolvimento da ciência e da tecnologia. Porém, de certa maneira, temos pouco desenvolvimento espiritual. Agora, estamos passando por um período da humanidade que chamo de sui genesis, que nunca aconteceu.
Como a humanidade pode lidar com esse processo evolutivo e aprender a crescer a partir do conhecimento adquirido?
Pela primeira vez estamos nos dando conta disso, de que existe uma evolução. E o homem começa a ter a capacidade de tentar explicar essa evolução. Isso é fabuloso. Agora o ser humano que evoluiu nos últimos 30 mil anos, chegou a um patamar de consciência que ele tem a possibilidade de alterar os caminhos dessa evolução. Essa é a nossa responsabilidade. Agora nós temos a possibilidade de proteger ou destruir a natureza. Nós agora temos essa capacidade. Isso tem um lado maravilhoso, que dá um sentido pra vida, já que cada um de nós tem uma responsabilidade com relação a evolução. No entanto, há também um lado negativo. Se nós formos irresponsáveis vamos atrapalhar essa evolução. Nunca aconteceu isso antes na história da humanidade. Por isso, amarrando com a teoria integral, é importante você saber que se você tem essa importância. Eu não posso tudo, mas podemos, temos o livre arbítrio, mas temos uma infinidade de outras coisas que nos influenciam e agora temos a capacidade de tentar escolher os melhores caminhos. Mas não podemos fazer tudo. Agora que você tem essa “responsabilidade” em relação ao futuro, a você, a sua família, aos seus descendentes, a Terra em geral, em relação ao universo, a teoria integral está dando uma ajuda. Algo como: “olha, vou te ensinar como você funciona, porque se você souber disso, saber como é seu sistema operacional, isso vai facilitar a sua vida".
Para saber mais
Ari Raynsford irá ministrar o curso "A Visão Integral de Ken Wilber" na associação Palas Athena, um sábado por mês, com início no dia 28 de março e término no dia 27 de junho.