sábado, 17 de dezembro de 2011


Somos todos de carne
Não imagina uma refeição sem carne? Então é melhor se informar e comer melhor

Texto por Lia Hama

David Sayeg/ www.flickr.com/davidyesai



Comer carne, um ato aparentemente banal, traz uma série de implicações para a saúde das pessoas, o meio ambiente e o bem-estar dos animais que muitas vezes nem passam pela cabeça de quem consome. Mas nem tudo está perdido... Ainda. informe-se e coma melhor

Quando compramos uma bandeja de carne no supermercado ou pedimos um inocente hambúrguer, pouca gente se dá conta de que ali está um pedaço de um animal. E que aquela refeição tem cada vez mais impacto no meio ambiente. Foi-se o tempo em que a maioria da carne vinha de fazendas onde os animais eram criados soltos e podiam, bem ou mal, viver como sua espécie deveria viver. O que comemos hoje na maior parte é fruto de uma criação em escala industrial, na qual os animais são geneticamente preparados, têm a mobilidade restrita em confinamentos superlotados e estressantes e recebem uma dieta carregada de aditivos. A produção, o tratamento e o abate muitas vezes são feitos de maneira cruel e dolorosa. Informações que passam bem longe de cardápios e rótulos. “A carne é uma indústria de US$ 140 bilhões anuais, que ocupa perto de um terço de todo o território do planeta, molda os ecossistemas do oceano e pode determinar o futuro do clima da Terra”, diz Jonathan Safran Foer no livro Comer animais (ed. Rocco), em que relata como funciona a produção da carne em escala industrial. Como muitos que decidiram explorar o assunto, virou vegetariano convicto. A seguir, reunimos dados que mostram o que está por trás dos pedaços de animais oferecidos em restaurantes e supermercados. Não consegue, nem quer, viver sem carne? Tudo bem. Mas é bom que saiba o que isso significa. Para você e para o resto do planeta.




Angelo Christo/ Corbis/ Latinstock
Cérebro de porco

Considerados bichos inteligentes e sensíveis, os porcos têm um grau mais alto de autoconsciência e maior capacidade de interação do que certos humanos com lesões cerebrais ou em estado de senilidade.
Porcos têm linguagem. Com frequência atendem quando são chamados (pelos humanos e pelos outros porcos), gostam de brinquedos (e têm seus favoritos) e são capazes de jogar videogames com controles adaptados aos focinhos.
Porcos de granja normalmente são abatidos quando chegam a cerca de 100 kg. Se continuassem a viver, poderiam passar dos 350 kg.
Por conta própria, os leitões tendem a ser desmamados com cerca de 15 semanas, mas nas granjas industriais eles são desmamados com 15 dias. Com essa idade, não conseguem digerir direito comida sólida, por isso recebem remédios contra diarreia.
Uma série de antibióticos, hormônios e outros produtos farmacêuticos na comida dos animais mantém a maioria deles viva até o abate, a despeito das condições de higiene e confinamento em que são mantidos.
Não é incomum porcos aguardando o abate terem ataques cardíacos ou perderem a capacidade de se locomover.
Com 38 milhões desses animaiso Brasil é o quinto maior produtor de carne suína do mundo, atrás de China, EUA, Alemanha e Espanha.
Criações de Porcos em extremo confinamento são laboratórios ideais para o aparecimento de novos vírus que podem nos infectar. Infectologistas apontam que as criações intensivas de porcos e frangos são as mais perigosas fontes de vírus potencialmente letais aos humanos.


Lester Lefkowitz/ Corbis/ Latinstock
Atum

A pesca de atum provoca a morte de outras 145 espécies capturadas por acidente, incluindo baleias, tubarões, arraias e tartarugas. Para produzir cada prato de sushi de atum é necessário outro prato de 1,5 m de diâmetro para conter todos os animais que foram mortos “sem querer” durante a pesca.

De cada dez atuns, tubarões e outros grandes peixes que viviam nos oceanos há cem anos sobrou apenas um. Muitos cientistas preveem o colapso de todas as espécies - alvos de pesca em menos de 50 anos.

Antigamente os pescadores localizavam os cardumes de atum e então os puxavam no braço, um por um, com vara, linha e gancho. Hoje isso é passado, são usadas pesca de arrastão ou espinhel.

1,4 bilhão de anzóis são lançados por ano com espinhel (em cada um é usado como isca carne de peixe, lula ou golfinho).

Quase todos os peixes e frutos da pesca hoje contêm traços de mercúrio, metal tóxico que se acumula no organismo dos animais (humanos também) e pode afetar o sistema nervoso e causar demência. O risco varia de acordo com a quantidade e a espécie de peixe consumida.

Quanto maior o peixe e quanto mais tempo ele tiver de vida maiores são as chances de acumular o metal. Segundo a FDA (agência que controla alimentos e medicamentos dos EUA), tubarão, peixe-espada e cavalinha são espécies que devem ser evitadas.

A maioria do salmão que comemos vem da aquicultura. Uma fonte de problemas nessa atividade é a presença abundante de parasitas que prosperam em águas não correntes – em número 30 vezes maior do que o normal.



 Elohim Barros/ www.flickr.com/elohimbarros



O Brasil é o maior exportador mundial de carne bovina e possui o segundo maior rebanho, com 205 milhões de bois e vacas – mais do que um animal por habitante. O rebanho só fica atrás do da Índia, onde é proibido matar vacas.
A pecuária é a causa número um das mudanças climáticas. Estudos da ONU apontam que o setor é responsável por 18% das emissões de gás estufa, 40% a mais que todos os meios de transporte do mundo – carros, caminhões, trens e navios – juntos.
O Brasil é o quarto maior emissor mundial de gases de efeito estufaprincipalmente por causa das queimadas e do desmatamento da AmazôniaA criação de bovinos é responsável por 80% do desmatamento da floresta brasileira, segundo o Ministério do Meio Ambiente. Nos anos recentes, a cada 18 segundos 1 hectare da Amazônia foi convertido em pasto.
O maior consumidor mundial de carne bovina são os Estados Unidos, seguidos de União Europeia e Brasil. Segundo o IBGE, cada brasileiro consome em média 34,7 quilos de carne bovina por ano.
Para produzir 1 quilo de carne de boi são necessários 15 mil litros de água. A produção de 1 quilo de arroz consome 3 mil litros de água.
Por meio de arrotos e flatulências, o boi libera metano, um gás com potencial de efeito estufa 20 vezes maior do que o dióxido de carbono.
Um dos principais alvos de críticas dos grupos de defesa dos animais é a produção da vitela, a carne de bezerros. Sua maciez e brancura vêm do fato de que os animais são alimentados apenas com leite e criados em baias minúsculas, que os impedem de se locomover e criar músculos.



 The Scruffy Dog Barkery


Produtores de ovos muitas vezes manipulam a comida e a luz a fim de aumentar a produtividade. O objetivo é reprogramar o relógio biológico das galinhas para que comecem a pôr os ovos mais cedo. Galinhas criadas em escala industrial põem mais de 300 ovos por ano – duas ou três vezes mais do que na natureza.

A maioria dos filhotes machos das galinhas poedeiras é destruída por não terem “valor comercial”. Boa parte dos pintinhos é sugada por canos até uma placa eletrificada. Outros são enviados para trituradores.
Na produção industrial, a galinha não é criada de forma livre – não pode andar, ciscar e reproduzir seu comportamento natural. Muitas vezes até quatro animais são colocados numa mesma gaiola de meio metro quadrado. O estresse do confinamento e da superlotação provoca o canibalismoPara não correr o risco de uma galinha devorar a outra, os bicos são cortados desde cedo.
Assim como os porcos, aves criadas dessa forma industrial são focos para o aparecimento de novos vírusque podem infectar o homem.
As galinhas de antigamente tinham uma expectativa de vida de 15 a 20 anos, mas o frango de corte moderno é abatido em seis semanas.

O Brasil é o terceiro maior produtor mundial de carne de frango, atrás dos EUA e da China. Em 2009 foram abatidos 4,7 bilhões de frangos no país.

Fonte: RevistaTrip


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Tudo se resume numa só coisa: LUCRO!


Enquanto o homem destruir impiedosamente os seres animados dos planos inferiores, não conhecerá a saúde nem a paz.
Enquanto os homens massacrarem os animais, eles se matarão uns aos outros. Aquele que semeia a morte e o sofrimento não pode colher a alegria e o amor.

     Pitágoras




http://poonchito.blogspot.com/2010/04/vegetarianismo.html


sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

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Guia da alimentação saudável e sustentável
Postado em Vida e Saúde em 14/12/2011 às 20h10
por Redação EcoD
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Uma alimentação saudável é fundamental para manter a saúde em dia, evitar doenças e garantir a disposição para o dia a dia, garantem especialistas. Mas, além de tudo isso, ela é responsável por grandes impactos na economia mundial e no meio ambiente. Pensando nisso, o Portal EcoDesenvolvimento.org listou algumas dicas de como tornar a sua alimentação mais saudável para você e para o planeta.
Alimentos orgânicos
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Foto: Sxc.hu
A primeira dica é optar, sempre que possível, por alimentos orgânicos, que são aqueles produzidos em sistemas que não utilizam agrotóxicos ou insumos artificiais em sua produção, como inseticidas, herbicidas, fungicidas, nematicidas ou adubos químicos, além de não serem organismos geneticamente modificados (OGM), como os transgênicos.
Procure aqueles que tenham selo de garantia e foram produzidos segundo as normas do Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade Orgânica. “Ao adquirir um produto com o selo orgânico o consumidor poderá confiar que está consumindo um alimento mais seguro, por não conter defensivos agrícolas e, portanto, isento de substâncias que possam causar algum mal à sua saúde, além de contribuir para preservação do meio ambiente”, explica Cristiane Sampaio, pesquisadora do Inmetro.
Uma pesquisa publicada em 2009 pelo American Journal of Clinical Nutrition apontou que os orgânicos não são superiores que os alimentos tradicionais do ponto de vista nutricional. Porém, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, o pesquisador da Embrapa, Walter José Matrangolo, afirmou que mesmo sem vantagens nutricionais, os orgânicos se destacam por não possuírem agrotóxicos em sua composição. “Os agrotóxicos contidos nos alimentos têm consequências crônicas, que podem aparecer ao longo dos anos”, alertou.
Dados do “Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos de Alimentos”, publicados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no dia 7 de dezembro apontaram uma lista com as frutas, grãos, verduras e legumes com maior nível de contaminação por agrotóxicos no Brasil. Segundo o documento, 28% dos alimentos analisados apresentaram limites acima do recomendável ou substâncias não aprovadas para o produto. De 18 alimentos examinados, o pimentão, o morango e o pepino lideraram o ranking dos mais contaminados.
“São dados preocupantes, se considerarmos que a ingestão cotidiana desses agrotóxicos pode contribuir para o surgimento de doenças crônicas não transmissíveis, como a desregulação endócrina e o câncer”, afirmou Agenor Álvares, diretor da Anvisa. Por isso, não deixe de procurar opções orgânicas quando for à feira ou ao supermercado.
Alimentos sazonais
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Foto: Sxc.hu
A natureza não produz bananas ou melancias o ano inteiro. Então de que forma é possível encontrar sempre as mesmas hortaliças, legumes, verduras e frutas nos supermercados? Ora, cultivando de maneira a induzir a frutificação. Isso significa usar uma grande quantidade de água e agrotóxicos e lançar poluentes no solo.
Para evitar esse tipo de prática, fique atento à temporada e compre somente o que estiver dentro da estação. No verão, por exemplo, prefira frutas e legumes como figo, manga, maracujá, melancia, abobrinha e pepino. Já na primavera, opte por acerola, jabuticaba, mamão, alcachofra e espinafre. No outono, dê preferência ao abacate, caqui, maça nacional, banana maça, berinjela, brócolis e chuchu. No inverno, leve para casa morango, tangerina, laranja, mandioca, couve-flor e batata-doce. Você estará optando por alimentos mais saudáveis, que agrediram menos a natureza e que certamente terão um sabor bem melhor.
Alimentos locais
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Foto: Sxc.hu
Atualmente, grande parte dos alimentos produzidos em um país é distribuída para muitas outras regiões e, até mesmo, para outros países. Por ser transportado por centenas de quilômetros, esses alimentos são responsáveis pela emissão de toneladas de gases nocivos no meio ambiente. Para impedir esse tipo de ação, uma opção é consumir alimentos produzidos localmente.
Para isso, basta comprar frutas, verduras, legumes, ovos, grãos, laticínios e carnes vindos de fazendas e sítios localizados em regiões não distantes do seu centro de vendas. Alimento “local” refere-se ao produzido em uma área próxima, que pode ser medida pelo tempo de transporte (menos de um dia) ou distância física (entre 160 e 240 quilômetros).
Essas comidas são geralmente produzidas por pequenos produtores e suas famílias. Seu cultivo é feito em pequena escala e, muitas vezes, sem o uso de pesticidas ou agrotóxicos. Eles mesmos produzem, distribuem e vendem seus produtos, o que aumenta a renda das famílias e melhora a qualidade de vida das pequenas comunidades.
Outras dicas
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Foto: Sxc.hu
Outra maneira de economizar no supermercado e garantir frutas, verduras, legumes e hortaliças orgânicas e saudáveis é plantando você mesmo. Qualquer quintal ou área de serviço pode abrigar uma hortinha. Ao contrário do que muita gente pensa, ter uma horta não exige tanto trabalho nem tempo. Basta ficar atento a alguns aspectos e seguir uma rotina de cuidados com sua pequena plantação. Depois é só desfrutar dos alimentos colhidos na hora e livres de agrotóxicos e pesticidas.
Você ainda pode tornar a alimentação mais saudável ao utilizar o máximo de ingredientes naturais possível. Adoçar bebidas e docas com rapadura e mel, preparar seu próprio molho de tomate com frutos frescos ou fazer hamburger caseiros são alguns exemplos.
Por fim, dê preferência a alimentos com altas cargas nutricionais. Em junho deste ano o EcoD listou dez super-alimentos que podem trazer benefícios à sua saúde. Alcachofras, aspargos, couve-flor, alface e alho são alguns deles.


Tags: Vida e Saúde 
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quinta-feira, 15 de dezembro de 2011


Prato de 'carne humana' denuncia crueldade animal em Barcelona

Um prato gigante sobre o qual jaz um corpo nu de uma voluntária, acompanhada de diferentes guarnições e sangue simulado, foi a performance que a AnimaNaturalis realizou nesta quinta-feira em frente a um mercado de Barcelona para sensibilizar os consumidores carnívoros.
Apesar do frio, uma integrante da organização internacional de defesa dos direitos dos animais se ofereceu como voluntária para simular um gigantesco prato de carne humana, no que foi o primeiro ato deste tipo realizado na Espanha e que será seguido por eventos semelhantes em Valência (leste) e em Palma de Mallorca (Baleares).
Um cartaz onde era possível ler "Quanta crueldade você é capaz de tragar?" acompanhava a inovadora performance, "com a qual iniciamos uma campanha para sensibilizar as pessoas para que não comam carne", explicou à AFP Aída Gastín, diretora da AnimaNaturalis na Espanha.
"Todos os anos fazemos uma campanha de Natal porque se supõe que as pessoas estão mais sensíveis e pensam nos animais", acrescentou.
"A crueldade é apenas uma, não entende de espécies, não discrimina entre animais humanos e animais não humanos. Hoje em dia, o consumo de carne é um costume do qual se pode prescindir perfeitamente", comenta Alba Mangado, coordenadora de Campanhas da AnimaNaturalis.
Anualmente, a indústria de carne mata mais de 50 bilhões de animais para servir como comida, e grande parte destas mortes ocorrem no Natal, segundo os dados fornecidos pela organização de defesa dos animais.
Fundada em março de 2003, esta organização internacional dedicada a estabelecer, difundir e proteger os direitos de todos os animais conta com uma ampla representação tanto na Espanha quando na maioria dos países da América Latina.

sábado, 10 de dezembro de 2011


Quais são as 10 profissões mais felizes e infelizes do mundo?

Thiago Perin 9 de dezembro de 2011
É, a foto acima já denuncia o primeiro lugar. Os profissionais mais felizes do mundo, de acordo com uma pesquisa da Universidade de Chicago (EUA), são os membros do clero. Faz sentido, né? Taí uma profissão em que, se o pessoal fosse infeliz, ficaria feio.
Dá uma olhada no top 10.
1 – Clérigos
2 – Bombeiros
3 – Fisioterapeutas
4 – Escritores
5 – Professores de educação especial
6 – Professores
7 – Artistas
8 – Psicólogos
9 – Vendedores de serviços financeiros
10 – Engenheiros de operação
A maioria desses trabalhos se baseia em ajudar pessoas — é a isso que os pesquisadores creditam a boa colocação no ranking. Para outros, como escritores e artistas, parece que aautonomia e a liberdade de expressão são as responsáveis pela felicidade. Os vendedores de serviços financeiros, por sua vez, ganham comissões generosas, e os engenheiros de operação talvez se divirtam com brinquedões como escavadeiras e guindastes.
Como bônus, pega aí o top 10 das profissões mais infelizes do mundo, feito pelo siteCareerBliss — elas, curiosamente, tendem a ser mais bem pagas do que as profissões listadas acima (e mais chatas também, impossível não dizer).
1 – Diretor de tecnologia da informação
2 – Diretor de vendas e marketing
3 – Gerente de produto
4 – Desenvolvedor web sênior
5 – Especialista técnico
6 – Técnico em eletrônica
7 – Secretário judicial
8 – Analista de suporte técnico
9 – Operador de CNC
10 – Gerente de marketing
E aí, se encontrou no meio de algum desses dois rankings?
(Vi lá no site da Forbes.)
Crédito da foto: flickr.com/pgchamberlin