sexta-feira, 13 de março de 2015

Uma erva que mata 98% das células cancerígenas em 16 horas

Uma erva que mata 98% das células cancerígenas em 16 horas
Já reconhecida à mais de 2000 anos pela medicina tradicional chinesa como um poderoso remédio contra a febre e, mais recentemente, contra a malária, Artemisia annua (conhecida também como Losna ouAbsinto), é uma planta aromática com qualidades medicinais inequívocas.
Estudos recentes que usaram a planta para combater as células cancerígenas foram muito surpreendente. Assim, numa série de estudos, a artemisinina, uma substância extraída do losna e utilizada em fitoterapia chinesa há séculos, reduz as células do cancro do pulmão de até 28%. Em combinação com ferro, esta planta incrível mata 98% das células cancerígenas em apenas 16 horas. Ainda melhor; ele ataca seletivamente células “más” sem afetar o tecido saudável.
“Em geral, nossos resultados mostram que a artemisinina para o fator de transcrição” E2F1 ‘e está envolvido na destruição de células de cancro do pulmão “, foi indicado na conclusão da pesquisa realizada no laboratório de cancro da Universidade da Califórnia.
Um outro estudo da Universidade de Washington, liderado pelo Dr. Henry Lai e Narendra Singh, e até agora, o maior estudo feito à artemisinina nos Estados Unidos mostra que a artemisinina, sempre combinado com ferro, tem uma taxa comprovada de 75% de destruição do cancro da mama após apenas 8 horas e quase 100% de destruição em apenas 24 horas.
As células cancerígenas tendem a acumular mais ferro do que as células normais para promover a divisão celular, eles tornam-se mais suscetíveis à combinação de artemisinina e ferro. Finalmente, muitos outros experimentos foram realizados até agora todos eles têm mostrado que a artemisinina combinada com ferro pode efetivamente destruir o cancro em vários órgãos (intestino, próstata, etc). A infusão de artemisinina já oferece uma boa proteção contra vários tipos de cancro, mas a versão em pó seco seria muito mais eficaz.
Dr. Len Saputo classifica a artemisinina de “bomba inteligente contra o cancro.” Neste vídeo em Inglês, Dr. Saputo mostra como esta combinação de ferro e artemisinina pode ser desenvolvido em poderosos medicamentos anti-cancro.”
Leitura sugerida:
Losna: A Nova Erva Contra o Câncer
Fonte: ZacaMenvia: http://ultimas-curiosidades.blogspot.com.br

Estudo e efeitos da 5º Sinfonia nas células de câncer de mama

Estudo e efeitos da 5º Sinfonia nas células de câncer de mama
Drª Márcia Capella, coordenadora do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, coordenou a pesquisa do Programa de Oncobiologia da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) que expôs células ligadas ao câncer de mama à 5ª Sinfonia de Beethoven e a Atmosphères de György Ligeti. 1 em cada 5 células desapareceu e as sobreviventes diminuíram de tamanho.
Tradicionalmente a musicoterapia é já largamente utilizada em desordens emocionais. Este estudo comprova que “a música produz um efeito direto sobre as células do nosso organismo“.
O resultado é enigmático para a cientista. O sucesso de 2 composições aparentemente tão distintas procura junto de professores de música associações por via do ritmo, timbre ou intensidade.
Depois de descobrir a causa responsável pela alteração das células, a intenção é “construir uma sequência sonora especial para o tratamento de tumores”. Outros gêneros musicais serão investigados e em Abril será testado o samba e o funk.
Mesmo quem não costuma escutar música clássica já ouviu, numerosas vezes, o primeiro movimento da “Quinta Sinfonia” de Ludwig van Beethoven. O “pam-pam-pam-pam” que abre uma das mais famosas composições da História, descobriu-se agora, seria capaz de matar células tumorais – em testes de laboratório. Uma pesquisa do Programa de Oncobiologia da UFRJ expôs uma cultura de células MCF-7, ligadas ao câncer de mama, à meia hora da obra. Uma em cada cinco delas morreu, numa experiência que abre um nova frente contra a doença, por meio de timbres e frequências.

A estratégia, que parece estranha à primeira vista, busca encontrar formas mais eficientes e menos tóxicas de combater o câncer: em vez de radioterapia, um dia seria possível pensar no uso de frequências sonoras. O estudo inovou ao usar a musicoterapia fora do tratamento de distúrbios emocionais.

Esta terapia costuma ser adotada em doenças ligadas a problemas psicológicos, situações que envolvam um componente emocional. Mostramos que, além disso, a música produz um efeito direto sobre as células do nosso organismo” – ressalta Márcia Capella, do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, coordenadora do estudo.
Como as MCF-7 duplicam-se a cada 30 horas, Márcia esperou dois dias entre a sessão musical e o teste dos seus efeitos. Neste prazo, 20% da amostragem morreu. Entre as células sobreviventes, muitas perderam tamanho e granulosidade.
O resultado da pesquisa é enigmático até mesmo para Márcia. A composição “Atmosphères”, do húngaro György Ligeti, provocou efeitos semelhantes àqueles registrados com Beethoven. Mas a “Sonata para 2 pianos em ré maior”, de Wolfgang Amadeus Mozart, uma das mais populares em musicoterapia, não teve efeito.
– Foi estranho, porque esta sonata provoca algo conhecido como o “efeito Mozart”, um aumento temporário do raciocínio espaço-temporal – pondera a pesquisadora. – Mas ficamos felizes com o resultado. Acreditávamos que as sinfonias provocariam apenas alterações metabólicas, não a morte de células cancerígenas.
“Atmosphères”, diferentemente da “Quinta Sinfonia”, é uma composição contemporânea, caracterizada pela ausência de uma linha melódica. Por que, então, duas músicas tão diferentes provocaram o mesmo efeito?
Aliada a uma equipe que inclui um professor da Escola de Música Villa-Lobos, Márcia, agora, procura esta resposta dividindo as músicas em partes. Pode ser que o efeito tenha vindo não do conjunto da obra, mas especificamente de um ritmo, um timbre ou intensidade.
Em abril, exposição a samba e funk
Quando conseguir identificar o que matou as células, o passo seguinte será a construção de uma sequência sonora especial para o tratamento de tumores. O caminho até esta melodia passará por outros gêneros musicais. A partir do mês que vem, os pesquisadores testarão o efeito do samba e do funk sobre as células tumorais.
– Ainda não sabemos que música e qual compositor vamos usar. A quantidade de combinações sonoras que podemos estudar é imensa – diz a pesquisadora.
Outra via de pesquisa é investigar se as sinfonias provocaram outro tipo de efeito no organismo. Por enquanto, apenas células renais e tumorais foram expostas à música. Só no segundo grupo foi registrada alguma alteração.
A pesquisa também possibilitou uma conclusão alheia às culturas de células. Como ficou provado que o efeito das músicas extrapola o componente emocional, é possível que haja uma diferença entre ouvi-la com som ambiente ou fone de ouvido.
– Os resultados parciais sugerem que, com o fone de ouvido, estamos nos beneficiando dos efeitos emocionais e desprezando as consequências diretas, como estas observadas com o experimento – revela Márcia.
Nota Site Notícias Naturais: Em 2013 eu questionei por e-mail a pesquisadora sobre resultados atualizados, e ela me respondeu que “Nós ainda temos muito o que fazer com estas três musicas. Ainda não sabemos os mecanismos dos efeitos observados. Vamos continuar por enquanto somente com elas“.

A Música e seus efeitos terapêuticos

Segundo a Canadian Association for Music Therapy, “a Musicoterapia é a utilização da música para auxiliar a integração física, psicológica e emocional do indivíduo e para o tratamento de doenças ou deficiências. A natureza da musicoterapia enfatiza uma abordagem criativa no trabalho terapêutico, possibilitando uma abordagem humanista e viável que reconhece e desenvolve recursos internos geralmente reprimidos pelos clientes”.
Os instrumentos musicais e seus efeitos:
PIANO – combate a depressão e a melancolia
VIOLINO – combate a sensação de insegurança
FLAUTA DOCE – combate nervosismo e ansiedade
VIOLONCELO – incentiva a introspecção e a sobriedade
DE SOPRO – inspiram coragem e impulsividade.
Para combater a depressão e o medo excessivo:
– Sonho de Amor, de Liszt
– Serenata, de Schubert
– Guilherme Tell (Abertura), de Rossini
– Noturno Opus 48, de Chopin
– Chacona, de Bach.
O ideal é uma sessão diária de meia hora pela manhã.
Para combater insônia, tensão e nervosismo:
– Canção da Primavera, de Mendelssohn
– Sonata ao Luar, de Beethoven (Primeiro Movimento)
– Valsa nº15 em Lá Bemol, de Brahmms
– Sonho de Amor, de Liszt
– Movimentos Musicais nº3, de Schubert.
Depois de ouvir as peças indicadas, escolha a que deu melhores resultados e escute-a diariamente, antes de dormir. No ínicio, os efeitos são leves. É preciso um pouco de paciência e persistência para notar progressos.
Durante a gravidez e para facilitar o parto:
– Concerto para violino, Opus 87B, de Sibelius.
– Sonata Opus 56, de Haydn
– As quatro Estações, de Vivaldi
– Concerto Tríplice, de Beethoven
– Concerto para violino, de Brahmms
– Concerto para violino, de Tchaikovsky.
Ouvidas alternadamente, por perídos durante a gravidez e nos dias que precedem ao parto, estas peças geram bem-estar e contribuem para o nascimento de crianças tranquilas.
Para melhor estimular a memória:
– Concerto em Dó Maior para bandolim, corda e clavicórdia, de Vivaldi
– Largo do Concerto em Dó maior para Clavicórdia, BMW 976, de Bach
– Spectrum Suíte, Confort Zone e Starbone Suíte, de Stephen Halpern.
Fazer sessões de 1 hora, pela manhã, ao acordar. Alterne cada peça, a cada dia.
Para favorecer a interiorização e a meditação:
– Concerto nº2 para Piano, de Rachmaninov (último movimento)
– Concerto em Lá menor para piano, de Grieg (primeiro movimento)
– Concerto nº1 para piano, de Tchaikovsky (primeiro movimento)
Ouvir qualquer peça durante 10 minutos antes da meditação. É importante enfatizar que a música não é um curativo eficaz em si mesmo, mas que seus efeitos terapêuticos resultam de uma aplicação profissional durante um processo terapêutico.
Definições de Musicoterapia
Australian Associatin for Music Therapy: Musicoterapia é “a utilização planejada da música para se atingir objetivos terapêuticos com crianças e adultos que têm necessidades especiais decorrentes de problemas sociais, emocionais, físicos ou intelectuais” (Bruscia, 1998, p.274).
Bang: “Musicoterapia é a aplicação controlada de atividades musicais especialmente organizadas, com a intenção de favorecer o desenvolvimento e a cura durante o tratamento, a educação, e a reabilitação de crianças e adultos com defasagens motoras, sensoriais ou emocionais… O objetivo do musicoterapeuta é centrado no cliente e não na música” (Bruscia, 1998, p.274).
Bright: “Musicoterapia é a utilização planejada para melhorar o funcionamento, em seu ambiente, de um indivíduo ou grupo de clientes que tenham necessidades sociais, intelectuais, físicas ou emocionais de natureza especial. A Musicoterapia é conduzida por um musicoterapeuta treinado trabalhando em um contexto de equipe clínica.” (Bruscia, 1998, p.275).
Bruscia: Musicoterapia é um processo interpessoal que envolve o (s) terapeuta(s) e o(s) cliente(s) exercendo certos papéis na relação e em uma variedade de experiências musicais, todas estruturadas para ajudar os clientes a encontrarem os recursos necessários para resolver problemas e aumentar seu potencial de bem-estar. (Bruscia, 1998, p.275).
Bunt: Musicoterapia “é a utilização de sons organizados e da música em uma relação envolvente entre cliente e terapeuta para apoiar e encorajar o bem-estar emocional, social, físico e mental” (Bruscia, 1998, p.276).
Canadian Association for Music Therapy: Musicoterapia é “a utilização da música para auxiliar a integração física, psicológica e emocional do indivíduo e para o tratamento de doenças ou deficiências. Ela pode ser aplicada a todos os grupos etários em uma grande variedade de settings. A música possui a qualidade de ser não-verbal, mas oferece muitas oportunidades para a expressão oral e verbal. Como membro de uma equipe terapêutica, o musicoterapeuta participa da avaliação das necessidades do cliente, da formulação da abordagem e do programa terapêutico, desenvolvendo então atividades musicais específicas para alcançar os objetivos, avaliações sistemáticas e assegura a eficácia do programa. A natureza da musicoterapia enfatiza a abordagem criativa no trabalho com deficientes. A musicoterapia possibilita uma abordagem humanista e viável que reconhece e desenvolve recursos internos geralmente reprimidos do cliente. Os musicoterapeutas desejam ajudar o indivíduo a mover-se em direção a uma maior auto-consciência e, em um sentido mais amplo, a levar cada ser humano ao seu maior potencial” (Bruscia, 1998, p.276).
Del Campo: “Musicoterapia é a aplicação científica do som, da música e do movimento, que através da escuta, do treinamento e da execução de sons instrumentais, contribui para a integração de aspectos cognitivos, afetivos e motores, desenvolvendo a consciência e fortalecendo o processo criativo. Os objetivos da musicoterapia são: 1)facilitar o processo de comunicação, 2)promover a expressão individual e 3)melhorar a integração social” (Bruscia, 1998, p.277).
Doyle: Musicoterapia é “a utilização da música em um ambiente específico para inspirar, liberar e nutrir o processo de descoberta de cada indivíduo. No envolvimento com a música, os indivíduos deixam sua imaginação ir adiante, fazem escolhas e realizam sonhos” (Bruscia, 1998, p.278).
Ducourmeau: “… Pode-se definir a Musicoterapia como a abertura de canais de comunicação, utilizando o som, o ritmo e o movimento.” (Baranow, 1999, p.6)
French Association of Music Therapy: “Musicoterapia é o uso dos sons e da música em uma relação psicoterapêutica.” (Baranow, 1999, p.72)
Jondittir: “Musicoterapia é a utilização estruturada da música, do som e do movimento para a obtenção de objetivos terapêuticos de recuperação, manutenção e desenvolvimento da saúde física, mental e emocional. De forma sistemática, um indivíduo especialmente treinado utiliza as propriedades e os potenciais singulares da música e do som, e a relação que se desenvolve através das experiências musicais para alterar o comportamento humano, para ajudar o indivíduo a utilizar seu potencial máximo, para comunicar sua singularidade e para aumentar seu bem- estar” (Bruscia, 1998, p.279)
Kenny: “Musicoterapia é um processo e um sistema que combinam os aspectos curativos da música com as questões da necessidade humana para beneficiar o indivíduo e, consequentemente, a sociedade. O musicoterapeuta atua como um recurso pessoal e guia, fornecendo experiências musicais que levam os clientes em direção à saúde e ao bem-estar” (Bruscia, 1998, p.279)
Mid-Atlantic Music Therapy Region – National Association for Music Therapy: “Musicoterapia é a utilização estruturada da música como processo criativo para desenvolver e manter o máximo potencial humano. A musicoterapia é utilizada com sucesso nas seguintes áreas: social, motora, desenvolvimento da comunicação, aquisição de conhecimentos escolares e manejo do comportamento. Utilizando objetivos reeducativos, a musicoterapia auxilia a promover o funcionamento ótimo através de uma grande variedade de experiências” (Bruscia, 1998, p.280)
Munro e Mount: “Musicoterapia é a utilização controlada da música, de seus elementos e de sua capacidade de influenciar os seres humanos para auxiliar a integração fisiológica, psicológica e emocional do indivíduo durante o tratamento de uma doença ou deficiência” (Bruscia, 1998, p.280)
National Association of Music Therapy (USA): “Musicoterapia é a utilização da música no acompanhamento de objetivos terapêuticos: restauração, manutenção, e melhora da saúde física e mental. Consiste na aplicação sistemática da música, dirigida por um musicoterapeuta em um contexto terapêutico, para obter mudanças desejadas no comportamento. Estas mudanças possibilitam ao indivíduo que experimenta o processo terapêutico a uma maior compreensão de si mesmo e o mundo em sua volta, alcançando ainda um maior ajustamento à sociedade. Como membro da equipe terapêutica, o musicoterapeuta profissional participa da análise dos problemas do indivíduo e na projeção dos objetivos gerais do tratamento, antes de planejar e executar as atividades musicais específicas. Avaliações periódicas são realizadas para determinar a eficácia dos procedimentos empregados.” (Baranow, 1999, p.72-73).
New Zealand Society for Music Therapy: “A música é uma ferramenta útil e poderosa para o estabelecimento de comunicação com crianças e adultos como apoio ao aprendizado e ao re-aprendizado nas áreas física, social, intelectual e emocional. Incluem-se nessa situação a utilização da música com fins preventivos e para a reabilitação. A música assim utilizada, em diferentes settings com crianças e adultos é considerada musicoterapia.
“Musicoterapia é a utilização planejada da música para apoiar necessidades identificadas em que há disfunções físicas, intelectuais, sociais ou emocionais… A musicoterapia é baseada na humanidade da música, envolvendo o corpo, a mente e o espírito. A musicoterapia é uma ponte para a comunicação.” (Bruscia, 1998, p.281-282)
Odell: “Musicoterapia no campo da saúde mental é a utilização da música para possibilitar meios alternativos de expressão e comunicação em situações em que as palavras não são necessariamente o modo mais eficiente de alcançar objetivos terapêuticos do cliente. A perseguição desses objetivos é trabalhada através de uma relação que se desenvolve entre o cliente e o terapeuta com o fazer musical como o meio primário… Alguns dos objetivos mais freqüentes em musicoterapia são: estimular a motivação; criar um ambiente para a exploração de sentimentos; desenvolver habilidades sociais, a autoconsciência e a consciência do outro; e, estimular o movimento através da improvisação e do fazer musical espontâneo.” (Bruscia, 1998, p.282)
Ruud: “Uma definição de Musicoterapia geralmente parte do ponto em que a mesma consiste numa profissão de tratamento onde o terapeuta usa a música como instrumento ou meio de expressão a fim de iniciar alguma mudança ou processo de crescimento direcionados ao bem-estar social, crescimento ou outros.” (Baranow, 1999, p.7)
Rudenberg: Musicoterapia “é a utilização da música e de atividades com ela correlacionadas sob a supervisão de indivíduos profissionalmente treinados (isto é, musicoterapeutas) para ajudar um cliente ou paciente a alcançar um objetivo terapêutico predeterminado. (Bruscia, 1998, p.284)
Sekeles: Musicoterapia é “a utilização direta do som e da música para: apoiar a observação diagnóstica através de ferramentas específicas; facilitar mudanças significativas no organismo humano e melhorar as condições fisiológicas e psicológicas; desenvolver a expressão musical, que, presumivelmente, é essencial para uma vida saudável.
“Uma profissão que utiliza o potencial terapêutico inerente aos componentes musicais (freqüência, duração, intensidade, timbre) e à música como uma forma artística complexa visando a preservar as capacidades saudáveis do paciente, a promover mudança e desenvolmento benéficos e capacitar a aquisição de uma melhor qualidade de vida”. (Bruscia, 1998, p.284).
Smith: “A Musicoterapia, ciência que utiliza elementos sonoro-rítmicos-musicais no tratamento, reeducação, reabilitação e recuperação de indivíduos portadores das mais diversas patologias ou ainda na área preventiva, procura estabelecer uma relação de equilíbrio entre as três áreas da conduta humana: mente, corpo e mundo externo.” (Baranow, 1999, p.7)
Swedish Association for Music Therapy: Musicoterapia “é a utilização da música em settings terapêuticos e educacionais para oferecer possibilidades de desenvolvimento aos indivíduos com deficências psíquicas, físicas e sociais.” (Bruscia, 1998, p..285)
Uruguayan Association for Music Therapy: Musicoterapia “é uma carreira paramédica de princípios científicos que compreende não somente aspectos terapêuticos mas também profiláticos e diagnósticos. Nesse processo temos o paciente e o musicoterapeuta em uma determinada situação com uma estrutura fixa em que existe uma integração dinâmica por meio de estímulos sonoros. O musicoterapeuta, trabalhando com um grupo, utiliza os estímulos sonoros musicais para estimular os pacientes com problemas físicos, psíquicos ou psicossomáticos e observa as mudanças no que ele faz, fala ou expressa por outros meios. O paciente responde aos estímulos sonoros e reage ao nível do movimento, da comunicação, do comportamento, da emoção e do organismo. O papel do musicoterapeuta é empregar um estímulo sonoro para estimular as respostas em uma dada situação que tende a produzir mudanças no comportamento do paciente que o tornará apto a se integrar em seu próprio ambiente.” (Bruscia, 1998, p.285).
World Federation of Music Therapy: “Musicoterapia é a utilização da música e/ou dos elementos musicais (som, ritmo, melodia e harmonia) pelo musicoterapeuta e pelo cliente ou grupo, em um processo estruturado para facilitar e promover a comunicação, o relacionamento, a aprendizagem, a mobilização, a expressão e a organização (física, emocional, mental, social e cognitiva) para desenvolver potenciais e desenvolver ou recuperar funções do indivíduo de forma que ela possa alcançar melhor integração intra e interpessoal e consequentemente uma melhor qualidade de vida.” (Bruscia, 1998, p.286)
Bibliografia:
BRUSCIA, Kenneth. Definindo Musicoterapia. Enelivros, Rio de Janeiro, 1998.
BARANOW, Ana Lea von. Musicoterapia – uma visão geral. Enelivros, Rio de Janeiro, 1999.
Gisele Célia Furusava, musicoterapeuta, psicoterapeuta corporal neo-reichiana, formanda em análise bioenergética.
Participe da discussão deste post no Fórum Notícias Naturais.


Leia mais: http://www.noticiasnaturais.com/2014/09/estudo-celulas-tumorais-expostas-a-5a-sinfonia-de-beethoven-perderam-tamanho-ou-morreram/#ixzz3UJqIBfB2

AS DE ELEVAR SUAS VIBRAÇÕES: Energias, Lei da Atração

1. Encontre uma coisa bonita e aprecie-a.

A beleza está à nossa volta, desde o amanhecer às estrelas da noite e tudo pelo meio. A maioria vive sem se dar conta de todas as coisas bonitas que os cercam, e sim está em todo o lado, então tire tempo para as reconhecer e apreciar quando as vir. Quer seja o aroma de uma flor ou a forma como a chuva ao cair numa poça de água cria ondulações, aprecie a beleza que a vida tem para oferecer.

2. Faça uma lista de todas as coisas por que está grato.

Fazer uma lista de gratidão muda as suas vibrações de se focarem naquilo que não tem, para aquilo que já tem em abundância na sua vida. Tem mais coisas a agradecer do que pode imaginar. Pode começar com um, “Estou vivo!” e desenvolver a partir daí. Gratidão é a atitude.

3. Medite…

Sente-se numa posição confortável, feche os olhos e inspire e expire. Vezes de mais passamos os dias a correr com o cérebro cheio e acelerado deixando-nos num estado de ansiedade e stress. A meditação ajuda a acalmar o espírito e a alcançar uma mente relaxada. 10 minutos de meditação por dia podem mudar a sua vida para sempre.

4. Faça alguma coisa por outra pessoa.

Oferecer algo a outra pessoa muda o seu pensamento de “Eu não tenho o suficiente” para “Eu tenho mais do que o suficiente para poder dar aos outros”. Abundância é uma vibração alta.

5. Pare de se queixar e falar da vida dos outros.

Queixas e fofocas colocam-no numa vibração muito baixa. Pergunte a si próprio “As coisas de que estás a falar trazem-te mais daquilo que queres?” se não então, pare de queixumes e comece a procurar maneiras de se alegrar.

6. Mexa-se. Faça exercício. Torne-se ativo.

Vibração requer movimento, quanto mais se mexe melhor as suas vibrações se mexem. Então torne-se ativo! Dance! Quanto mais feliz se sentir, mais vai atrair experiências positivas para sí, porque está a operar a uma frequência diferente.

7. Perceba que tem mais controle sobre a sua vida do que pensava.

Você não é vitima das circunstâncias, passado, meio onde cresceu, trauma, ou qualquer outra coisa. Você pode mudar a sua vida num instante. Apenas interiorize isto. Em muitas sábias tradições isto é chamado de “Responsabilidade Total”. Ninguém mais é responsável por como se sente neste momento, só você. Não é uma maldição, é uma bênção, porque lhe devolve o seu poder.

8. Respire

Sente-se e tente tornar a sua respiração mais longa, cheia, e mais calma. Esta prática tem um efeito direto sobre o sistema nervoso, e ajuda-o a relaxar. Uma vibração calma é uma vibração alta.

9. Faça algo de que sente medo.

Medos impedem-nos de alcançar um estado de amor e felicidade, e enfrentar esses medos abre o seu mundo para maiores possibilidades. Medo de alturas? Vá fazer paraquedismo :) Medo de discursar em público, recite um poema num evento com microfone. Irá começar a se dar conta que o seu medo era pior do que a situação em si, e será imerso numa sensação de alívio.

10. Tenha uma conversa com conteúdo com um amigo.

Em vez de falar da vida alheia ou se queixar, fale das suas ideias. O que tem planejado para si? O que pensa ser a natureza da realidade? Somos sêres espirituais tendo uma experiência humana? Falar sobre estas coisas com alguém ajuda a elevar as vibrações de ambos por pensarem fora da caixa.
Youtube: Escolha Vencer

terça-feira, 10 de março de 2015

Farol cósmico desaparece e confirma relatividade de Einstein


Farol cósmico desaparece e confirma relatividade de Einstein
Veja mais aqui: http://misteriosdomundo.org/farol-cosmico-desaparece-e-confirma-relatividade-de-einstein/#ixzz3TxLlgEKOFarol cósmico desaparece e confirma relatividade de EinsteinUm pulsar desapareceu de nossa vista, mas seu desaparecimento está agradando os cientistas, uma vez que é consistente com as previsões feitas pela teoria geral da relatividade de Einstein.
PSR J1906 + 0746 é um pulsar – uma estrela de nêutrons que emite feixes de radiação intensa. Como outros pulsares, este gira muito rapidamente, fazendo com que estes feixes varram todo o céu de uma forma comumente comparada a um farol. A galáxia está quase certamente cheia de pulsares que não conhecemos porque seus feixes passam acima ou abaixo da Terra.
Os pulsares mais cientificamente valiosos são aqueles em sistemas binários, trancados em órbitas mútuas com outras estrelas. O pulsar B1913 + 16 é tão importante que rendeu aos seus descobridores um Prêmio Nobel por servir como um laboratório natural para confirmar a teoria da relatividade geral; a descoberta mostrou que a distância orbital entre as duas estrelas decai por meio da perda de energia.
Farol cósmico desaparece e confirma relatividade
PSR J1906 + 0746 orbita em torno de sua companheira em apenas 3,98 horas, a segunda órbita pulsar mais rápida conhecida. Um artigo no The Journal estima sua massa como 1,29 vezes maior do que o sol, com seu companheiro sendo pouco maior que 1,32 massas solares.
A proximidade das órbitas e à semelhança da massa das duas estrelas distorce o espaço-tempo tão fortemente que desequilibra PSR J1906 + 0746, balançando seu eixo através do céu. Este processo, conhecido como precessão geodésica, muda a direção dos feixes também. Os astrônomos perceberam que com o tempo os feixes deixaram de passar por toda a Terra.
Uma vez que nem PSR J1906 + 0746, nem a sua companheira são detectáveis através de outros meios, isso causou uma corrida urgente para recolher o máximo de informação possível antes de perdemos o sinal. Cinco dos maiores radiotelescópios do mundo foram pressionados a realizar o serviço, produzindo uma riqueza de dados que está sendo analisada ​​após o feixe em grande parte desaparecer de vista em 2009.
Os autores observam que é raro testemunhar essas mudanças. “Na grande maioria dos sistemas de pulsar binário observados, o pulsar é o primogênito objeto compacto”, dizem eles. Esses objetos têm “rotação muito estável e evoluem de forma muito lenta.” As mudanças observadas em PSR J1906 + 0746 decorrem do fato de que o companheiro provavelmente evoluiu para uma estrela de nêutrons ou anã branca antes do pulsar, um filhote astronômico de 112 mil anos de idade, atingir o seu estado atual.
As circunstâncias incomuns deram aos astrônomos uma oportunidade de usar a relatividade geral para prever a taxa de precessão e testar a teoria. Os resultados foram perfeitos, proporcionando mais uma confirmação da relatividade geral contra as teorias concorrentes da gravidade. Dr. Joeri van Leeuwen, do Instituto Holandês para a Rádio Astronomia diz: “Esta é a primeira vez que um jovem pulsar desapareceu através da precessão.” [Space.com]


Veja mais aqui: http://misteriosdomundo.org/farol-cosmico-desaparece-e-confirma-relatividade-de-einstein/#ixzz3TxLlgEKO

Aulas gratuitas em vídeo ensinam como fazer horta orgânica

Aulas gratuitas em vídeo ensinam como fazer horta orgânica




Produzir os próprios alimentos em casa deixou de ser um hábito do campo e, cada vez mais, ganha força a agricultura urbana. Quem sempre viveu nas grandes cidades pode ter dificuldades em aderir a essa “onda” de alimentação saudável, por isso o CicloVivo divulga o passo a passo para preparar uma horta caseira por meio de vídeo-aulas.
O curso é composto por dez aulas, cada uma possui menos de 30 minutos. A primeira aula detalha os princípios da agricultura orgânica, respondendo as perguntas iniciais: Como se planejar? O que é adequado semear primeiro? Entre outras dúvidas que surgem quando uma pessoa decide fazer uma horta.
Já na segunda aula o tema é “Composição do solo e adubos”, onde se trata a qualidade da terra e quais os restos de alimentos são úteis para fertilizar a terra. Na terceira e quarta aula, o internauta esclarece todas as suas dúvidas sobre o plantio.
A quinta aula é dedicada às culturas, a sexta ensina como fazer horta em vasos, a sétima e oitava detalham como controlar pragas e enfermidades. Na penúltima aula, o aluno aprende os cuidados necessários para manter uma horta orgânica e, por fim, a última aula fala sobre a colheita.
Os vídeos foram publicados no Youtube e estão em espanhol, entretanto há legendas em português preparadas pelo BorelliStudio. Trata-se de um canal de vídeo educativo, que publica vídeos de interesse comunitário.
Abaixo, as primeiras 5 aulas:

https://www.youtube.com/watch?v=xou1ckVzltk&list=PLeXZIaKt7eNhdZ1202yXoMD59vFgpIo6H&t=12

Demais vídeos, clique aqui.
Redação CicloVivo

What Happens When we Repress our Sexuality?

Some would say that it is a good idea to repress our sexuality… within ourselves.. and within society as a whole… We fear its power. We fear what choices people would make if they were free. We fear that everything would fall into chaos or something… Hmmm…
But what actually happens when we repress it?

1) Something dies inside of us

pd-sadness-450TOur sexual energy is our life force. It is our prana, our chi, our spirit, the energy that courses through our bodies when we play sports, go to work, create art, read a book, and definitely make love. This creative, sexual energy can drive us to make babies, write symphonies, start running, or just simply be happy that we woke up this morning.
But when it is repressed, controlled, or put in a box, something dies… We have less energy, less joy in life, less innocence, less optimism and less desire to try new things.

2) The Energy Twists into Something Else

Pd-Depressed man - 450TBecause this is our life energy, it must keep flowing… When a river gets blocked by something, the water WILL find another route. The water is there. There is pressure to keep it flowing. And so it will quickly or slowly find another route.
Similarly with us… Maybe it turns into an addiction to porn or prostitution. Maybe it becomes anger and bitterness. Maybe it becomes a shopping addiction or an obsession about how one looks. But one way or another, that stifled energy will find a way out… But because it isn’t flowing out in a natural, easy way, the path will be destructive and not a positive one.

3) We Default to Procreative Sex

Unfortunately, the only thing that most kids learn growing up is “Don’t have sex. And if you do, use protection.” That’s it.
Luckily for us, there is a primal urge to procreate. And also luckily the parts needed to procreate respond on cue. The parts all fit together.. And THERE! They’ve had sex. And it’s…. ok… I guess…
As we grow older, we might learn a few tricks about how to pleasure a partner and how to gain more pleasure ourselves… But the main framework is the same… And sometimes it’s great… But oftentimes it’s just ok … or not ok at all considering how many issues there are in society with impotence, frigidity, premature ejaculation, lack of sex drive, lack of female orgasms… etc..

4) We Never Learn What We Are Actually Capable of

pd-couple-chakras-450TWe are designed for MUCH more than procreative sex.
Our sexual energy can bring us to heights of pleasure that are far beyond what we can imagine.
That energy can be passed between partners to create bonds that make us feel truly secure, connected, and complete – within the relationship and within ourselves.
When we approach sexuality in a sacred way, it can heal our deepest wounds. It can truly heal a broken spirit.
This energy can actually regenerate us and give us amazing amounts of energy for days afterwards.
It can even give us an experience of the divine…

And What happens when We Embrace our Sexuality?

We have abundant energy and life force flowing through our beings!
We love life. We are optimistic. We are creative and are simply happy that we got to wake up this morning!
Our paths are straight. No twists in the road. We can see clearly what we are doing. No hidden agendas.
Our relationships are rich. Our sexual experiences energize and connect us.
We get to experience divine energy in our physical bodies and all aspects of our lives…

Sounds great to me!!!

Escrito por Katrina Bos

Entrevista Edgar Morin: "É preciso ensinar a compreensão humana"

Entrevista Edgar Morin: "É preciso ensinar a compreensão humana"
por Equipe Fronteiras/Milênio
Nos acostumamos a acreditar que pensamento e prática são compartimentos distintos da vida. Quem pensa o mundo não faz o mundo e vice-versa. Mas, houve um tempo em que os sábios, eventualmente chamados de cientistas ou artistas, circulavam por diversos campos da cultura. Matemática, física, arquitetura, pintura, escultura eram matéria-prima do pensamento e da ação. A revolução industrial veio derrubar a ideia do saber renascentista e, desde o século 19, a especialização foi ganhando força.
Mas, sempre haverá quem nos lembre que a vida é produto de um contexto, de um acúmulo de vivências e ideias. Pense num filósofo que pegou em armas contra o nazismo para depois empunhar as ferramentas da retórica contra o stalinismo, que reconhece a importância dos saberes dos povos originais sem abrir mão de pensar e repensar a educação formal.
Com mais de 90 anos, o francês Edgar Morin, nascido e criado Edgar Nahoum no início do século 20, é um dos mais respeitados pensadores do nosso tempo. Com uma gigantesca produção literária, pedagógica e filosófica. Em tempos de radicalismos, Morin é herdeiro do melhor do humanismo francês. Em entrevista ao programa Milênio, Edgar Morin fala sobre filosofia, religiões e o significado da educação na contemporaneidade. Leia abaixo:
Gostaria de começar com uma questão generalista. Sociólogo, antropólogo, filósofo, professor, escritor, e até, às vezes, jornalista. Qual a melhor definição de Edgar Morin e por quê?
Edgar Morin: 
A melhor definição seria não ter definição.  De se bastar. A palavra “filósofo” talvez me conviesse bem, mas hoje a filosofia, no geral, se fechou em si mesma e a minha é uma filosofia que observa o mundo, os acontecimentos, etc. Sou muito marginal, quer dizer, sou marginal em todas essas áreas. Então, sou aquele que querem que eu seja.
Seria mais correto falar em um pensador do estilo renascentista, alguém que mistura um pouco essas histórias todas?
Edgar Morin: 
Não exatamente que mistura, mas que tenta fazer a ligação, que tenta ter uma cultura feita de conhecimentos que hoje estão dispersos. Mas, é verdade que o Renascentismo foi admirável pelos homens que tinham um conhecimento, não digo enciclopédico, mas aberto a várias áreas. Se quiserem, acho que as perguntas fundamentais de cada um a si mesmo, “quem somos nós, para onde vamos e de onde viemos?”, são questões fundamentais, precisamos respondê-las e não afastá-las.
A tragédia do nosso sistema de conhecimento atual é que ele compartimenta tanto os conhecimentos que a gente não consegue se fazer essas perguntas. Se perguntarmos “O que é o ser humano?”, não teremos respostas, porque as diferentes respostas estão dispersas. E, no fundo, é isso que chamo de pensamento complexo, um pensamento que reúne conhecimentos separados.
E esse pensamento complexo do qual o senhor fala estaria em oposição a um pensamento simples. Como se dá esse duelo hoje, num setor que o senhor conhece bem, o ensino?
Edgar Morin: 
O que chamo de desafio da complexidade é que estamos em um mundo onde encontramos problemas tão difíceis e separados, e uni-los. Como fazer isso? Eu fiz um trabalho ao longo de muitos anos para, de certa forma, elaborar um método que possibilite a união desses saberes, porque não podemos simplesmente sobrepor, é preciso articulá-los.
Acredito que, para uma melhor compreensão da realidade, para entender quem somos, que você é um ser complexo, que eu sou um ser complexo, não podemos estar reduzidos a um único aspecto da personalidade, para saber que a sociedade é complexa, para entender a globalização. Acredito que é sim necessário um pensamento assim, senão temos um pensamento mutilado, o que é muito grave, porque um pensamento mutilado leva a decisões erradas ou ilusórias.
E como traduzir isso para os alunos, para as novas gerações, por meio do ensino? Como é possível encarar essa tarefa tão difícil para os educadores, para aqueles que estudam a educação e querem passar adiante esse pensamento mais complexo, com uma visão um pouco mais ampla do mundo do que aquela homogeneizada, simplista, com certezas bastante frágeis?
Edgar Morin: 
Eu proponho, a introdução, no ensino, de temas fundamentais que ainda não existem. Quer dizer, proponho introduzir o tema do conhecimento, pois damos conhecimento sem nunca saber o que é o conhecimento. Mas, como todo conhecimento é uma tradução seguida de uma reconstrução, sempre existe o risco do erro, o risco de alucinações, sempre.
Eu proponho o método de incluir esses temas, de incluir o tema da compreensão humana. É preciso ensinar a compreensão humana, porque é um mal do qual todos sofrem em graus diferentes. Começa na família, onde filhos não são compreendidos pelos pais e os pais não entendem seus filhos. Pode continuar na escola, com os professores e os colegas. Continua na vida do trabalho, no amor e acho que temos que ensinar também a enfrentar as incertezas. Porque em todo destino humano há uma incerteza desde o nascimento. A única certeza é a morte e não sabemos quando. Mas, é claro que estamos em meio, não apenas das incertezas que chamaria de normais, de saúde, casamento, trabalho, mas também uma incerteza histórica impressionante.
Antes, a gente achava que existia um progresso certo e agora o futuro é uma angústia. Por isso, suportar, enfrentar a incerteza é não naufragar na angústia, saber que é preciso, de certa forma, participar com o outro, de algo em comum, porque a única reposta aos que têm a angústia de morrer é o amor e a vida em comum.
Isso nos traz a um dos muitos caminhos que temos para nos conhecer e conhecer o outro, que é a participação política. E o senhor, desde muito cedo, teve uma participação política muito importante. Na Resistência e, depois, com suas relações no Partido Comunista. Mas, muito cedo também, o senhor aprendeu a fazer essa autocrítica e não hesitou em criticar duramente o Partido Comunista e a ascensão da URSS Stalinista, depois da China maoísta. Mais recentemente, a globalização. Politicamente, hoje, qual a luta que o senhor considera que vale a pena lutar? Sabemos que o mundo vive uma crise profunda de representação nas democracias, nos partidos, nos sindicatos. Como fazer essa luta política?
Edgar Morin: 
Antes de mais nada, é preciso entender bem que estamos ameaçados, cada vez mais, por duas barbáries. A primeira barbárie a gente conhece, vem desde os primórdios da história, que é a crueldade, a dominação, a subserviência, a tortura, tudo isso. A segunda barbárie, ao contrário, é uma barbárie fria e gelada, a do cálculo econômico. Porque quando existe um pensamento fundado exclusivamente em contas, não se vê mais os seres humanos. O que se vê são estatísticas, produtos burros. No fundo, o cálculo, que é útil, mas como instrumento, se torna um meio de conhecimento, mas de falso conhecimento, que mascara a realidade humana.
No fundo, assim que entra o cálculo, os humanos são tratados como objetos. E hoje, com o domínio justamente do poder e do dinheiro, com o domínio do mundo burocrático, tudo isso, é o reino da barbárie gelada. Se preferir, é preciso repensar a política e nós estamos na pré-história desse momento. É preciso saber se as forças negativas, a corrente negativa vai ser mais forte do que as forças positivas que tentam se levantar hoje no mundo e são ainda muito dispersas.
Como fazer com que todas essas ferramentas, que existem e foram desenvolvidas nas últimas décadas, possam ser utilizadas de uma forma, digamos, mais positiva?
Edgar Morin: 
Antes de mais nada, é verdade que informação não é conhecimento. Conhecimento é a organização das informações. Então, estamos imersos em informações e como elas se sucedem dia a dia, de certa forma, não temos como ter consciência disso. De outra parte, os conhecimentos, como eu disse, estão dispersos. É preciso uni-los, mas falta esse pensamento complexo. Dito isso, quando pensamos sobre a internet, a internet virou uma força incrível, eu diria que em todas as direções, tanto para o lado negativo quando para o positivo.
O que há de extraordinário na internet e em todos esses meios que você citou é que, hoje, um Estado pode controlar um indivíduo em todos os seus gestos e atos, mesmo quando ele está na rua lendo um jornal. Podemos ser controlados. Mas, ao mesmo tempo, através da internet, um ou dois indivíduos razoavelmente talentosos em matemática podem decifrar os segredos do Pentágono, segredos diplomáticos dos mais importantes do Estado mais forte do mundo.
O senhor acha que neste mundo, com tantas coisas que regridem, um país como o Brasil que o senhor conhece tanto tem algo a ensinar aos outros notadamente quando se vê essa sociedade mestiça, essa mistura que existe de verdade. Mesmo que tenhamos os nossos problemas com o racismo, nossos problemas de exclusão e tudo isso. Mas, o senhor acha que essa sociedade brasileira, com todos esses problemas, tem algo a ensinar?
Edgar Morin:
 Apesar dos limites, digamos, do caráter de segregação social, é uma sociedade indiscutivelmente mestiça, que conseguiu integrar contribuições vindas da África. Nunca em outro país a contribuição africana foi tão intensamente integrada nos costumes, nem que seja na gastronomia, nas danças, nos cantos. É um país muito interessante também onde, no Sul, que tem muitos imigrantes alemães e italianos e o Nordeste, que é muito diferente com sua população, os caboclos... Apesar dessa grande diversidade, é um país que nunca quis se separar. Vejam a Itália, a Itália do Norte quer se separar da do Sul, veja a Inglaterra, a Escócia quer deixar o Reino Unido.
No Brasil, mesmo com toda essa extraordinária heterogeneidade, existe uma cultura comum que mantém a unidade. Ou seja, pra mim, o Brasil é um grande estimulante. Um estimulante intelectual, mas também humano, pois tem um calor humano, um sentimento de familiaridade, que também perdemos na França e encontramos, muito vivo, no Brasil.
Eu já o vi e li dizendo que o monoteísmo era o flagelo da humanidade. Queria saber se o senhor mantém essa posição hoje, frente ao que vemos no Oriente Médio e nas lutas nacionalistas que misturam a religião à importância nacional.
Edgar Morin: 
A fórmula é parcialmente verdadeira. Por quê? Porque há outro aspecto muito presente no Cristianismo, sobretudo no Cristianismo de caráter evangélico, e também no Islã, onde também há como princípio um Deus magnânimo e misericordioso. Existe um universalismo, porque o Cristianismo e o Islã se dirigem a todos os homens, a todos os seres humanos, não importa a raça. Quando vemos a história do Cristianismo, há uma renovação dessa fonte de fraternidade e de evangelismo. Mas, quando olhamos a mesma história do Cristianismo, também vemos guerras religiosas, a Inquisição, as perseguições, as fogueiras, as cruzadas e tudo isso. E quando olhamos para a história do Islã também.
Dito isso, o que é o monoteísmo? É o que vê a unidade no mundo. O que é o politeísmo? É o que vê a diversidade no mundo, que vê, como os antigos gregos, mas também no Candomblé, vocês têm Iemanjá, deusa das águas, têm os outros, dá pra dizer que são complementares. Uns veem a diversidade e outros a unidade. Mas, o politeísmo sempre foi mais tolerante do que o monoteísmo, sempre foi menos dogmático. E, se hoje, o Hinduísmo fica agressivo contra o Islã é que ele próprio vive uma luta entre duas religiões, mas, em princípio, as religiões politeístas são mais... Mas, como estou fora dessas religiões, apenas constato. Acredito que a virtude dos politeístas seja a de respeitar também a natureza. Quando se tem a Pacha Mama, da tradição andina, temos o amor da mãe terra. O Cristianismo separou, como aliás o Islã, os dois tendo a mesma fonte, a Bíblia. Dizem que Deus criou o homem à sua imagem, diferente da dos animais. Paulo disse que os humanos podem ressuscitar, mas os animais não.
Criamos a dissociação com a natureza, acentuada pela civilização ocidental, dizendo que, através da ciência e da tecnologia podemos dominar e controlar a natureza. Mas, é preciso reencontrar o sentido da natureza de uma forma não mais politeísta, mas humana, quer dizer, sentir essa vida, esse sentimento que expressava Spinoza, que a criatividade e a divindade estão na natureza.
Qual seria, então, na sua opinião, o maior desafio do ensino escolar hoje no mundo? Fazer esse equilíbrio sociedade tecnológica e humana, o equilíbrio entre o dinheiro e o saber, entre o humanismo e a individualidade?
Edgar Morin: 
Antes de mais nada, é não se deixar contaminar pela lógica da empresa. Uma universidade não é uma empresa, é como um hospital, não é uma empresa. A lógica não é a do lucro, não é a dos benefícios, não é a do equilíbrio orçamentário, é outra lógica. Depois, não obedecer ao dogma da avaliação. Avaliamos e avaliamos, quando, na realidade, a avaliação também é um jeito de calcular que ignora a complexidade das realidades humanas.
O objetivo do ensino deve ser ensinar a viver. Viver não é só se adaptar ao mundo moderno. Viver quer dizer como, efetivamente, não somente tratar as grandes questões de que falamos, mas como viver na nossa civilização, como viver na sociedade de consumo. Produzimos coisas descartáveis em vez de objetos reparáveis, que possam ser consertados. Então há toda uma lógica e é preciso dar, no ensino, os meios àqueles que vão se tornar adultos, de poder escolher alimentos, consumo, não usar o que não é bom e favorecer o que tem qualidade e o que é artesanal.
Acho que é preciso ensinar não só a utilizar a internet, mas a conhecer o mundo da internet. É preciso ensinar a saber como é selecionada a informação na mídia, pois a informação sempre  passa por uma seleção – como e por quê? É preciso ensinar, há todo um ensinamento, para nossa civilização, que não está pronto. Tem isso e ainda o ensino dos problemas fundamentais e globais. Essa é a reforma fundamental que precisa ser feita.
Para terminar, professor, o que é que alimenta suas esperanças num mundo melhor?
Edgar Morin: 
A esperança é a ideia que o futuro já que é incerto e já que é desconhecido, pode justamente ser melhor e, no fundo, meu sentimento profundo é que eu sou um pedacinho temporário, numa gigantesca aventura, que é a da humanidade, que começou, talvez, há sete milhões de anos, quando um primata virou bípede. Que continuou e seguiu pela pré-história, a história, o fim dos impérios, os acontecimentos, as guerras mundiais. Uma aventura absolutamente incrível. E como o passado é incrível, eu sei que o futuro também será incrível.
Mas, sinto que faço parte dessa totalidade, querendo ou não. Isso também me leva para frente. Não renuncio. Sem querer, sou animado por esse sentimento de estar na aventura e quero também dar, mesmo que seja pequena, minha contribuição a isso. É isso que também me encoraja. Não tenho só esperança, tampouco desespero. Mesmo que saiba que a vida é, ao mesmo tempo, magnífica e trágica.
Uma das minhas máximas favoritas é: “o que não se regenera, degenera.” Nada está estabelecido para sempre. Se você tem a democracia, não é para sempre, pode degenerar. Se acabou com a tortura, não é para sempre, pode voltar. Quer dizer, é preciso estar com as forças da regeneração e sentir a necessidade dessas forças de regeneração me tonifica, me faz bem e espero fazer o bem também.
- Assista ao programa na íntegra no Globosat Play (para assinantes)
- Assista a Edgar Morin no Fronteiras do Pensamento | Os limites do conhecimento na globalização