Pode ter chegado a hora de um grande terremoto, seguido de maremoto, para o oeste dos Estados Unidos, como o que atingiu o Japão na semana passada, e o país não está preparado, consideraram especialistas.
Os recentes acontecimentos no "Cinturão de fogo" do Pacífico levam alguns sismólogos a acreditar na iminência de um violento terremoto depois do que atingiu o Chile há um ano.
O oeste dos Estados Unidos, localizado entre duas zonas de forte atividade geológica, está particularmente exposto: a falha de San Andrés, que passa próximo de San Francisco e de Los Angeles, mas também a de Cascádia, localizada frente à costa oeste do Canadá e dos Estados Unidos.
Se um terremoto de magnitude 9 atingir essa zona da mesma forma que atingiu o Japão na sexta-feira poderá devastar as cidades de Vancouver, Portland e Seattle e desencadear um terrível maremoto.
"Nos últimos 10.000 anos, contamos 41 terremotos em Cascádia, a cada 240 anos em média. O último ocorreu há 311 anos. Um novo terremoto já deveria ter acontecido", explica Wang Yumei, geóloga do departamento de Geologia do Estado do Oregon.
"Os cientistas não podem prever exatamente a data de um terremoto, mas podem avaliar os danos que causaria", acrescentou.
Foram feitos grandes esforços para melhorar as infraestruturas nas últimas décadas nos estados do oeste do país, mas em várias regiões litorâneas muitas estruturas vitais públicas ainda estão em edifícios antigos.
Os especialistas também estão preocupados com os idosos e com as pessoas hospitalizadas próximo ao litoral, que não podem se deslocar com rapidez em caso de uma onda gigante.
Engenheiros já apresentaram projetos de construção de refúgios em locais altos, mas nunca concluíram.
"Todos os preparativos são feitos por iniciativa local e são extremamente variáveis ao longo da costa", observa Tom Tobin, presidente do Instituto Americano de Pesquisa da Construção em Zonas Sísmicas.
O especialista afirma que na Califórnia uma lei federal defende que os hospitais sigam as normas para enfrentar os riscos sísmicos. Mas "desde 1971, apenas um hospital foi construído em San Francisco conforme essas normas. Outros edifícios são ultrapassados, alguns datam inclusive do início do século XX".
"Não estamos preparados", considera o sismólogo Ivan Wong, vice-presidente da URS, uma empresa que presta assessoria em meio ambiente e engenharia. "Não estamos nem no nível da preparação do Japão que, como vimos, ficou devastado", acrescentou.
"Temos muitas dificuldades para convencer os americanos de que na costa noroeste correm um risco real", explicou.
No entanto, embora os tremores se intensifiquem ao longo do "Cinturão de fogo", outros cientistas consideram que não estão em condições de estabelecer uma regra que provaria que um terremoto no Japão deixa os Estados Unidos mais expostos.
"Até onde sabemos, um terremoto no Japão não gera forçosamente um terremoto em outro lugar do mundo, como a Califórnia", considera Jim Whitcomb, geofísico da Fundação Nacional de Ciências.
Segundo ele, o próximo sismo nos Estados Unidos poderá ser antecedido, como no Japão na semana passada, de uma primeira onda de magnitude 7,2.
Ou talvez não. "Cada terremoto é único e segue seu próprio caminho", ressalta.
Os recentes acontecimentos no "Cinturão de fogo" do Pacífico levam alguns sismólogos a acreditar na iminência de um violento terremoto depois do que atingiu o Chile há um ano.
O oeste dos Estados Unidos, localizado entre duas zonas de forte atividade geológica, está particularmente exposto: a falha de San Andrés, que passa próximo de San Francisco e de Los Angeles, mas também a de Cascádia, localizada frente à costa oeste do Canadá e dos Estados Unidos.
Se um terremoto de magnitude 9 atingir essa zona da mesma forma que atingiu o Japão na sexta-feira poderá devastar as cidades de Vancouver, Portland e Seattle e desencadear um terrível maremoto.
"Nos últimos 10.000 anos, contamos 41 terremotos em Cascádia, a cada 240 anos em média. O último ocorreu há 311 anos. Um novo terremoto já deveria ter acontecido", explica Wang Yumei, geóloga do departamento de Geologia do Estado do Oregon.
"Os cientistas não podem prever exatamente a data de um terremoto, mas podem avaliar os danos que causaria", acrescentou.
Foram feitos grandes esforços para melhorar as infraestruturas nas últimas décadas nos estados do oeste do país, mas em várias regiões litorâneas muitas estruturas vitais públicas ainda estão em edifícios antigos.
Os especialistas também estão preocupados com os idosos e com as pessoas hospitalizadas próximo ao litoral, que não podem se deslocar com rapidez em caso de uma onda gigante.
Engenheiros já apresentaram projetos de construção de refúgios em locais altos, mas nunca concluíram.
"Todos os preparativos são feitos por iniciativa local e são extremamente variáveis ao longo da costa", observa Tom Tobin, presidente do Instituto Americano de Pesquisa da Construção em Zonas Sísmicas.
O especialista afirma que na Califórnia uma lei federal defende que os hospitais sigam as normas para enfrentar os riscos sísmicos. Mas "desde 1971, apenas um hospital foi construído em San Francisco conforme essas normas. Outros edifícios são ultrapassados, alguns datam inclusive do início do século XX".
"Não estamos preparados", considera o sismólogo Ivan Wong, vice-presidente da URS, uma empresa que presta assessoria em meio ambiente e engenharia. "Não estamos nem no nível da preparação do Japão que, como vimos, ficou devastado", acrescentou.
"Temos muitas dificuldades para convencer os americanos de que na costa noroeste correm um risco real", explicou.
No entanto, embora os tremores se intensifiquem ao longo do "Cinturão de fogo", outros cientistas consideram que não estão em condições de estabelecer uma regra que provaria que um terremoto no Japão deixa os Estados Unidos mais expostos.
"Até onde sabemos, um terremoto no Japão não gera forçosamente um terremoto em outro lugar do mundo, como a Califórnia", considera Jim Whitcomb, geofísico da Fundação Nacional de Ciências.
Segundo ele, o próximo sismo nos Estados Unidos poderá ser antecedido, como no Japão na semana passada, de uma primeira onda de magnitude 7,2.
Ou talvez não. "Cada terremoto é único e segue seu próprio caminho", ressalta.
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