quarta-feira, 21 de dezembro de 2011


Brasileiros descobrem novo tipo de onda cerebral

REINALDO JOSÉ LOPES
EDITOR DE "CIÊNCIA E SAÚDE"

Pesquisadores da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte) conseguiram flagrar um novo tipo de onda cerebral, que se propaga pelas camadas superficiais de uma área do cérebro ligada à formação de memórias.
As medições foram feitas, por enquanto, nos neurônios de ratos, mas provavelmente valem para outros mamíferos, como os seres humanos.
As ondas recém-descobertas parecem interagir com outras já conhecidas, numa coreografia que provavelmente é importante para a construção e consolidação das lembranças no cérebro, afirmam os pesquisadores.
"Estamos no começo do trabalho", diz Adriano Tort, professor do Instituto do Cérebro da UFRN e coordenador da pesquisa. "Mas já temos indícios de que as novas ondas aparecem no sono REM [o sono com sonhos], que já é conhecido por sua importância para a memória."
Editoria de Arte/Folhapress
GPS
Tort e o aluno de doutorado Robson Scheffer-Teixeira, junto com outros colegas, descrevem as descobertas em artigo na revista científica "Cerebral Cortex". O ritmo novo detectado por eles ocorre no hipocampo, uma região que os cientistas comparam a um GPS do cérebro.
É graças ao hipocampo que motoristas aprendem a dirigir pelas ruas de uma cidade que ainda não conhecem, decorando pontos de referência ou a localização de semáforos, por exemplo.
O hipocampo monta esse quadro da mesma maneira como funcionam outras áreas do cérebro: como uma orquestra elétrica.
ORQUESTRA
Os neurônios, células que são a unidade básica do órgão, são atravessados por impulsos elétricos, que se propagam (ou não) para as células vizinhas. Quando o vaivém elétrico acontece de forma sincronizada em vários neurônios (como uma guitarra e uma bateria tocando no mesmo ritmo, digamos), surgem as ondas cerebrais.
Essas oscilações acontecem em frequências específicas, como ondas de uma estação de rádio. O novo tipo detectado pela equipe da UFRN, por exemplo, tem um pico de atividade em 140 Hz.
Editoria de Arte/Folhapress
ALGUNS TIPOS DE ONDAS CEREBRAIS
No entanto, Tort e seus colegas verificaram que essa oscilação não aparece sozinha, mas, sim, acoplada com outro tipo mais lento de onda, que interage com ela. As propriedades de um tipo de onda ficam ligadas ao que acontece com a onda "companheira".
Voltando à analogia musical, é como se a guitarra só conseguisse alcançar certas notas com a ajuda de outro instrumento de apoio.
"A gente ainda não tem muita informação sobre os grupos de neurônios que estão em atividade para gerar esse resultado", afirma Tort. "Essa é uma das próximas fases do nosso trabalho."
Seja como for, a associação com o sono REM (cujo nome vem da sigla inglesa de "movimento rápido dos olhos", que ocorre durante os sonhos) faz a equipe apostar num elo entre as novas ondas cerebrais e o processo de fortalecimento das memórias durante a noite.
Parte do trabalho também foi realizada no Instituto Internacional de Neurociência de Natal Edmond e Lily Safra.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011




16/12/2011

Ouvir música faz o cérebro inteiro se iluminar

Redação do Diário da Saúde
Ouvir música faz o cérebro inteiro se iluminar
O cérebro se ilumina praticamente por inteiro quando a pessoa está ouvindo música, um fenômeno até agora sem equivalente em termos de atividade humana. [Imagem: Vinoo Alluri]
































Poder ativador da música
Cientistas da Finlândia descobriram uma 
nova técnica inovadora que  permite estudar como o cérebro processa diferentes aspectos da música.
Em uma situação realística de "curtir a música 
predileta", a técnica analisa a percepção do 
ritmo, tonalidade e do timbre, que os 
pesquisadores chamam de "cor dos sons".
O estudo é inovador porque ele revelou pela 
primeira vez como  grandes áreas do cérebro, 
incluindo as redes neurais responsáveis
 pelas ações motoras, emoções e criatividade,
 são ativadas quando se ouve música.
Cérebro iluminado
Os efeitos da música sobre as pessoas sempre foram mais assunto
 de poetas e filósofos do que de fisiologistas e neurologistas.
Mas os exames de ressonância magnética permitem gerar filmes que
 mostram como os neurônios "disparam", literalmente iluminando cada área 
do cérebro nas imagens produzidas na 
 tela do computador.
Para estudar os efeitos de cada elemento musical sobre o cérebro, o Dr. Vinoo 
Alluri e seus colegas da Universidade de Jyvaskyla escolheram um tango argentino.
A seguir, usando sofisticados algoritmos de computador, eles analisaram a 
relação das variações rítmicas, tonais e timbrais do tango com as "luzes" 
produzidas no cérebro.
Emoção na música
A comparação revelou algumas coisas muito interessantes, mostrando que a 
música ativa muito mais áreas do que aquelas relacionadas à audição.
Por exemplo, o processamento dos pulsos musicais aciona também áreas do 
cérebro responsáveis pelo movimento, o que dá suporte à ideia de que música 
e movimento estão intimamente relacionados.
As áreas límbicas do cérebro, associadas às emoções, estão também envolvidas
 no processamento do ritmo e da tonalidade.
Já o processamento do timbre depende de ativações da chamada rede de modo 
padrão, associada com a criatividade e com a imaginação.
Além do interesse científico, estas informações são valiosas para compositores, que poderão "mexer" em suas melodias dependendo da emoção que querem transmitir com suas 
músicas.
Veja outras pesquisas recentes sobre música:

sábado, 17 de dezembro de 2011


Somos todos de carne
Não imagina uma refeição sem carne? Então é melhor se informar e comer melhor

Texto por Lia Hama

David Sayeg/ www.flickr.com/davidyesai



Comer carne, um ato aparentemente banal, traz uma série de implicações para a saúde das pessoas, o meio ambiente e o bem-estar dos animais que muitas vezes nem passam pela cabeça de quem consome. Mas nem tudo está perdido... Ainda. informe-se e coma melhor

Quando compramos uma bandeja de carne no supermercado ou pedimos um inocente hambúrguer, pouca gente se dá conta de que ali está um pedaço de um animal. E que aquela refeição tem cada vez mais impacto no meio ambiente. Foi-se o tempo em que a maioria da carne vinha de fazendas onde os animais eram criados soltos e podiam, bem ou mal, viver como sua espécie deveria viver. O que comemos hoje na maior parte é fruto de uma criação em escala industrial, na qual os animais são geneticamente preparados, têm a mobilidade restrita em confinamentos superlotados e estressantes e recebem uma dieta carregada de aditivos. A produção, o tratamento e o abate muitas vezes são feitos de maneira cruel e dolorosa. Informações que passam bem longe de cardápios e rótulos. “A carne é uma indústria de US$ 140 bilhões anuais, que ocupa perto de um terço de todo o território do planeta, molda os ecossistemas do oceano e pode determinar o futuro do clima da Terra”, diz Jonathan Safran Foer no livro Comer animais (ed. Rocco), em que relata como funciona a produção da carne em escala industrial. Como muitos que decidiram explorar o assunto, virou vegetariano convicto. A seguir, reunimos dados que mostram o que está por trás dos pedaços de animais oferecidos em restaurantes e supermercados. Não consegue, nem quer, viver sem carne? Tudo bem. Mas é bom que saiba o que isso significa. Para você e para o resto do planeta.




Angelo Christo/ Corbis/ Latinstock
Cérebro de porco

Considerados bichos inteligentes e sensíveis, os porcos têm um grau mais alto de autoconsciência e maior capacidade de interação do que certos humanos com lesões cerebrais ou em estado de senilidade.
Porcos têm linguagem. Com frequência atendem quando são chamados (pelos humanos e pelos outros porcos), gostam de brinquedos (e têm seus favoritos) e são capazes de jogar videogames com controles adaptados aos focinhos.
Porcos de granja normalmente são abatidos quando chegam a cerca de 100 kg. Se continuassem a viver, poderiam passar dos 350 kg.
Por conta própria, os leitões tendem a ser desmamados com cerca de 15 semanas, mas nas granjas industriais eles são desmamados com 15 dias. Com essa idade, não conseguem digerir direito comida sólida, por isso recebem remédios contra diarreia.
Uma série de antibióticos, hormônios e outros produtos farmacêuticos na comida dos animais mantém a maioria deles viva até o abate, a despeito das condições de higiene e confinamento em que são mantidos.
Não é incomum porcos aguardando o abate terem ataques cardíacos ou perderem a capacidade de se locomover.
Com 38 milhões desses animaiso Brasil é o quinto maior produtor de carne suína do mundo, atrás de China, EUA, Alemanha e Espanha.
Criações de Porcos em extremo confinamento são laboratórios ideais para o aparecimento de novos vírus que podem nos infectar. Infectologistas apontam que as criações intensivas de porcos e frangos são as mais perigosas fontes de vírus potencialmente letais aos humanos.


Lester Lefkowitz/ Corbis/ Latinstock
Atum

A pesca de atum provoca a morte de outras 145 espécies capturadas por acidente, incluindo baleias, tubarões, arraias e tartarugas. Para produzir cada prato de sushi de atum é necessário outro prato de 1,5 m de diâmetro para conter todos os animais que foram mortos “sem querer” durante a pesca.

De cada dez atuns, tubarões e outros grandes peixes que viviam nos oceanos há cem anos sobrou apenas um. Muitos cientistas preveem o colapso de todas as espécies - alvos de pesca em menos de 50 anos.

Antigamente os pescadores localizavam os cardumes de atum e então os puxavam no braço, um por um, com vara, linha e gancho. Hoje isso é passado, são usadas pesca de arrastão ou espinhel.

1,4 bilhão de anzóis são lançados por ano com espinhel (em cada um é usado como isca carne de peixe, lula ou golfinho).

Quase todos os peixes e frutos da pesca hoje contêm traços de mercúrio, metal tóxico que se acumula no organismo dos animais (humanos também) e pode afetar o sistema nervoso e causar demência. O risco varia de acordo com a quantidade e a espécie de peixe consumida.

Quanto maior o peixe e quanto mais tempo ele tiver de vida maiores são as chances de acumular o metal. Segundo a FDA (agência que controla alimentos e medicamentos dos EUA), tubarão, peixe-espada e cavalinha são espécies que devem ser evitadas.

A maioria do salmão que comemos vem da aquicultura. Uma fonte de problemas nessa atividade é a presença abundante de parasitas que prosperam em águas não correntes – em número 30 vezes maior do que o normal.



 Elohim Barros/ www.flickr.com/elohimbarros



O Brasil é o maior exportador mundial de carne bovina e possui o segundo maior rebanho, com 205 milhões de bois e vacas – mais do que um animal por habitante. O rebanho só fica atrás do da Índia, onde é proibido matar vacas.
A pecuária é a causa número um das mudanças climáticas. Estudos da ONU apontam que o setor é responsável por 18% das emissões de gás estufa, 40% a mais que todos os meios de transporte do mundo – carros, caminhões, trens e navios – juntos.
O Brasil é o quarto maior emissor mundial de gases de efeito estufaprincipalmente por causa das queimadas e do desmatamento da AmazôniaA criação de bovinos é responsável por 80% do desmatamento da floresta brasileira, segundo o Ministério do Meio Ambiente. Nos anos recentes, a cada 18 segundos 1 hectare da Amazônia foi convertido em pasto.
O maior consumidor mundial de carne bovina são os Estados Unidos, seguidos de União Europeia e Brasil. Segundo o IBGE, cada brasileiro consome em média 34,7 quilos de carne bovina por ano.
Para produzir 1 quilo de carne de boi são necessários 15 mil litros de água. A produção de 1 quilo de arroz consome 3 mil litros de água.
Por meio de arrotos e flatulências, o boi libera metano, um gás com potencial de efeito estufa 20 vezes maior do que o dióxido de carbono.
Um dos principais alvos de críticas dos grupos de defesa dos animais é a produção da vitela, a carne de bezerros. Sua maciez e brancura vêm do fato de que os animais são alimentados apenas com leite e criados em baias minúsculas, que os impedem de se locomover e criar músculos.



 The Scruffy Dog Barkery


Produtores de ovos muitas vezes manipulam a comida e a luz a fim de aumentar a produtividade. O objetivo é reprogramar o relógio biológico das galinhas para que comecem a pôr os ovos mais cedo. Galinhas criadas em escala industrial põem mais de 300 ovos por ano – duas ou três vezes mais do que na natureza.

A maioria dos filhotes machos das galinhas poedeiras é destruída por não terem “valor comercial”. Boa parte dos pintinhos é sugada por canos até uma placa eletrificada. Outros são enviados para trituradores.
Na produção industrial, a galinha não é criada de forma livre – não pode andar, ciscar e reproduzir seu comportamento natural. Muitas vezes até quatro animais são colocados numa mesma gaiola de meio metro quadrado. O estresse do confinamento e da superlotação provoca o canibalismoPara não correr o risco de uma galinha devorar a outra, os bicos são cortados desde cedo.
Assim como os porcos, aves criadas dessa forma industrial são focos para o aparecimento de novos vírusque podem infectar o homem.
As galinhas de antigamente tinham uma expectativa de vida de 15 a 20 anos, mas o frango de corte moderno é abatido em seis semanas.

O Brasil é o terceiro maior produtor mundial de carne de frango, atrás dos EUA e da China. Em 2009 foram abatidos 4,7 bilhões de frangos no país.

Fonte: RevistaTrip


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Tudo se resume numa só coisa: LUCRO!


Enquanto o homem destruir impiedosamente os seres animados dos planos inferiores, não conhecerá a saúde nem a paz.
Enquanto os homens massacrarem os animais, eles se matarão uns aos outros. Aquele que semeia a morte e o sofrimento não pode colher a alegria e o amor.

     Pitágoras




http://poonchito.blogspot.com/2010/04/vegetarianismo.html


sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

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Guia da alimentação saudável e sustentável
Postado em Vida e Saúde em 14/12/2011 às 20h10
por Redação EcoD
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Uma alimentação saudável é fundamental para manter a saúde em dia, evitar doenças e garantir a disposição para o dia a dia, garantem especialistas. Mas, além de tudo isso, ela é responsável por grandes impactos na economia mundial e no meio ambiente. Pensando nisso, o Portal EcoDesenvolvimento.org listou algumas dicas de como tornar a sua alimentação mais saudável para você e para o planeta.
Alimentos orgânicos
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Foto: Sxc.hu
A primeira dica é optar, sempre que possível, por alimentos orgânicos, que são aqueles produzidos em sistemas que não utilizam agrotóxicos ou insumos artificiais em sua produção, como inseticidas, herbicidas, fungicidas, nematicidas ou adubos químicos, além de não serem organismos geneticamente modificados (OGM), como os transgênicos.
Procure aqueles que tenham selo de garantia e foram produzidos segundo as normas do Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade Orgânica. “Ao adquirir um produto com o selo orgânico o consumidor poderá confiar que está consumindo um alimento mais seguro, por não conter defensivos agrícolas e, portanto, isento de substâncias que possam causar algum mal à sua saúde, além de contribuir para preservação do meio ambiente”, explica Cristiane Sampaio, pesquisadora do Inmetro.
Uma pesquisa publicada em 2009 pelo American Journal of Clinical Nutrition apontou que os orgânicos não são superiores que os alimentos tradicionais do ponto de vista nutricional. Porém, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, o pesquisador da Embrapa, Walter José Matrangolo, afirmou que mesmo sem vantagens nutricionais, os orgânicos se destacam por não possuírem agrotóxicos em sua composição. “Os agrotóxicos contidos nos alimentos têm consequências crônicas, que podem aparecer ao longo dos anos”, alertou.
Dados do “Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos de Alimentos”, publicados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no dia 7 de dezembro apontaram uma lista com as frutas, grãos, verduras e legumes com maior nível de contaminação por agrotóxicos no Brasil. Segundo o documento, 28% dos alimentos analisados apresentaram limites acima do recomendável ou substâncias não aprovadas para o produto. De 18 alimentos examinados, o pimentão, o morango e o pepino lideraram o ranking dos mais contaminados.
“São dados preocupantes, se considerarmos que a ingestão cotidiana desses agrotóxicos pode contribuir para o surgimento de doenças crônicas não transmissíveis, como a desregulação endócrina e o câncer”, afirmou Agenor Álvares, diretor da Anvisa. Por isso, não deixe de procurar opções orgânicas quando for à feira ou ao supermercado.
Alimentos sazonais
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Foto: Sxc.hu
A natureza não produz bananas ou melancias o ano inteiro. Então de que forma é possível encontrar sempre as mesmas hortaliças, legumes, verduras e frutas nos supermercados? Ora, cultivando de maneira a induzir a frutificação. Isso significa usar uma grande quantidade de água e agrotóxicos e lançar poluentes no solo.
Para evitar esse tipo de prática, fique atento à temporada e compre somente o que estiver dentro da estação. No verão, por exemplo, prefira frutas e legumes como figo, manga, maracujá, melancia, abobrinha e pepino. Já na primavera, opte por acerola, jabuticaba, mamão, alcachofra e espinafre. No outono, dê preferência ao abacate, caqui, maça nacional, banana maça, berinjela, brócolis e chuchu. No inverno, leve para casa morango, tangerina, laranja, mandioca, couve-flor e batata-doce. Você estará optando por alimentos mais saudáveis, que agrediram menos a natureza e que certamente terão um sabor bem melhor.
Alimentos locais
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Foto: Sxc.hu
Atualmente, grande parte dos alimentos produzidos em um país é distribuída para muitas outras regiões e, até mesmo, para outros países. Por ser transportado por centenas de quilômetros, esses alimentos são responsáveis pela emissão de toneladas de gases nocivos no meio ambiente. Para impedir esse tipo de ação, uma opção é consumir alimentos produzidos localmente.
Para isso, basta comprar frutas, verduras, legumes, ovos, grãos, laticínios e carnes vindos de fazendas e sítios localizados em regiões não distantes do seu centro de vendas. Alimento “local” refere-se ao produzido em uma área próxima, que pode ser medida pelo tempo de transporte (menos de um dia) ou distância física (entre 160 e 240 quilômetros).
Essas comidas são geralmente produzidas por pequenos produtores e suas famílias. Seu cultivo é feito em pequena escala e, muitas vezes, sem o uso de pesticidas ou agrotóxicos. Eles mesmos produzem, distribuem e vendem seus produtos, o que aumenta a renda das famílias e melhora a qualidade de vida das pequenas comunidades.
Outras dicas
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Foto: Sxc.hu
Outra maneira de economizar no supermercado e garantir frutas, verduras, legumes e hortaliças orgânicas e saudáveis é plantando você mesmo. Qualquer quintal ou área de serviço pode abrigar uma hortinha. Ao contrário do que muita gente pensa, ter uma horta não exige tanto trabalho nem tempo. Basta ficar atento a alguns aspectos e seguir uma rotina de cuidados com sua pequena plantação. Depois é só desfrutar dos alimentos colhidos na hora e livres de agrotóxicos e pesticidas.
Você ainda pode tornar a alimentação mais saudável ao utilizar o máximo de ingredientes naturais possível. Adoçar bebidas e docas com rapadura e mel, preparar seu próprio molho de tomate com frutos frescos ou fazer hamburger caseiros são alguns exemplos.
Por fim, dê preferência a alimentos com altas cargas nutricionais. Em junho deste ano o EcoD listou dez super-alimentos que podem trazer benefícios à sua saúde. Alcachofras, aspargos, couve-flor, alface e alho são alguns deles.


Tags: Vida e Saúde 
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quinta-feira, 15 de dezembro de 2011


Prato de 'carne humana' denuncia crueldade animal em Barcelona

Um prato gigante sobre o qual jaz um corpo nu de uma voluntária, acompanhada de diferentes guarnições e sangue simulado, foi a performance que a AnimaNaturalis realizou nesta quinta-feira em frente a um mercado de Barcelona para sensibilizar os consumidores carnívoros.
Apesar do frio, uma integrante da organização internacional de defesa dos direitos dos animais se ofereceu como voluntária para simular um gigantesco prato de carne humana, no que foi o primeiro ato deste tipo realizado na Espanha e que será seguido por eventos semelhantes em Valência (leste) e em Palma de Mallorca (Baleares).
Um cartaz onde era possível ler "Quanta crueldade você é capaz de tragar?" acompanhava a inovadora performance, "com a qual iniciamos uma campanha para sensibilizar as pessoas para que não comam carne", explicou à AFP Aída Gastín, diretora da AnimaNaturalis na Espanha.
"Todos os anos fazemos uma campanha de Natal porque se supõe que as pessoas estão mais sensíveis e pensam nos animais", acrescentou.
"A crueldade é apenas uma, não entende de espécies, não discrimina entre animais humanos e animais não humanos. Hoje em dia, o consumo de carne é um costume do qual se pode prescindir perfeitamente", comenta Alba Mangado, coordenadora de Campanhas da AnimaNaturalis.
Anualmente, a indústria de carne mata mais de 50 bilhões de animais para servir como comida, e grande parte destas mortes ocorrem no Natal, segundo os dados fornecidos pela organização de defesa dos animais.
Fundada em março de 2003, esta organização internacional dedicada a estabelecer, difundir e proteger os direitos de todos os animais conta com uma ampla representação tanto na Espanha quando na maioria dos países da América Latina.