sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Lama apresenta as similaridades entre os ensinamentos de Cristo e do Buda

Por Sonielson Sousa - Jornal O GIRASSOL
sonielson.ogirassol@uol.com.br

Zopa Norbu, Lama do Budismo dos Himalaias (popularmente conhecido como Budismo Tibetano) e diretor para São Paulo do Kagyu Dag Shang Choling - Jardim do Dharma, lança mais uma obra literária que, no mínimo, irá mudar muitos paradigmas, sobretudo daqueles que veem mais similaridades que discrepâncias entre o Budismo e o Cristianismo, duas das maiores religiões do mundo. Aliás, “O Coração da Bondade” trata de temas que transcendem a mera fundamentação religiosa e leva-nos a reconhecer as relações naturais entre tão antigas e belas filosofias, que há séculos são separadas por más interpretações, num jogo que resultou em ações de desunião, em total descompasso com os ensinamentos originais.

Em 90 páginas, o Lama Zopa Norbu dedica-se em boa parte a esmiuçar um dos mais íntimos de todos os nossos medos, presente tanto nas palavras de Cristo quanto nas do Buda. Trata-se do fato de termos de encarar a nós mesmos, desnudos das facetas cotidianas, para que a partir daí se possa, conscientemente, iniciar um verdadeiro caminho de evolução espiritual.

Questionado sobre o porquê escrever um livro com tal temática, Zopa Norbu diz que vê a mística cristã “profundamente emotiva e muitas vezes os próprios místicos se perdem nas suas experiências”. Já a mística de Buda, diz, “é muito racional”. O autor alerta que Buda nunca criou uma religião, “ele expôs os mecanismos da nossa mente, e em especial da mente do homem que procura a si mesmo e tenta entender a sua própria divindade”. Então, para Zopa Norbu, Budismo e Cristianismo são dois “ismos” que em nada ajudam ao ser humano que procura uma saída transcendental. “Como falou JY Leloup, as igrejas - sejam elas budistas ou cristãs - não são donas nem de Jesus nem de Buda”, ensina.

Um novo olhar

No título do livro, há a referência de que o tema recebe “um novo olhar”. O que o leitor pode esperar de novo nesta obra? O Lama responde: “Algo mais próximo de sua própria realidade. Tanto o Budismo como o Cristianismo trazem mensagens que remetem há 2000 anos. Mas hoje se torna necessária uma forma de olhar através de nossa mente do século XXI, sem com isso perder o conteúdo, pois ele é eterno. A transformação mística do ser humano sempre seguiu e seguirá o mesmo caminho”.

Zopa Norbu diz que a via crúcis de Jesus é a de qualquer ser humano que quer se conhecer. “Hoje as mensagens do Cristianismo e do Budismo estão atreladas a grandes corporações comerciais. Abordo isso no livro. As igrejas pentecostais constroem templos caríssimos, os católicos construíram suas igrejas com o ouro roubado das colônias, os budistas constroem templos milionários e mentem falando que esse dinheiro vem de seus fiéis. Isto se deve ao ego deformado de seus líderes que esquecem a mensagem de humildade e santidade dos seus mentores”, denuncia, para complementar que atualmente os líderes estão mais interessados em serem servidos “pelos seus lacaios de turno do que treinar meditação”.

Questionado se há, de fato, muitas similaridades entre o Budismo e o Cristianismo, o autor diz que, a seu ver, trata-se de duas caras da mesma moeda. “Claro que sempre teremos aqueles que só encontram as diferenças, porém eu quero encontrar aquilo que me ajude a ser cada vez melhor. Deste ponto, Cristo é Budha e Budha é Cristo”, defende.

Há vários relatos de ocidentais – inclusive alguns famosos do Brasil – que ao aderir ao Budismo dizem ter experimentado um verdadeiro choque, tamanha diferença de matriz ideológica. Para o leitor, deve ficar a dúvida: Se há muita similaridade entre as linhas de pensamento (isso do ponto de vista da origem de tais religiões), a que se deve este abismo inicial? “O Budismo fala para procurar ‘Deus’ dentro de ti e não fora; já no Cristianismo – das igrejas e templos – apresenta-se Deus como algo que está fora da pessoa. Esta é uma das causas mais desgraçadas que eles fizeram com seus povos, pois está aí o cerne de uma das causas de toda a maldade que existe hoje no mundo”, explica.

Crítica à erudição

O Lama Zopa Norbu é conhecido pela sua crítica à chamada “erudição religiosa”. Perguntado sobre o que acontece com uma mensagem que, de tempos em tempos, é reinterpretada pelos eruditos, o Lama comenta que, em virtude da ausência de treino místico por parte dos eruditos, as mensagens se tornam mais e mais complicadas. “Como se diz nos pampas, ficam tentando encontrar a quinta pata do gato”, fala, em tom bem-humorado. Zopa Norbu diz que, na verdade, o que critica nos eruditos é a arrogância perniciosa destes que se autointitulam “conhecedores do que um Budha ou um Cristo pensa”. “Se eles olhassem mais profundamente, poderiam observar que estão completamente cegos dentro de sua própria interpretação das escrituras”, alerta, para completar que “o Budha deu exemplos disto”. Para elucidar, Zopa Norbu lembra a parábola dos cegos e do elefante, onde cada um descrevia o elefante desde o ponto de vista da parte do animal que tocava, sendo que uns pensavam que o elefante era como uma montanha, porque estavam tocando uma das patas do animal. Outros pensavam que o mamífero era magro e flexível porque pegavam o rabo, e assim por diante. “Os eruditos falam sobre o que não conhecem, tornam-se arrogantes e obscurantistas. Manipulam as mentes humanas e confundem os espíritos dos seres humanos. Os grandes mestres e iluminados de todos os tempos não foram eruditos, eram pessoas simples e de bom coração que queriam viver como Budha e Jesus”, explicita Zopa Norbu, com destemor.

Sem fundamentalismos

De leitura fácil e agradável, “O Coração da Bondade” estimula as pessoas a saírem da zona de conforto que permeia grande parte de suas vidas – senão, de toda a vida – para observar uma realidade bem mais ampla. Questionado sobre de que forma o livro contribuirá para atenuar o discurso exclusivista dos fundamentalistas, o escritor diz não acreditar que a obra diminuirá o problema. “Possivelmente eles [os fundamentalistas] o ataquem ou chamem de obra do demônio. Aliás, eles enxergam o demônio em tudo. Do ponto de vista do Budismo, quem enxerga o demônio em tudo é o próprio demônio. É de se pensar, não é?”, questiona, para logo dizer que o objetivo do livro é alcançar as pessoas comuns, e que assim “encontrem nele um pouco de consolo”. “Espero que o livro chegue às milhares de pessoas que estão neste momento clamando por uma saída, e que todos aqueles que leem esta matéria me ajudem a divulgar o mesmo”, conclui.

O “O Coração da Bondade” é um instrumento perfeito para ampliar a visão de budistas, cristãos e qualquer interessado em crescer espiritualmente. A obra derruba fronteiras e serve de antídoto para uma época tão marcada pelo fundamentalismo. É um livro verdadeiramente transformador.



Serviço
O que: Lançamento de livro
Título: O Coração da Bondade – A Mística Cristã e Budista sob um Novo Olhar
Autor: Lama Zopa Norbu
90 páginas

Fonte:Instituto Maitri

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Pochmann: Brasil poderia ter superado a pobreza há 20 anos

SEGUNDA-FEIRA, 27 DE DEZEMBRO DE 2010
Márcio Pochmann é entrevistado por Dayanne Sousa do Terra Magazine

Se as políticas de desenvolvimento social tivessem acompanhado o crescimento da economia há décadas, a pobreza estaria extinta há pelo menos 20 anos, pondera o economista Marcio Pochmann. O presidente do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) avalia que a presidente Dilma Rousseff tem condições de cumprir sua principal promessa de campanha: superar a miséria.

Um estudo do Ipea divulgado no início do ano prevê que a pobreza extrema seja erradicada no Brasil até 2016.

- A possibilidade de superarmos a pobreza é algo que faz parte da agenda de superação do próprio subdesenvolvimento. O que nós estamos vendo agora é um avanço mais rápido do padrão social e por isso que o Brasil consegue ter esse indicativo de superação da pobreza nos próximos cinco ou seis anos.

Em entrevista a Terra Magazine, Pochmann destaca o desenvolvimento dos últimos anos e os programas sociais do governo Lula.

- Eu acho que nós só podemos comparar o desempenho brasileiro deste ano com o que nós vivenciamos na primeira metade da década de 70, com o chamado Milagre Econômico. Mas esse crescimento de agora tem distribuição de oportunidades.

Apesar dos elogios, ele acredita que Dilma terá desafios maiores. Entre eles, lidar com novas características da economia como o aumento da população idosa e o crescimento da importância do setor de serviços. Além disso, o ministro da Fazenda, Guido Mantega - que continuará na pasta -, já anunciou a necessidade de cortes nos gastos públicos nos próximos anos.

Para Pochmann, o corte deve ser nos gastos improdutivos, como os provocados pelos altos juros.

- Nós vínhamos num ritmo bastante acelerado, crescendo acima de 7% ao ano. E possivelmente teremos um crescimento menor para 2011. Ao redor de 5%, o que já é bastante grande olhando o período recente do Brasil. Uma coisa é o custeio, outra coisa é o investimento. Espero que essas decisões considerem o teor do investimento, que é crucial.

Terra Magazine - A ascensão social e o crescimento da classe C nos últimos anos foram destacados no governo Lula. A que isso se deve?
Marcio Pochmann - Se nós olharmos ao longo do século 20, o Brasil foi uma das nações que mais cresceu do ponto de vista econômico, ampliando a base material que permitiu que deixássemos de ser um país agrícola e nos transformássemos num país industrial.

A despeito desse avanço econômico, os avanços sociais foram relativamente pequenos quando a gente olha o conjunto da população.
O Brasil não fez o conjunto das reformas que os outros países fizeram, não fez reforma agrária, não fez reforma social, não fez reforma tributária.
É natural que sem essas reformas não pudessem ser mais bem distribuídos os ganhos que o Brasil obteve. Apesar dessa característica de um processo muito concentrador, nós sempre tivemos uma forte mobilidade social.
É uma característica do capitalismo brasileiro. Mas nas décadas de 80 e 90 essa mobilidade foi reduzida. Era cada vez mais difícil que os filhos de classe média conseguissem reproduzir o padrão de seus pais.
O que nós temos nesta primeira década do século 21 é a forte mobilidade social. O desafio do próximo governo é como abrir as oportunidades não apenas para a base da pirâmide social, mas também acima dos níveis intermediários.

Como assim?
Isso depende não apenas do crescimento da economia, mas do tipo e da natureza do crescimento. Porque crescer é importante, mas depende do tipo.
O desenvolvimento fundado na produção de commodities permite a economia crescer, mas as oportunidades, a qualidade das ocupações é diminuta.
A expansão de setores de maior valor agregado pode permitir a contratação de pessoas com salários maiores.

No final de 2009, o senhor disse em entrevista a Terra Magazine que 2010 seria o melhor ano para o Brasil. Foi, de fato?

Eu acho que nós só podemos comparar o desempenho brasileiro deste ano com o que nós vivenciamos na primeira metade da década de 70, com o chamado Milagre Econômico.
Só que esse desempenho de 2010 é diferente daquele.
Nós crescemos um pouco menos, mas esse crescimento de agora tem distribuição de oportunidades.
Com saída da pobreza de parcela significativa da população e ampliação das oportunidades escolares. Um país que está crescendo sem depender do mercado externo, contrário do que era no Milagre Econômico.
É muito mais saudável o que está acontecendo neste ano de 2010. Especialmente pelo número de empregos formais, que é uma coisa impressionante.

A presidente Dilma fez uma promessa de erradicar a miséria. Isso é possível? Como?
Quando nós falamos em nova classe média no Brasil, causamos a falsa impressão de que se trata de uma classe média com padrão de vida europeu.
Isso não é verdade, estamos num país que carrega as condições de um país subdesenvolvido. A possibilidade de superarmos a pobreza é algo que faz parte da agenda de superação do próprio subdesenvolvimento.
Pobreza
É estranho que o Brasil - já sendo a oitava economia do mundo na década de 70 - tivesse 40% da sua população vivendo na condição de pobreza.
Nós poderíamos ter superado a pobreza há 20 anos.
É bastante peculiar no Brasil o disparate entre a base material e econômica que o país possui e o padrão social.
O que nós estamos vendo agora é um avanço mais rápido do padrão social e por isso que o Brasil consegue ter esse indicativo de superação da pobreza nos próximos cinco ou seis anos. Isso é viável. É evidente que precisa crescer e sofisticar melhor as políticas sociais, mas não é impossível.

E quais os desafios, então?
População aumenta, mas a Taxa decresce
Cada vez mais a gente vem enfrentando a nova pobreza. Ela é caracterizada, em primeiro lugar, pela transição demográfica que nós estamos vivendo. Um processo acelerado de envelhecimento dos brasileiros.
Infelizmente o Brasil ainda não está preparado para lidar com uma parcela significativa da população em condição de pobreza.

Temos 3 milhões de pessoas com mais de 80 anos e em 2030 pode ter cerca de 20 milhões de pessoas com 80 anos ou mais. Isso significa considerar um fundo público de políticas nesse segmento e políticas de saúde nessa direção.
Também estamos vivendo uma transição do ponto de vista da organização da economia, que está cada vez mais centrada nos serviços.
Isso não quer dizer que a indústria e a agricultura não sejam importantes, mas nós vamos gerar emprego é no setor de serviços.
Isso pressupõe uma nova forma de olhar essas ocupações; pressupõe olhar o conhecimento como a principal forma de manejo.
E nós temos problemas sérios na educação.

A necessidade já anunciada pelo ministro Guido Mantega de fazer cortes nos gastos públicos pode prejudicar os investimentos na área social?
Nós vínhamos num ritmo bastante acelerado, crescendo acima de 7% ao ano. E possivelmente teremos um crescimento menor para 2011. Ao redor de 5%, o que já é bastante grande olhando o período recente do Brasil.
Uma coisa é o custeio, outra coisa é o investimento.
Espero que essas decisões considerem o teor do investimento, que é crucial uma vez que o investimento é a melhor política para conter a inflação.
O investimento permite ampliar a capacidade produtiva gerando mais produtos e serviços e evitando uma inflação de demanda.

O senhor acha que seja necessário reduzir os gastos públicos?
Sim. Se olharmos o gasto como um todo, incluída a despesa com juros, eu não tenho dúvida.
Nós temos todas as condições de reduzir a despesa pública, especialmente aquela que é improdutiva para o país: a despesa com os juros.
O Brasil está gastando de 5% a 6% do PIB. Isso é um gasto elevadíssimo, um absurdo.

A economia já cresce o suficiente para que seja possível haver ajuste fiscal sem que isso afete o crescimento da economia?
Crescimento da Economia
Eu acredito que nós já abandonamos essa fase de ajuste fiscal. Essa política sofreu derrotas nas últimas três eleições.
O Brasil, de uns tempos para cá, trocou o ajuste fiscal pelo desenvolvimento.
O que está em jogo neste momento é: quais são as condições macroeconômicas para garantir o desenvolvimento brasileiro.
As finanças públicas são o meio, não o fim.
Nos anos 90, o ajuste fiscal era o fim. O governo estava organizado para o ajuste fiscal. E lamentavelmente o que nós vimos foi um aumento do endividamento público, especialmente comparado ao PIB. E o aumento da carga fiscal.
Hoje o que estamos verificando é que a dívida pública caiu. E não porque teve ajuste fiscal, mas porque a produção cresceu mais rapidamente.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Espírito Natalino e Festas de Final de Ano.

O espírito Natalino é algo muito interessante...
A Igreja criou uma data especial para celebrar o nascimento do menino Jesus justamente na época das festas pagas, constituindo-se dessa forma, em um ato político-religioso.
Com o tempo, as pessoas passaram a comemorar a data se confraternizando, trocando presentes, e fazendo visitas aos seres queridos, e isso fez nascer o espírito natalino.
Em decorrencia disso, o comércio nos países em que se comemora o Natal foi aquecido nesta época, e o espírito capitalista tornou-se um forte aliado do espírito de Natal.
Espírito Natalino, espírito Capitalista, espírito Familiar... Mas o que é mesmo que se comemora?
Vamos aproveitar essa época, para refletir sobre o espírito do Mundo Moderno, sobre os atuais valores, sobre as relaçoes e principalmente sobre nós mesmos e nossas metas como almas eternas...
Se somos de fato almas imortais, e eu acredito que sim, temos que pensar em coisas que estao além das datas, dos calendários e dos presentes... temos que pensar nas liçoes que elas trazem para nós, pois isso sim, é eterno.

O que significa a vida de Jesus para nós? Que liçoes ela nos trouxe? O que pensamos na ceia de Natal? A quem brindamos? Onde "senta" o aniversariante que está entre nós apenas em espírito? Será esta comemoraçao algo que nos torna pessoas melhores?

Que neste ano que se avizinha, nós possamos avaliar nossa atuaçao frente aos desafios que se apresentam em nossa vida. Que nós possamos nos colocar na mesma situaçao que o cordeiro na cruz e perceber a nossa leitura do mundo e nossa reaçao ante os desafios. E mais ainda, que possamos avaliar o que o verdadeiro Espírito do Natal pode acrescentar para a nossa vida eterna...
Feliz Espírito de Natal a todos!

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

A contribuição do Taoísmo à paz das religiões

John Cheng Wai-Leung
Pesquisador da Faculdade de Teologia Fu Jen, Taipei, Taiwan

Com relação aos grandes princípios básicos mínimos que seriam necessários para que as nossas sociedades sejam capazes de alcançar uma coexistência pacífica entre as civilizações e as religiões pelo bem da Humanidade e do Planeta, isto é, a admirável sabedoria do Taoísmo, segundo os quatro capítulos taoístas do Guanzi [compilação de pensamentos filosóficos chineses], por exemplo, pode contribuir significativamente da seguinte maneira.

1. O Taoísmo nos ajuda a ser conscientes de que, assim como no próprio Taoísmo, o Tao, o Fundamento Divino ou o Absoluto de toda religião pode ser chamado de "Tudo". Além disso, o próprio universo ou cosmos em que vivemos pode ser chamado de "tudo", um todo que, de fato, foi se dando vitalmente por meio do processo do "Tudo em tudo". Nesse processo, o Tao sai ad extra do seu modo ad intra eterno, para dar nascimento a toda a criação, particularmente os seres humanos. O propósito do Tao ad extra é encher toda a criação com o próprio Tao. Assim como o Tao dá vida a todas as coisas e as leva à fruição, assim também faz os Fundamentos Divinos em outras religiões. Em outras palavras: o processo do Tao ad intra, do Tao ad extra e do cumprimento do Tao "ad extra" pode nos ajudar a repensar em uma jornada semelhante dos Fundamentos Divinos, de três etapas, nas outras religiões. Esses Fundamentos Divinos se tornariam pertinentemente dinâmicos, processuais e vivos, aguardando a eventual descoberta e resposta à sua saída ad extra pelo bem-estar de todos.

2. Por outro lado, o Taoísmo nos ajuda a ser conscientes de que, nesse processo de "Tudo em tudo", o Todo está por todas as partes, "tão fino que nada pode existir dentro dele, tão amplo que nada pode existir além dele". Tal descrição de onipresença pode nos ajudar a apreciar mais a nossa compreensão de vários outros Fundamentos Divinos onipresentes nas outras religiões, como Brahman, Pura Luz, Ser Divino e Energia Divina, que rodeiam, abraçam e permeiam tudo por todos os lados.

3. Ao mesmo tempo, o Taoísmo nos ajuda a saber que a cooperação de todos os seres humanos com o onipresente e sempre todo-benevolente Tao (ou Brahman, Pura Luz etc. nas outras religiões) é indispensável para o Bem Comum de tudo. Alcançando toda a criação, o Tao precisa da cooperação interativa de todos os seres humanos para ajudá-lo a alcançar seu objetivo do "tudo em tudo". A cooperação específica de todos os seres humanos consiste em que eles têm que responder ao onipresente Tao com todo o seu xin (uma palavra que significa mente, vontade, coração, esforço, ao mesmo tempo), esvaziando seu comportamento ou vida virtuosa diária de seus desejos contrários ao Tao. Da mesma forma, os outros Fundamentos Divinos pedem finalmente que as pessoas se esvaziem de todos os seus desejos desordenados egoístas. Tal resposta de autoesvaziamento libertaria as pessoas de qualquer comportamento adverso, pelo bem comum de toda a família humana e do planeta.

4. O Taoísmo nos ajuda a ser conscientes de que a contribuição de cada ser humano é de vital importância no processo do "Tudo em tudo". Por exemplo, em seu autoesvaziamento, um ser humano poderia se encher com o emergente Tao ou Tao Qi. Ele é comparável a grandes luminárias, que fazem brilhar o Tao ou Tao Qi presente dentro de si mesmo, ajudando o Tao a permear e a encher todo o mundo. Da mesma forma, as pessoas nas diferentes religiões – em sua união com seu único Fundamento Divino – ajudariam esses Fundamentos Divinos a expandir ou a encher todo o universo, ajudando-os efetivamente a cumprir seu propósito de alcançar "ad extra" a todos no processo do "Tudo em tudo".

5. O Taoísmo nos ajuda a ser conscientes da grande importância de estar em harmonia uns com os outros. Sendo portadora e irradiadora do Tao Qi, uma pessoa poderia chegar a ser mais querida do que um irmão. Em outras palavras, uma pessoa, comunidade, sociedade ou mundo cheios do Tao podem chegar facilmente a uma coexistência harmoniosa entre diversas civilizações e religiões pelo bem de toda a humanidade e da aldeia global. "O Caminho (Tao) nunca está muito longe. Obtendo-o, as pessoas podem viver. O Caminho nunca se interrompe. Confiando nele, as pessoas se tornam harmoniosas". Como sabemos, o mais alto ideal da cultura chinesa inspirada no Tao é a harmonia. Como o Tao tende a coexistir pacificamente com todos os seres da natureza, o mundo inspirado no Tao fará o mesmo amplamente na coexistência uns com os outros.

6. O Taoísmo nos ajuda a saber que há uma norma eterna para tornar possível uma aliança de civilizações e religiões pelo bem comum de toda a humanidade e do planeta. O Tao, assim como os outros Fundamentos Divinos, está sempre aí e em todas as partes, como a norma eterna e viva para fazer tudo certo para a benção de todo o mundo e do universo inteiro. Aparentemente, a existência de todas as coisas está sujeita a um processo de mudança e, no entanto, dentro desse processo de mudança, há um Tao contrastante e imutável, comparável a outros Fundamentos Divinos. Portanto, o Tao, como conceito já testado pelo tempo para a eterna norma do mundo, pode inspirar outras religiões a seguir confiadamente seus próprios Fundamentos Divinos pelo bem de toda a humanidade e do planeta Terra.

Fonte: IHU

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Bactéria "alienígena" da NASA foi encontrada em lago na Califórnia

Para quem esperava por ETs, a decepção foi geral. Mesmo quem especulou sobre bactérias extraterrestres deve ter ficado desencantado.

A NASA acaba de anunciar os resultados de um estudo que pode ter descoberto, na Terra, uma bactéria que, para sobreviver, não depende dos elementos químicos tradicionalmente associados à vida - e isto apontaria para a possibilidade de formas de vida no espaço diferentes da vida que conhecemos na Terra.

Busca por vida extraterrestre

Foram dias de intensas especulações depois que a NASA anunciou, no dia 29 de Novembro, que faria uma conferência hoje "para discutir uma descoberta em astrobiologia que irá impactar a busca por evidências de vida extraterrestre".

Quem leu com atenção e se fixou apenas nos termos usados pela agência espacial não alimentou muitas expectativas - a NASA falava em impactar a buscabusca por vida, e não sobre a localização de vida extraterrestre.

Além disso, nenhum dos cientistas que estarão presentes na conferência que acontecerá daqui a pouco tem ligação com qualquer projeto em andamento que pudesse ter colhido evidências diretas de vida extraterrestre.

A imprensa já havia recebido o material com antecedência, sob a condição de não publicá-lo antes das 19h00 (horário de Brasília). Mas um site holandês quebrou o chamado "embargo" e a revista Science autorizou a publicação antecipada da notícia.

A expectativa pode ter ofuscado um pouco o brilho do achado - mas é um achado importante e, se confirmado por outros experimentos e por outros cientistas, expande o conceito de vida, ao menos nas condições necessárias para mantê-la.

Química da vida

Os livros-texto afirmam que a química da vida é muito específica, requerendo sempre seis elementos químicos: carbono, hidrogênio, nitrogênio, oxigênio, fósforo e enxofre. Qualquer alteração além desse grupo muda a reatividade e a estabilidade molecular, e a vida não se sustenta.

O elemento fósforo normalmente está presente na forma de um fosfato inorgânico.

Agora, Felisa Wolfe-Simon e seus colegas descobriram uma bactéria, chamada GFAJ-1, no salgado Lago Mono, na Califórnia, que parece substituir o fosfato por arsênio, ou arsênico, o elemento químico de número atômico 33 e símbolo As.

Ocorre que o arsênio é fortemente tóxico para os seres vivos. Embora quimicamente ele se comporte de forma similar ao fosfato, ele quebra as rotas metabólicas que sustentam a vida.
Bactéria
A proteobactéria GFAJ-1, da família Halomonadaceae, parece substituir o fosfato por arsênio, levantando a possibilidade de formas de vida totalmente diferentes das atualmente conhecidas. [Imagem: Henry Bortman/Science]

Não é a primeira vez que cientistas encontram organismos que alteram quimicamente o arsênio. Organismos assim já foram associados a eventos de intoxicação na Ásia, sobretudo em Bangladesh, quando a população começou a usar água de cisternas para tentar evitar o cólera.

Mas os dados coletados neste novo estudo parecem demonstrar que a bactéria GFAJ-1 substitui o fosfato por arsênio de tal forma que ela até mesmo incorpora o arsênio em seu DNA. O microrganismo é uma proteobactéria, da família Halomonadaceae.

No laboratório, os pesquisadores cultivaram a bactéria em discos de Petri nos quais o fosfato foi gradualmente substituído pelo arsênio, até que a bactéria crescesse sem necessidade de fosfato, um composto essencial para várias macromoléculas presentes em todas as células, incluindo os ácidos nucleicos, os lipídios e as proteínas.

Usando radioisótopos como marcadores, a equipe seguiu o caminho do arsênio na bactéria, desde a sua assimilação química até sua incorporação em vários componentes celulares. Segundo suas conclusões, o arsênio substituiu completamente o fosfato nas moléculas da bactéria, inclusive no seu DNA.

E a vida extraterrestre?

E o que tem tudo isso a ver com a busca por sinais de vida extraterrestre?

Ora, se um elemento tóxico como o arsênio pode substituir o fósforo em uma bactéria, isso expande a busca por formas de vida fora da Terra - até agora, encontrar arsênio em um alvo promissor para a existência de vida extraterrestre poderia fazer com que os cientistas descartassem o sítio onde o elemento foi localizado, por exemplo.

E, mais importante, se há uma substituição de fosfato por arsênio, é possível que ocorram outras substituições, abrindo ainda mais o leque de possibilidades.

"A vida como nós a conhecemos exige elementos químicos específicos e exclui outros. Um dos princípios-guia da busca por vida em outros planetas é que nós devemos 'seguir os elementos'," diz Ariel Anbar, membro da equipe de astrobiologia da NASA e coautor do novo estudo. "O trabalho de Felisa nos ensina que devemos pensar melhor sobre quais elementos seguir."

Para Wolfe-Simon, nossa relação com a busca por formas de vida, em vez de se basear na tão falada "diversidade da vida", na verdade assume que toda a vida na Terra é essencialmente idêntica, sempre baseada nas "constantes da biologia, especificamente que a vida exige os seis elementos CHNOPS montados em três componentes: DNA, proteínas e lipídios."

CHNOPS são os símbolos químicos dos elementos carbono, hidrogênio, nitrogênio, oxigênio, fósforo e enxofre.

Uma parte do grupo já havida levantado anteriormente a hipótese de "formas estranhas" de vida aqui mesmo na Terra, que poderiam existir em uma espécie de "biosfera-sombra". Eles publicaram em Janeiro de 2009 um artigo chamado "Será que a natureza também escolheria o arsênio?"
Bactéria
Felisa Wolfe-Simon recolhe cuidadosamente amostras da sua "bactéria extraterrestre" em um lago salgado da Califórnia. [Imagem: Henry Bortman/Science]

Céticos

Os experimentos feitos até agora não são definitivos e ainda deverão ser questionados por outros pesquisadores.

O próprio grupo afirma que ainda é necessário avaliar os níveis de arsênio e fosfato usados no experimento, assim como se certificar de que o arsênio foi realmente incorporado nos mecanismos bioquímicos vitais da bactéria, como DNA, proteínas e membranas celulares.

Steven Benner, um astrobiólogo ouvido pela própria revista Science, onde a pesquisa foi publicada, afirma que a substituição do fósforo pelo arsênio "em minha opinião não ficou estabelecida neste trabalho."

Barry Rosen, da Universidade de Miami, disse que o arsênio pode estar simplesmente se concentrando nos extensos vacúolos das bactérias, e não se incorporando em sua bioquímica. Segundo ele, a prova definitiva pode vir, por exemplo, na demonstração de uma enzima funcional que contenha arsênio.

Forma alienígena de vida

Davies está mais entusiasmado, embora destaque que, apesar de tudo, a bactéria ainda é uma forma de vida da Terra.

"Este organismo tem uma capacidade dupla. Ele pode crescer tanto com fósforo quanto com arsênio. Isto o torna peculiar, mais ainda longe de ser alguma forma verdadeiramente 'alienígena' de vida, pertencente a uma outra árvore da vida, com uma origem distinta. Entretanto, a GFAJ-1 pode ser um indicador para organismos ainda mais esquisitos. O cálice sagrado será um micróbio que não contenha fósforo de jeito nenhum," disse o cientista.

Davies prevê que o novo organismo "é seguramente a ponta do icebergue, com potencial para abrir um domínio totalmente novo na microbiologia."

E, certamente, não são apenas os cientistas que se interessam pela descoberta.

"Nossa descoberta é uma lembrança de que a vida como nós a conhecemos pode ser muito mais flexível do que nós geralmente assumimos ou mesmo que podemos imaginar," afirmou Wolfe-Simon.

"Esta história não é sobre arsênio ou sobre o Lago Mono," diz ela. "Se alguma coisa aqui na Terra faz algo tão inesperado, o que poderá fazer a vida que nós ainda não conhecemos? Este é o momento de descobrir. (Redação do Site Inovação Tecnológica - 02/12/2010)

Bibliografia:
A Bacterium That Can Grow by Using Arsenic Instead of Phosphorus
Felisa Wolfe-Simon, Jodi Switzer Blum, Thomas R. Kulp, Gwyneth W. Gordon, Shelley E. Hoeft, Jennifer Pett-Ridge, John F. Stolz, Samuel M. Webb, Peter K. Weber, Paul C. W. Davies, Ariel D. Anbar, Ronald S. Oremland
Science
2 December 2010
Vol.: ScienceXpress
DOI: 10.1126/science.1197258

Did nature also choose Arsenic?
F. Wolfe-Simon, P.C.W. Davies, A.D. Anbar
International Journal of Astrobiology
2009, January
Vol.: 8: 69-74

Meditação é tão eficaz quanto antidepressivos contra recaída da depressão

Meditação versus antidepressivos

Cientistas do Centro de Dependência e Saúde Mental (CAMH), no Canadá, constataram que a terapia cognitiva baseada na meditação da mente alerta oferece o mesmo nível de proteção contra a recaída da depressão que a medicação antidepressiva tradicional.

O estudo, publicado na edição atual do Archives of General Psychiatry, comparou a eficácia da farmacoterapia com a meditação da mente alerta, estudando pessoas que foram inicialmente tratadas com antidepressivos e, em seguida, ou pararam de tomar a medicação a fim de praticar a meditação, ou continuaram a tomar medicação por 18 meses.

"Os dados disponíveis sugerem que muitos pacientes deprimidos param com a medicação antidepressiva muito cedo, seja por causa dos efeitos colaterais, seja por não quererem ficar tomando o medicamento durante anos," diz o Dr. Zindel Segal, coordenador do estudo.

Controle das emoções

A terapia cognitiva baseada na meditação é uma abordagem não-farmacológica que ensina habilidades no controle das emoções, de forma que os pacientes possam monitorar possíveis desencadeadores das recaídas, bem como adotar mudanças no estilo de vida que ajudem a manter um humor mais equilibrado.

Os participantes do estudo que foram diagnosticados com transtorno depressivo grave foram todos tratados com antidepressivos até a diminuição dos sintomas.

Eles foram então aleatoriamente designados para deixar a medicação e começar a aprender a técnica de meditação, deixar a medicação e receber um placebo, ou continuar com a medicação.

Essa proposta inovadora de pesquisa permite comparar a eficácia de prosseguir o tratamento farmacológico com um tratamento psicológico, em relação à manutenção do mesmo tratamento - antidepressivos - ao longo do tempo.

Os participantes escalados para a terapia com meditação participaram de 8 sessões semanais em grupo e se comprometiam a praticar diariamente em casa - uma espécie de dever de casa.

Foram realizadas avaliações clínicas a intervalos regulares em todos os participantes durante um período de 18 meses.

Recaída da depressão

As taxas de recaída para os pacientes no grupo da meditação foram as mesmas registradas entre os pacientes que continuaram recebendo antidepressivos - ambos na faixa de 30%.

Mas os pacientes que receberam placebo recaíram em uma taxa significativamente mais elevada - 70%.

"As implicações reais destes resultados é que eles confrontam diretamente a linha de frente dos tratamentos atuais da depressão. Para esse grupo considerável de pacientes que estão relutantes ou incapazes de tolerar o tratamento antidepressivo de manutenção, a meditação oferece o mesmo nível de proteção contra a recaída," disse o Dr. Segal. (Revista virtual Diário da Saúde)

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Estamos com fome de amor... - Arnaldo Jabor

Mais uma excelente do Arnaldo Jabor!

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O que temos visto por ai ???
Baladas recheadas de garotas lindas, com roupas cada vez mais micros e transparentes.

Com suas danças e poses em closes ginecológicos, cada vez mais siliconadas, corpos esculpidos por cirurgias plasticas, como se fossem ao supermercado e pedissem o corte como se quer... mas???

Chegam sozinhas e saem sozinhas...
Empresários, advogados, engenheiros, analistas, e outros mais que estudaram, estudaram, trabalharam, alcançaram sucesso profissional e, sozinhos...
Tem mulher contratando homem para dançar com elas em bailes, os novíssimos "personal dancer", incrível.

E não é só sexo não!

Se fosse, era resolvido fácil, alguém dúvida?
Sexo se encontra nos classificados, nas esquinas, em qualquer lugar, mas apenas sexo!
Estamos é com carência de passear de mãos dadas, dar e receber carinho, sem necessariamente, ter que depois mostrar performances dignas de um atleta olímpico na cama ... sexo de academia . . ..

Fazer um jantar pra quem você gosta e depois saber que vão "apenas" dormir abraçadinhos,
sem se preocuparem com as posições cabalisticas. ..
Sabe essas coisas simples, que perdemos nessa marcha de uma evolução cega.
Pode fazer tudo, desde que não interrompa a carreira, a produção...
Tornamo-nos máquinas, e agora estamos desesperados por não saber como voltar a "sentir", só isso, algo tão simples que a cada dia fica tão distante de nós...
Quem duvida do que estou dizendo, dá uma olhada nos sites de relacionamentos "ORKUT", "PAR-PERFEITO" e tantos outros, veja o número de comunidades como: "Quero um amor pra vida toda!", "Eu sou pra casar!" até a desesperançada "Nasci pra viver sozinho!"
Unindo milhares, ou melhor, milhões de solitários, em meio a uma multidão de rostos cada vez mais estranhos, plásticos, quase etéreos e inacessíveis, se olharmos as fotos de antigamente, pode ter certeza de que não são as mesmas pessoas, mulheres lindas se plastificando, se mutilando em nome da tal "beleza"...

Vivemos cada vez mais tempo, retardamos o envelhecimento, e percebemos a cada dia mulheres e homens com cara de bonecas, sem rugas, sorriso preso e cada vez mais sozinhos...
Sei que estou parecendo o solteirão infeliz, mas pelo contrário...
Pra chegar a escrever essas bobagens?? (mais que verdadeiras) é preciso ter a coragem de encarar os fantasmas de frente e aceitar essa verdade de cara limpa...
Todo mundo quer ter alguém ao seu lado, mas hoje em dia isso é julgado como feio, démodê, brega, familias preconceituosas. ..

Alô gente!!! Felicidade, amor, todas essas emoções fazem-nos parecer ridículos, abobalhados. ..

Mas e daí? Seja ridículo, mas seja feliz e não seja frustrado...
"Pague mico", saia gritando e falando o que sente, demonstre amor...
Você vai descobrir mais cedo ou mais tarde que o tempo pra ser feliz é curto, e cada instante que vai embora não volta mais...

Perceba aquela pessoa que passou hoje por você na rua, talvez nunca mais volte a vê-la, ou talvez a pessoa que nada tem haver com o que imaginou mas que pode ser a mulher da sua vida...
E, quem sabe ali estivesse a oportunidade de um sorriso a dois...
Quem disse que ser adulto é ser ranzinza ?

Um ditado tibetano diz: "Se um problema é grande demais, não pense nele... E, se ele é pequeno demais, pra quê pensar nele?"
Dá pra ser um homem de negócios e tomar iogurte com o dedo, assistir desenho animado, rir de bobagens e ou ser um profissional de sucesso, que adora rir de si mesmo por ser estabanado.. .
O que realmente, não dá é para continuarmos achando que viver é out... ou in...
Que o vento não pode desmanchar o nosso cabelo, que temos que querer a nossa mulher 24 horas, maquiada, e que ela tenha que ter o corpo das frutas tão em moda, na TV, e também na playboy e nos banheiros, eu duvido que nós homens queiramos uma mulher assim para viver ao nosso lado, para ser a mãe dos nossos filhos, gostamos sim de olhar, e imaginar a gostosa, mas é só isso, as mulheres inteligentes entendem e compreendem isso.

Queira do seu lado a mulher inteligente: "Vamos ter bons e maus momentos e uma hora ou outra, um dos dois, ou quem sabe os dois, vão querer pular fora, mas se eu não pedir que fique comigo, tenho certeza de que vou me arrepender pelo resto da vida"...

Porque ter medo de dizer isso, porque ter medo de dizer: "amo você", "fica comigo", então não se importe com a opinião dos outros, seja feliz!

Antes ser idiota para as pessoas que infeliz para si mesmo!(Fonte JORNAL O DIA)

sábado, 11 de dezembro de 2010

Imaginação conta como método de emagrecimento, dizem cientistas

Resta saber se a comida mental engorda ou nao, afinal já é cientificamente comprovado que as imagens anímicas produzem reaçoes químicas no corpo. Já pensou se a pessoa engordar só de comer em pensamento... Aí nao vale... É melhor comer de verdade, correto?
Umaia
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Imaginar-se comendo coisas gostosas pode parecer contraditório para quem deseja perder peso. Mas, segundo um estudo norte-americano publicado na “Science”, a imaginação tem o poder de reduzir a vontade de consumir comida.

Autor do estudo e professor assistente na Universidade Carnegie Mellon, na Pennsylvania (EUA), Carey Morewedge explica: “OS resultados podem ser usados para intervenções comportamentais que permitam as pessoas reduzirem a ânsia de consumir alimentos não saudáveis, escolhendo as opções boas.”

“Nossos estudos mostram que pessoas que se imaginam repetidamente comendo um bocado de produtos [como chocolate e queijo] consomem bem menos do que aqueles que se imaginam comendo algumas vezes [ao dia] ou fazendo outras tarefas.”

Entre os 300 voluntários envolvidos no estudo, houve uma redução significativa de 50% na quantidade de itens ingeridos pelo grupo.

Segundo Joachim Vosgerau, da mesma universidade, a pesquisa analisou um processo neurológico que determina o volume de coisas a serem consumidas por um indivíduo.

Ele diz que esse processo não é somente governado por sensores que captam a visão, o cheiro, o som ou o tato, mas também como essa experiência é mentalmente representada.

Morewedge espera que a mesma metodologia possa ser aplicada na dependência ao cigarro e a bebidas alcóolicas. (Fonte: Folha.com)

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

O passado e o futuro residem no presente. Por Thich Nhat Hanh

Se todos nós pudéssemos compreender e vivenciar essas verdades nao haveria mais sofrimento e a Terra passaria a ser um lugar tranquilo e seguro para se viver...
Umaia

Extraído do livro “Our appointment with life” de Thich Nhat Hanh
Traduzido por Leonardo Dobbin

Quando pensamos sobre o passado, sentimentos de lamentos ou vergonha podem surgir. Quando pensamos sobre o futuro, sentimentos de desejo ou medo podem vir a tona. Mas todos os sentimentos surgem no momento presente e todos eles afetam o momento presente. A maioria do tempo, seu efeito não contribui para nossa felicidade ou alegria. Temos que aprender como encarar estes sentimentos. A principal coisa que precisamos lembrar é que o passado e o futuro estão ambos no presente e se tomarmos conta do momento presente então também transformaremos o passado e o futuro.

Como podemos transformar o passado? No passado podemos ter dito ou feito algo destrutivo ou que possa ter ferido alguém e agora lamentamos. De acordo com a psicologia budista, lamento é uma “emoção indeterminada”. Isto significa que pode ser construtiva ou destrutiva. Quando sabemos que algo que dissemos ou fizemos causou dano, podemos fazer surgir uma mente de arrependimento, prometendo que no futuro não repetiremos o mesmo erro. Neste caso, nosso sentimento de lamento é saudável. Se, por outro lado, o sentimento de lamento continua a nos perturbar, tornando impossível que nos concentremos ou qualquer outra coisa, nos tirando toda paz e alegria de nossas vidas, então este sentimento de lamento tem um efeito não saudável.

Quando o lamento se torna não saudável, deveríamos inicialmente distinguir se a causa estava baseada em algo que fizemos ou dissemos ou em algo que deixamos de dizer ou fazer. Se no passado, dissemos ou fizemos algo destrutivo, podemos chamar isso de um “erro de ação”. Dissemos ou fizemos algo com falta de plena atenção, e isso causou dano.

Às vezes cometemos um “erro de omissão”. Causamos dano por não dizer ou fazer o que precisava ser feito ou dito, e isto nos trouxe lamento e tristeza. Nossa falta de plena atenção estava presente e seus resultados ainda estão presentes. Nossa dor, vergonha e lamento são uma parte importante desse resultado. Se observarmos o presente profundamente e tomarmos conta dele, podemos transformá-lo. Fazemos isso por meio da plena consciência, determinação, ações corretas e fala correta. Tudo isso acontece no momento presente. Quando transformamos o presente desta maneira, também transformamos o passado e ao mesmo tempo, construímos o futuro.

Se dissermos que tudo está perdido, tudo está destruído ou que o sofrimento já aconteceu, nos não estamos vendo que o passado se tornou o presente. É claro que o sofrimento já foi causado e as feridas desse sofrimento podem tocar exatamente na nossa alma, mas ao invés de lamentarmos ou sofrermos pelo que fizemos no passado, deveríamos tomar conta do presente e transformá-lo. Os traços de uma seca ruim só podem ser apagados por uma generosa chuva e ela só pode cair no momento presente.

No budismo o arrependimento é baseado no entendimento que a ação errada se origina na mente. Há um gatha do arrependimento:

Todas as ações errôneas surgem por causa da mente.

Se a mente é transformada, podem as ações errôneas continuarem?

Depois do arrependimento, meu coração está leve

Como a nuvem flutuando livre no céu.

Devido à nossa falta de plena consciência, como nossa mente estava obscurecida pelo desejo, raiva e ciúme, agirmos de forma errada. Isto é o que significa “Todas as ações errôneas surgem por causa da mente“. Mas se as ações errôneas surgem da nossa mente, podem também serem transformadas pela nossa mente. Se nossa mente é transformada, então os objetos percebidos pela nossa mente também serão transformados.

Tais transformações estão disponíveis se soubermos como retornar ao momento presente. Uma vez que tivermos transformado nossa mente, nosso coração ficará tão leve como uma nuvem flutuante e nos tornaremos fonte de paz e alegria para nós mesmos e para os outros. Ontem talvez por causa de alguma bobagem ou raiva dissemos algo que fez nossa mãe triste. Mas hoje nossa mente está transformada e nosso coração leve, e podemos ver nossa mão sorrindo para nós, mesmo se ela não está mais viva. Se pudermos sorrir dentro de nós mesmos, nossa mãe também poderá sorrir conosco.

Se pudermos transformar nosso passado, poderemos também transformar o futuro. Nossas ansiedades e temores do futuro fazem o presente escuro. Não há dúvidas que o futuro será escuro também, porque o futuro é feito do presente. Tomar conta do presente é a melhor forma de tomar conta do futuro. Às vezes, como ficamos tão preocupados com o que acontecerá no dia seguinte, nos reviramos a noite toda incapazes de dormir. Preocupamo-nos que se não dormirmos durante a noite ficaremos cansados no próximo dia e incapazes de atuar com o melhor de nossa habilidade.

Quanto mais nos preocupamos, mais difícil é para dormirmos. Nossas preocupações e medos do futuro destroem o presente. Mas se pararmos de pensar sobre o amanhã e apenas ficarmos na nossa cama e seguirmos nossa respiração, realmente desfrutando da oportunidade que temos de descansar, não apenas iremos saborear os momentos de paz e alegria sob os cobertores quentes, mas também iremos cair no sono facilmente e naturalmente. Este tipo de sono é uma grande ajuda para fazer do dia seguinte um grande sucesso.

Quando ouvimos que as florestas do planeta estão doentes e morrendo rapidamente, podemos nos sentir ansiosos. Estamos preocupados com o futuro porque estamos conscientes do que está acontecendo no presente momento. Nossa consciência pode nos motivar a fazer algo para parar a destruição de nosso ambiente. Obviamente, nossa preocupação pelo futuro é diferente dos temores e ansiedade que apenas nos drenam forças. Temos que saber como desfrutar a presença das árvores bonitas e saudáveis de forma a sermos capazes de fazer alguma coisa para protegê-las e preservá-las.

Quando jogamos uma casca de banana no lixo, se formos plenamente atentos, saberemos que a casca se tornará composto e renascerá como um tomate ou uma salada de alface em apenas poucos meses. Mas se jogarmos uma sacola de plástico no lixo, graças a nossa consciência, saberemos que a sacola não se tornará um tomate ou uma salada de alfaces muito rapidamente. Alguns tipos de lixo precisam de 400 ou 500 anos para se decompor. O lixo nuclear precisa de 250.000 anos antes de deixar de ser perigoso e retornar ao solo. Se vivermos no momento presente de forma desperta, tomando conta do momento presente com todo nosso coração, não faremos coisas que nos destruirão no futuro. Esta é a forma mais concreta de fazer o que é construtivo no futuro.

Na nossa vida diária, podemos também produzir venenos para nossas mentes e estes venenos destruirão não apenas a nós mas também àqueles que vivem conosco, no presente e no futuro também. Budismo fala sobre três venenos: desejo, aversão e ignorância. Adicionalmente há outros venenos cuja capacidade de ferir é grande: ciúme, preconceito, orgulho, suspeita e teimosia.

Na nossa relação diária conosco mesmos e nosso ambiente qualquer um destes venenos pode se manifestar, queimar e destruir nossa paz e alegria, assim como a paz e alegria daqueles ao nosso redor. Estes venenos podem persistir e poluir nossas mentes, causando amargas conseqüências no futuro.

Portanto viver no momento presente é também aceitar e encarar estes venenos assim que surgirem, manifestarem e retornarem ao inconsciente e praticar a meditação de observação para transformá-los. Esta é uma prática budista. Viver no momento presente é também ver as coisas saudáveis e maravilhosas de forma a nutri-las e protegê-las. Felicidade é o resultado direto de encarar as coisas e ficar em contato. Esta felicidade é o material do qual um lindo futuro é manufaturado.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Brasil reconhece Estado Palestino com as fronteiras de 1967

Decisão atende a pedido do presidente da Autoridade Palestina a Lula.
Brasil reiterou necessidade de negociações de paz no Oriente Médio.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva informou ao presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmud Abbas, que o Brasil reconhece a existência do Estado Palestino, com as fronteiras de 4 de junho de 1967, anteriores à Guerra dos Seis Dias entre árabes e israelenses.
O reconhecimento, segundo o Itamaraty, foi feito em uma carta pessoal a Abbas, enviada nesta quarta (1º). Ele atende a um pedido feito por Abbas a Lula em 24 de novembro.

Segundo a chancelaria brasileira, Lula considerou a demanda "justa".
O comunicado informa que a decisão é coerente com a posição histórica do Brasil de contribuir para o processo de paz entre Israel e Palestina e é coerente com as posições da ONU sobre o tema.


Obras do assentamento israelenses de Har Homa, em subúrbio de Jerusalém Oriental, próximo a Belém, nesta quinta-feira (2).


Obras do assentamento israelense de Har Homa, em subúrbio de Jerusalém Oriental, próximo a Belém, nesta quinta-feira (2). (Foto: AFP)

'Concessões mútuas'

"A decisão não implica abandonar a convicção de que são imprescindíveis negociações entre Israel e Palestina, a fim de que se alcancem concessões mútuas sobre as questões centrais do conflito", segundo o comunicado do Itamaraty.

Mapa da região; o Estado Palestino com as fronteiras de 1967 inclui a Faixa de Gaza (em vermelho), a Cisjordânia (em roxo) e Jerusalém Oriental (Foto: Arte G1)

Mapa da região; o Estado Palestino com as
fronteiras de 1967 inclui a Faixa de Gaza (em
vermelho), a Cisjordânia (em roxo) e Jerusalém
Oriental (Foto: Arte G1)

Assim, o Brasil se soma a uma lista de mais países que reconhecem o Estado Palestino -entre eles, todos os países árabes, a maioria dos africanos, boa parte dos asiáticos e da Europa Oriental.
O Brasil reconhece a OLP (Organização para a Libertação da Palestina) desde 1975 como "legítima representante do povo palestino". Em 1993, o país abriu a abertura de Delegação Especial Palestina, que desde 1998 tem tratamento equivalente a de Embaixada.
O comunicado do Itamaraty ressalta que o relacionamento entre Brasil e a Palestina tem aumentando nos últimos anos.
Em março, o presidente Lula visitou o país e também Israel. O país tem se oferecido como mediador no conflito.
Retirada
Os palestinos querem proclamar seu Estado soberano na Cisjordânia e na Faixa de Gaza. Para isso, exigem a retirada israelense de todos os territórios ocupados desde junho de 1967, incluindo Jerusalém Oriental.
Israel conquistou naquele ano a parte oriental, árabe, de Jerusalém, e não abre mão dela, já que considera a cidade a capital eterna e indivisível do Estado de Israel.
As negociações de paz entre os dois lado, patrocinadas pelos EUA, começaram em setembro, mas foram interrompidas logo depois.
O principal impasse ocorre porque os palestinos querem que Israel pare de construir assentamentos para seus cidadãos no território que inclui áreas ao redor de Jerusalém Oriental, capturadas por Israel no confronto de 1967.
Os palestinos culpam Israel pelo que chamam de "colapso" das negociações, mas os EUA afirmam ainda acreditar na retomada do processo. (Fonte: G1)

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

No Brasil, Futebol é Religiao. - Por ED RENÉ KIVITZ

No dia primeiro de abril de 2010, o elenco do Santos, atual campeão paulista de futebol, foi a uma instituição que abriga 34 pessoas. O objetivo era distribuir ovos de Páscoa para crianças e adolescentes, a maioria com paralisia cerebral.

Ocorreu que boa parte dos atletas não saiu do ônibus que os levou.

Entre eles, Robinho (26a), Neymar (18a), Ganso (21a), Fábio Costa (32a), Durval (29a), Léo(24a), Marquinhos (28a) e André (19a), todos ídolos superaguardados.

O motivo era de cunho religioso: a instituição era o Lar Espírita Mensageiros da Luz, de Santos-SP, cujo lema é Assistência à Paralisia Cerebral.

Visivelmente constrangido, o técnico Dorival Jr. tentou convencer o grupo a participar da ação de caridade sem, contudo, obter sucesso.

Dentro da Instituição (Lar Espírita Mensageiros da Luz), os outros jogadores participaram da doação dos 600 ovos, entre eles, Felipe (22a), Edu Dracena (29a), Arouca (23a), Pará (24a) e Wesley (22a), que conversaram e brincaram com as crianças.

Eis que o escritor, conferencista e Pastor (com P maiúsculo) ED RENÉ KIVITZ, da Igreja Batista de Água Branca (São Paulo), fez uma análise profunda sobre o ocorrido e escreveu o texto: “No Brasil, futebol é religião”, que abaixo tenho o prazer de compartilhar.

NO BRASIL, FUTEBOL É RELIGIAO. - Por ED RENÉ KIVITZ

Os meninos da Vila pisaram na bola. Mas prefiro sair em sua defesa. Eles não erraram sozinhos. Fizeram a cabeça deles. O mundo religioso é mestre em fazer a cabeça dos outros. Por isso, cada vez mais me convenço que o Cristianismo implica a superação da religião, e cada vez mais me dedico a pensar nas categorias da espiritualidade, em detrimento das categorias da religião.

A religião está baseada nos ritos, dogmas e credos, tabus e códigos morais de cada tradição de fé. A espiritualidade está fundamentada nos conteúdos universais de todas as tradições de fé.

Quando você começa a discutir quem vai para céu e quem vai para o inferno; ou se Deus é a favor ou contra a prática do homossexualismo; ou mesmo se você tem que subir uma escada de joelhos ou dar o dízimo na igreja para alcançar o favor de Deus, você está discutindo religião. Quando você começa a discutir se o correto é a reencarnação ou a ressurreição, a teoria de Darwin ou a narrativa do Gênesis, e se o livro certo é a Bíblia ou o Corão, você está discutindo religião. Quando você fica perguntando se a instituição social é espírita kardecista, evangélica, ou católica, você está discutindo religião.

O problema é que toda vez que você discute religião você afasta as pessoas umas das outras, promove o sectarismo e a intolerância. A religião coloca de um lado os adoradores de Allá, de outro os adoradores de Yahweh, e de outro os adoradores de Jesus. Isso sem falar nos adoradores de Shiva, de Krishna e devotos de Buda, e por aí vai.

E cada grupo de adoradores deseja a extinção dos outros, ou pela conversão à sua religião, o que faz com que os outros deixem de existir enquanto outros e se tornem iguais a nós, ou pelo extermínio através do assassinato em nome de Deus, ou melhor, em nome de um deus, com d minúsculo, isto é, um deus feito à imagem e semelhança do homem.

Mas, quando você concentra sua atenção e ação, sua práxis, em valores como reconciliação, perdão, misericórdia, compaixão, solidariedade, amor e caridade, você está no horizonte da espiritualidade, comum a todas as tradições religiosas. E quando você está com o coração cheio de espiritualidade, e não de religião, você promove a justiça e a paz. Os valores espirituais agregam pessoas, aproxima os diferentes, faz com que os discordantes no mundo das crenças se deem as mãos no mundo que busca a superação do sofrimento humano, que a todos nós humilha e iguala, independentemente de raça, gênero e, inclusive, de religião.

Em síntese, quando você vive no mundo da religião, você fica no ônibus.
Quando você vive no mundo da espiritualidade que a sua religião ensina ou, pelo menos, deveria ensinar, você desce do ônibus e dá um ovo de Páscoa para uma criança que sofre a tragédia e miséria de uma paralisia mental. esde pequenininho!